Capítulo revisado, mas pode ser conter erros.
Existem coisas bobas que pegam você de jeito. As vezes por serem cativantes e outras por serem tão imprevisíveis que você se vê preso a elas. Metawin estava mais ou menos assim desde que Pechaya perguntou se ele gostava de Bright.
Era para ser apenas um questionamento, nada fora do comum, mas Win não soube o que responder. A voz da irmã parecia ecoar dentro de sua cabeça em um loop infinito e todas as vezes que tentava pensar numa resposta, nada vinha.
Ele gostaria de explicar o que os unia, o que exatamente fazia com que os dois se entendessem e ficassem próximos tão rápido, só não tinha como fazer isso sem parecer um desvairado, e de todo jeito Pechaya nunca acreditaria essa história de beijo da morte. Ela é do tipo prática, metódica, pragmática. Só acredita naquilo que vê, no que é visível, tátil. Real. Se dissesse alguma coisa, era provável que o levassem para terapia. De novo.
O pavor inexplicável de ser beijado para Min é compreensível, muitas pessoas tem medos incomuns e de coisas que sequer podem ter lógicas, então ela nunca o julgou por isso. Metawin tinha ido a muitos especialistas e feitos múltiplos tratamentos para achar a raiz desse medo, mas sempre voltava a estaca zero e depois de muitas tentativas, parou de importar. Ao menos não parecia até encontrar Maysen.
Se moveu incomodado quando a lembrança do ex namorado veio em sua mente. Ele tinha mais ou menos sua altura, talvez uns três centímetros mais baixo. A pele clara, um tanto bronzeada combinava com o cabelo e a barba cor de ferrugem. Ele era estudioso, ambicioso, tinha um espírito de aventureiro, planejava viajar com Win por todas as províncias da Tailândia quando se formassem. Mas também lembrar de como Maysen conseguia o manipular de modo tão sutil que ele não percebia, fazia parecer que tinha se envolvido com duas pessoas diferentes. Agora que já estava longe de sua influência parecia estupidamente óbvio. O jeito que Win sempre cedia a seus caprichos e vontades, na forma que ele fazia com que se sentisse culpado e tolo sempre que brigavam. A exaustão psicológica frequente.
Metawin fechou o livro e o caderno, deixando os estudos daquele final de tarde úmido e frio, mas sem chuva e se atirou na cama. Desbloqueou seu celular e ficou olhando o papel de parede da tela. O desenho que Bright havia feito. Gostava de admirar o desenho quando estava cansado, ele enxergava uma alma devotada na arte em cada traço. Win lia amor em todos os detalhes dos quadros que Vachirawit pintava. Ele enxergava com clareza todas as coisas que ele parecia esconder, Win conseguia o ler além das palavras como mágica.
Tirou o papel que estava na gaveta e o desdobrou. O estudante suspirou, a sensação calorosa e reconfortante se instalando sobre seu peito, como acontecia todas as vezes que olhava aquele desenho. Voltou a se deitar, de barriga pra cima e deixou o papel sobre seu abdômen, encarando o teto branco, flexionando o braço para trás e deitando a cabeça sobre ele. Aquilo sempre parecia lhe trazer uma sensação de proximidade, como se o tivesse por perto mesmo que ele não estivesse.
"Você gosta dele?"
Este suspirou outra vez, pensativo. Relembrou da névoa triste que encobria a beleza natural de seus olhos, de como ele sorria comedido, das vezes que ele parecia tímido, o jeito que o cabelo castanho estava quase sempre penteado para o lado. Cada detalhe mínimo de seu rosto, as bochechas redondas, as sobrancelhas grossas e torcidas na sua costumeira expressão irritadiça, a linha angulosa de sua mandíbula. Até mesmo suas cicatrizes, especialmente a perto da boca. Era como se Bright tivesse se pintado sendo de sua mente. Metawin o achava lindo. Inteiramente. Por dentro e por fora. Ele desejava ser um refúgio seguro, onde Bright podia ser verdadeiramente vulnerável e encontrar consolo nos seus braços.
Não importa que as pessoas que ele beijou haviam morrido, não importava que carregasse a culpa das mortes por essa maldição de merda que recaia sobre ele e que ele sequer era responsável. Muito menos importava sua filemafobia. Se Bright era dono de um beijo mortal que Metawin estava disposto a morrer por ele.
— Sim, eu gosto dele. – Murmurou ele para o nada, a voz ecoando no silêncio de seu quarto e para dentro de seu coração.
Oi, oi! Atrasada como sempre, mas nem foi por esquecimento dessa vez, tava muito cansada por causa da universidade. Mas cá estamos nós e euzinha aqui para tentar deixar vocês de coração quentinho. Aiai, nos mulheres meio Win quando gostamos de alguém. Já estamos nos encaminhando do meio para o fim, parece que foi ontem que decidi publicar essa história.Bem, acho que é só isso, amores. Já sabem da nossa querida estrelinha. É isso amores, eu me despeço por aqui, até a próxima. Grande beijo!
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O último beijo | brightwin
RomanceVocê acredita em destino? Em maldições, contos e lendas? Bright sempre achou que isso tudo fosse parte de histórias infantis até que percebeu que uma coisa bizzara acontecia em sua vida: todas pessoas que ele beijava morriam em uma semana. Em razão...