Capítulo 11

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Revisado, mas pode conter erros.


— Acho que devemos ir embora.

Win parou no meio da calçada fazendo com que Bright, que andava atrás dele não muito atento, colidisse com suas costas e batesse com o nariz na parte de trás de sua cabeça.

— Você me pertubou tanto apenas para desistir no último minuto? Você vai sim.

O mais velho o pegou pelo pulso e o arrastou até a loja de artigos naturais. Segundo um fórum norueguês de tradução desconexa e duvidosa, entidades poderiam ser convocados se fosse queimado lavanda e alecrim dentro de um círculo de sangue. Já tinham comprado duas velas no tom de lilás, outra parte requisitada.

Com o último item que necessitavam, foram com as compras para o dormitório de Win. Colocaram uma tábua de madeira na mesinha da cozinha, as velas em paralelo uma a outra e o ramo de erva ao lado de cada uma.

— Pronto? – Chivaaree perguntou.

— Pronto. – O mais novo respondeu após dois segundos de hesitação.

Ao mesmo tempo os dois furaram os anelares esquerdos e desenharam círculos ao redor das velas com sangue e então cada um queimou o ramo de ervas.

O cheiro de lavanda e alecrim inundou todo o apartamento, nada aconteceu e o silêncio mortal dominava o apartamento. Os dois permaneceram quietos, esperando aquela presença característica que sentiram da última vez. Nem mesmo o vento corria no ambiente, muito menos sons externos eram ouvidos. Mas o peso da expectativa sobre eles era esmagador.

— Vocês são muito lerdos.

E então a figura com um pesado sobretudo negro se materializou na entrada da cozinha, juntamente com o outro, um pouco mais baixo e o mesmo casaco preto.

— Eu disse que você tinha que ter um pouco de paciência. – Cutucou o mais alto com o cotovelo. – Mas de fato já não era sem tempo.

Bright empalideceu visivelmente, tanto que Metawin achou que ele fosse desmaiar e rodeou o braço sobre sua cintura, lhe dando suporte para o caso dele desabar.

— Chamam a gente e tudo o que fazem é ficar nos olhando feito imbecis? – Pronunciou o mais baixo.

— Não existe um guia de instrução para conversação com entidades, então nos perdoe a falta de modos. – Rebateu Win, apertando Bright um pouco mais.

— Você ainda é engraçadinho, Win. – O tom do mais alto era dócil e agressivo ao mesmo tempo.

— Não sei seus nomes, acho que me vejo em desvantagem.

— Temos muitos nomes, vão se modificando muito ao longo das décadas. Por enquanto Dew e Nani parecem adequados para este.

— Dane-se as apresentações. – A primeira fala de Bright após a presença dos espíritos. – O que diabos é essa o tempo estar acabando? Que tipo de perseguição é essa?

— É, tempo do que? O que está acontecendo? – Emendou Metawin.

Dew e Nani se entreolharam, pareciam ter uma espécie de conversa mental entre eles. O silêncio se estendeu por mais algum tempo até Dew encarar os dois e dizer:

O último beijo | brightwinOnde histórias criam vida. Descubra agora