Capítulo 2

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Capítulo revisado, mas pode conter erros.

Aquela havia sido a primeira briga deles que tinha saído do controle

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Aquela havia sido a primeira briga deles que tinha saído do controle. Metawin estava sentado no meio da banheira da suite de seu quarto, no apartamento que dividia com o namorado Maysen, de quem estava se escondendo. Verificou novamente a porta para ter certeza de que estava mesmo trancada, mantendo o olhar fixo na fechadura e apertando o celular entre os dedos trêmulos.

Metawin e Maysen namoravam há quase cinco anos, se conheceram na faculdade, na primeira aula de anatomia que tiveram. Após um período de um pouco mais de seis meses a relação de amizade se tornou algo mais sério. Maysen nunca compreendeu o medo de Win de beijos. Era algo que nitidamente o apavorava, da primeira vez que ele tentou beijá-lo, o tailandês ficou pálido e sua pressão caiu, foi levado ao hospital quase desacordado.

Durante esse tempo de relacionamento, fora no mínimo difícil manter as relações de afeto sem contato bucal. Não por Win, mas pelo companheiro, que volta e meia insistia em tantar, taxando aquele medo como uma mera frescura. Metawin não via problema em ser beijado e beijar em outras partes do corpo, ainda que não gostasse tanto assim, agora lábios era uma zona estritamente proibida para toda e qualquer pessoa existente no mundo ou até para fora dele.

Estava tudo normal quando chegaram no meio da tarde em casa depois do cronograma de aula da faculdade. Win tirou o simples macarrão com queijo congelado do jantar do dia anterior para ele e o namorado comerem no sofá. Um novo episódio de Friends tinha acabado de começar quando Maysen enfiou as mãos por debaixo da sua camisa, tocando sua cintura, sentindo seu nariz roçar em sua nuca. No momento que ele estava deitado sobre si, Win sentiu o rosto do namorado perto demais do seu, e ao sentir sua respiração, o empurrou instintivamente e este caiu sentado no chão.

Uma discussão se iniciou, Maysen proferiu palavras duras, acusando Metawin de ser um homem feito para ter um medo tão ridículo, não sendo a primeira vez que desprezava de seu medo. Foi quando que o estadunidense ruivo empurrou o garoto para a parede, o encurralando para beijá-lo a força.

Win sentiu sua respiração entalar na garganta, seus olhos tremiam num verdadeiro retrato de desespero. O corpo inteiro retesado de modo que sentia dor muscular e nas juntas. O coração batia com violência na caixa torácica, a boca estava seca e ele mal conseguia se sustentar sobre os próprios joelhos enquanto via Maysen cada vez mais perto de o beijar.

— Não!

O intercambista o empurrou com toda força que lhe restava e correu para o quarto com a intenção de encontrar refúgio no banheiro. Já estava lá há quinze minutos. Ele se sentia zonzo e mesmo com a vista fora de nitidez ele conseguiu discar o número de sua irmã.

— Alô, Win?

— Min, eu preciso ir embora. – Sua voz soou embargada e ofegante, muito tons abaixo de seu timbre usual.

O último beijo | brightwinOnde histórias criam vida. Descubra agora