LXXV

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Estella Bittencourt

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Estella Bittencourt

Rio de Janeiro, Brasil - 29 de novembro de 2022

Desço as escadas do jatinho e sinto o bafo quente da cidade maravilhosa. Meu pai sempre disse que tudo que é bom dura pouco e eu sou obrigada a concordar com ele, já que nossa viagem foi incrível, porém passou como se estivesse voando.

— Nem acredito que a gente já voltou... — digo assim que entro na SUV que nos esperava.

— Nem eu... — Gabriel comenta e eu acabo rindo.

Nosso plano inicial era chegar em São Paulo, mas a descoberta da gravidez acabou mudando nossos planos. Viemos direto para o Rio e vamos mais tarde na minha ginecologista para podermos conferir se está tudo certo, antes de voarmos para São Paulo.

— Estella, você tem médico que horas? — Maurício pergunta e eu confiro rapidamente no celular, antes de respondê-lo.

— Às três da tarde. — aviso e ele assente. — Acho que a gente podia almoçar na churrascaria e depois vai direto. O que você acha? — pergunto para Gabriel, que assente.

— Você que decide, linda. — avisa e eu sorrio.

— Certo. Vamos sair então que horas? — meu segurança pergunta e eu penso rapidamente antes de responder.

— Uma hora. — aviso e ele assente.

Como ainda era muito cedo, o trânsito estava muito tranquilo e nós não demoramos para chegar em casa. Rosinha estava de férias e a casa estava vazia, porém toda organizada e limpa, o que me fez sorrir.

— A gente tem um tempinho pra cochilar até a hora de sairmos. — aviso e Gabriel acaba rindo.

[...]

— Estella! — minha médica diz sorridente ao me ver.

— Oi doutora! — digo e abraço-a.

— Como você está? — me pergunta e logo s vira para o Gabriel. — Oi, é um prazer! — diz sorridente para Gabriel, que sorri.

— Oi, é um prazer! — meu noivo responde e ela sorri.

— Então vamos lá, Estellinha... Grávida com DIU? — me pergunta e eu faço uma careta assentindo.

— Bom, por enquanto é o que o teste de farmácia indicou. — digo e ela assente em sinal de concordância.

— Certo. Vamos fazer uma ultra aqui para darmos uma checada. — avisa e eu concordo.

Deito na maca do consultório e não demora para a doutora inserir o aparelho de ultrassom em mim. Se eu nunca disse isso antes, gostaria de dizer: Ultrassom transvaginal é a pior coisa do mundo!

Cinco minutos em silêncio é o suficiente para me deixar extremamente tensa, mas fico um pouco mais tranquila quando a doutora sorri para mim.

— Temos mesmo um bebezinho aqui, Estellinha! — diz e eu sinto meus olhos marejarem ao mesmo tempo em que sinto Gabriel apertar minha mão. — Temos um bebezinho, aparentemente com seis semanas, e um DIU. — a doutora termina de falar e eu sinto a preocupação surgir no mesmo momento.

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