Capítulo 33

53 7 11
                                    

Capítulo revisado, mas pode conter erros.

Win até tentou convencer a irmã de que não precisava ir consigo a exposição, mas não teve conversa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Win até tentou convencer a irmã de que não precisava ir consigo a exposição, mas não teve conversa. Ela e Bright não se conheciam, era imaginável que ela quisesse o conhecer e se certificar no problema que irmão estava se metendo, mesmo já tendo dito que não era preciso. Como sempre, para Min Pechaya, Win sempre seria seu irmãozinho.

A exposição seria na mesma galeria que Win recebeu os quadros de presente em seu aniversário. O jovem estava terrivelmente nervoso, haveria muito mais pessoas do que ele e Bright além de sua irmã do lado. Não tinha ideia de como se sentir, idealizou a cena milhares de vezes na sua cabeça, porém nada se comparava com o que sentiu quando chegou. O lugar tinha cheiro de perfume caro e champanhe, muitas pessoas circulavam pelo salão olhando as obras. Apertou os lábios arriscando olhar para sua irmã. Pechaya estava com os olhos arregalados e a boca aberta em círculo perfeito. As belas orbes olhavam cada tela com curiosidade indiscreta, mas o rosto iluminado pela admiração.

— Ele fez isso tudo pra você? – Ela virou o rosto para o encarar, nitidamente arrebatada pelo gesto tal como ele se sentiu, mas poderia notar a descrença suave que habitava ali.

— Ele é muito romântico, não é? – Metawin sorriu um pouco envergonhado, o silêncio de Pechaya foi seu modo de concordar.

Win usava um conjunto azul escuro, quase preto e um colar de corrente fina prateada, algo elegante e discreto, já sua irmã usava um longo vestido de seda cor de vinho. Seus olhos dispararam pelo lugar enquanto perambulava ao redor do salão em busca de Bright. Seu olhar se chocou com Danya e Keirr que lhe lançaram sorrisos cúmplices quase que imperceptíveis. Mudou o direcionamento de seus passos e foi até as garotas.

— Oi. Vocês chegaram a ver o Bright? Ainda não o achei.

— Ele estava com a Cindy para lá. – Keirr apontou para mais a frente com um rosto sorridente.

— Quem é Cindy?

— Ela é uma empresária de imóveis ou algo assim, parece ser interessada em arte. – Danya respondeu antes que Keirr pudesse formular algo a dizer, franzindo os lábios em desdém. — Ou no artista. Ela não larga dele desde que chegou.

Metawin se afastou, incomodado, sem se preocupar em ser cordial. Algo martelava no seu peito, seus instintos berrando em alerta. Andou pelos lugares e fugiu entre pessoas que queriam falar com ele por alguma razão até que encontrou Bright. Ele usava preto dos pés a cabeça, a blusa social de botões um pouco aberta no peito, os cabelos penteados para trás. Tão bonito que Win precisou parar para tomar fôlego. Mas perdeu a respiração quando ele o olhou. Sentia seus joelhos fraquejando somente com a intensidade de seu olhar. Tudo em seu corpo clamava por seu nome, Win não tinha ideia que era possível amar alguém tanto assim.

Sentiu-se desnorteado com o sorriso que o pintor lançou em sua direção, seu mundo sacudiu com aquele gesto. Bright não estava sozinho, uma mulher estava com ele. Alta e esguia, cabelos na altura dos ombros e escuros como o céu da meia noite. Ela segurava uma taça com uma elegância incomum, tinha olhos claros e congelantes capaz de cortar qualquer coisa em seu campo de visão. Ela o olhou com um desprezo doloroso, quase insuportável, como se sua existência fosse um insulto a ela. As roupas finas e notoriamente caras lhe davam um ar mórbido e requintado, tal como suas jóias.

Outra vez Win sentia falta de ar, dessa vez era como se uma mão invisível estivesse o sufocando. O rapaz sentiu uma pontada atrás da cabeça conforme o ar fugia de seus pulmões. Sua frequência cardíaca estava bem mais acelerada, as pupilas dilatadas e medo fluindo em sua corrente sanguíneoa. O que era aquilo?

