Capitulo revisado, mas pode conter erros.
Depois de cinco anos morando nos Estados Unidos, Win e Pechaya ficaram muito mal acostumados com o café da manhã americano. Em um restaurante iluminado com toda um ambientação e decoração bem estadunidense, Metawin mexia seus ovos com o garfo enquanto sua irmã mais velha tomava goles de café forte e sem açúcar.
— P', eu estava pensando...
— Se for falar sobre essa tal viagem que você inventou até Pattaya saiba que já tem minha opinião a respeito. – Min o cortou, colocando a xícara branca sobre o pires, lançando um olhar duro em direção ao irmão mais novo.
— Eu preciso ir! – Afirmou o homem, deixando de lado os talheres. – Tem uma coisa importante que precisamos fazer lá, será só um final de semana.
— Precisamos? Você vai com alguém?
Win prendeu a respiração inconscientemente, seus dedos se firmaram nos braços da cadeira enquanto se moveu, incomodado com o olhar fulminante da irmã. Ele não havia mencionado a ela que pretendia ir a Pattaya com alguém.
— É um amigo.
— Que amigo? Eu o conheço? Por que vão viajar juntos? – Disparou Min.
— Eu não tenho mais treze anos. – Respondeu Win com impaciência explícita na voz.
— Mas costuma agir como se tivesse. – A mulher enfiou a mão na bolsa em formato quadrado cor de creme e tirou de dentro seu celular, desbloqueou o aparelho com a digital e entregou com a tela aberta no Instagram. – Me mostra quem é. Agora.
Win passou a língua no interior da bochecha em irritação, Pechaya era muito boa em fazê-lo se sentir um adolescente irresponsável e inconsequente. Expirou, tomando o celular dela e buscando o Instagram do pintor, devolvendo logo a seguir. Sua irmã passou tempo demais fuçando seu perfil, a ponto do café fumegante dela esfriar e a comida ficar gelada. Enquanto esperava que ela terminasse, terminou de comer as torradas com geleia que era a única coisa boa para comer mesmo fria.
Min o espiou por cima do celular, ela tinha um olhar duro, bem parecido com o do pai, a diferença que era que dela Win não tinha medo.
— Tá, ele é um cara bonito, mas desde quando vocês são amigos? Acaba de fazer um mês que você voltou.
— Temos coisas em comum, é meio difícil de explicar. – Coçou a bochecha com o polegar, um pouco desconcertado.
— E é com esse amigo de um mês que você quer viajar?
— Por que tanta pergunta? O que está deixando você preocupada?
— Você saiu de um relacionamento que não respeitavam seus medos. Maysen era uma incógnita preocupante e de péssimo temperamento, me preocupo que inconscientemente você esteja saindo de um problema para outro igual.
— Ele não é assim. – Afirmou com tanta veracidade que até ele mesmo se surpreendeu com a rapidez que as palavras lhe escaparam. – Ele sabe dos meus medos, ele tem uma coisa meio parecida.
— Você gosta dele?
Uma das coisas mais marcantes que Pechaya tinha era que ela não do tipo fazia voltas e mais voltas para chegar em determinado lugar. Ela sempre ia direto ao ponto. Sem nenhum tipo de eufemismo ou palavras açucaradas. Metawin tinha certeza que a cor fora drenada de seu rosto, ainda mais com Min o encarava com um olhar tão impetuoso que até mentir parecia uma missão impossível.
— Ele é um cara legal. – Desviou um pouco, erguendo os ombros tentando soar indiferente.
— Vocês vão viajar juntos e sozinhos para Pattaya. Não é simplesmente por ele ser legal, Win. – Seu rosto se suavizou, se tornando mais gentil. – O que eu quero dizer é que você é sociável, mas parece que tem uma coisa ai já que está insistindo muito para ir. Não me parece uma mera viagem de amigos. Conheço você bem demais, não tente me passar a o
perna tentando fingir que não é nada demais. Se quer mesmo, vá, agora mantenha foco nos estudos.Ele abriu um pequeno sorriso, se contendo para não exibir sua felicidade e parecer mais bobo do que já achava que estava parecendo. Pechaya também sorriu, de seu jeito pomposo e elegante que Win sempre achou belíssimo, um sorriso digno de princesa. Estendeu a mão em sua direção, tocando sua pele.
— Win, você é meu irmão, eu sempre vou te apoiar. Só se certifique que não está se metendo em problemas. – E ali estava aquele afeto meio azedo dela, o jeito um pouco carrancudo e marrento dela de dizer o quanto se importa com seu bem estar.
Metawin se sentiu radiante e Min viu como seu rosto parecia mais iluminado. Pechaya era uma irmã protetora, entretanto sempre buscou ter o cuidado para não sufocar o caçula, queria ser alguém com quem ele contasse acima de tudo. Ela sempre estava a seu lado, em todos os momentos de sua vida, mesmo quando não concordasse com suas decisões. Ali ela reparou que, apenas por concordar, tinha um ar novo nele, essas coisas óbvias que pessoas que estão começando a se apaixonar tem.
Olá querido leitor, como tem passado? Esses dias eu estive tão ocupada que tive tempo nem pra morrer, final de semestre né? Para compensar amanhã também teremos atualização e próximo domingo sem falta.Acho que a irmã do Win é sem dúvida uma das minhas personagens femininas favoritas, se eu tivesse irmã ou irmão mais jovem com certeza seria igual ela. Enfim, vamos arrumar as malas, em breve teremos uma viagem. Eu me despeço por aqui, até a próxima. Grande beijo!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O último beijo | brightwin
RomansVocê acredita em destino? Em maldições, contos e lendas? Bright sempre achou que isso tudo fosse parte de histórias infantis até que percebeu que uma coisa bizzara acontecia em sua vida: todas pessoas que ele beijava morriam em uma semana. Em razão...