— Win! – O mais novo não perceber que Bright havia vindo até ele e o segurava forte contra si. – O que está errado?

— Eu não sei. – Disse ele com uma respiração descompassada. – Preciso sair daqui.

— Vem.

Bright o guiou para o lugar que Win reconhecia muito bem como seu quarto. Seu andar era letárgico e os reflexos pareciam mais lentos. O pintor ajudou o estudante a se deitar na cama forrada, arrumando o travesseiro embaixo de sua cabeça e se sentou do seu lado.

— Respire um pouco.

— Como você sabia que eu não estava bem?

— Eu senti.

Win arregalou os olhos, surpreso, a expressão refletida em seu rosto fez Bright erguer os ombros de forma tímida.

— Como assim sentiu?

— Não sei. – Inalou profundamente antes de olhar o mais novo. – De repente eu me senti ansioso, minha cabeça doia e de algum jeito sabia que você precisava de mim. Parecia uma sensação de pânico.

Bright não sabia e nem entendia a razão. Estava distraído conversando com Cindy quando viu Win, como sempre ele era um elemento singular de beleza. Em um momento parecia bem, no outro, tudo entrou em colapso. O mal estar subido que seus sentidos estranhamente buscaram Metawin. Não hesitou em olhá-lo quando notou algo fora dos conformes. A primeira vista parecia bem, mas seu rosto começava a ficar pálido e sua vista estava fora de foco.

— Não é incomum que almas gêmeas compartilhem algum tipo de laço sobrenatural. – Win disse, acrescentando uma risadinha descontraída. – Mas você não acredita muito nisso, não é?

Vachirawit se sentia como uma criança levando uma bronca. Não, ele não acreditava na ideia de almas gêmeas predestinadas que se encontravam milhares de vezes ao longo das eras apenas para encontrar seu final trágico e continuar esse ciclo lamentável. Não com tanto fervor que Win parecia acreditar.

— Se fosse assim você viveria doente já que eu tenho imunidade baixa.

— Não faz sentido esse tipo de coisa acontecer antes de nos conhecermos. – Seus olhos dançaram enquanto ele pensava, Bright percebeu o beicinho que o outro fazia. Hesitou em beijá-lo, seu lado racional disse para não o fazer.

Ele o levou até seu quarto e o ajudou a se deitar na cama, sentando do seu lado. Win ainda sentia o corpo tenso, uma náusea estranha. O lugar estava distante dos passos e conversas lá fora, bem mais tranquilo. A presença um do outro era um bálsamo, um consolo e conforto natural.

— Você está melhor?

— Um pouco. – Win relaxou a cabeça sobre o travesseiro, lançando para ele um olhar de esguelha. – Você também sente?

— Sei que ainda está tenso e isso me deixa inquieto. Só me sinto bem quando tenho certeza que você está bem.

— O quão forte deve ser essa ligação? – O estudante se sentou, mas se arrependeu quando uma vertigem dominou seus sentidos, rapidamente sendo amparado por Bright. – Se você sente quando me sinto mal, você seria capaz de sentir minha morte?

Seus olhos se fixaram em Metawin, um misto de preocupação e ternura. A sensação opressiva de medo, fez seu coração bater mais rápido. Seus pensamentos giram em torno da possibilidade de o perder parceira. Inquietação interior se manifestou, apertando as mãos em torno de seus braços. Ele não deixaria isso acontecer de novo. Não com Win.

— Eu vou garantir que nada de ruim aconteça com você. – Bright ajudou Win a deitar de novo, seus dedos acariciaram a pele suave se sua bochecha. – Nós dois vamos ficar bem.

— Eu sei. – Sorriu o mais novo. – Confio em você. E vamos estar juntos, não importa o que aconteça.

— Não importa o que aconteça. – Bright repetiu depois dele e repetiu a frase mentalmente, mas elas nunca chegariam em seu coração.

O último beijo | brightwinOnde histórias criam vida. Descubra agora