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Estella Bittencourt

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Estella Bittencourt

São Paulo, Brasil - 02 de agosto de 2022

Termino de me arrumar na frente do espelho e fico satisfeita com o resultado que estava vendo. Uma roupa toda preta, representando o luto que eu estava vivendo por não poder usar camisa do Flamengo na partida de hoje.

— Estou pronta! — digo chegando na sala e encontrando meu pai, meu sogro e Fabinho conversando sobre as expectativas para a partida de hoje.

— Por que você está toda de preto? Está indo para algum funeral? — Fabinho pergunta e eu sorrio, antes de assentir.

— Sim, para o funeral do Corinthians. — digo sincera ao me referir ao nosso adversário de hoje à noite, pela Libertadores.

Os três homens acabam rindo, achando que eu estava brincando e eu apenas reviro os olhos. Hoje é o primeiro jogo das quartas de finais da Libertadores, contra o Corinthians, aqui em São Paulo. Obviamente que meu pai, meu sogro e Fabinho fariam questão de vir e eu aproveitei para vir junto.

[...]

— Ele já mandou mensagem perguntando se nós entramos e se está tudo bem. — Fabinho comenta e eu acabo rindo.

— Eu disse para ele ficar tranquilo, porque entraríamos sem nenhum tipo de problema, mas ele não acreditou muito em mim. — reviro os olhos e vejo os três homens, mais uma vez, rindo.

O estádio do Corinthians era bonito e bem moderno, mas nada que se comparasse ao meu Maracanã. Faltando cinquenta minutos para o começo da partida, o time do Flamengo subiu para aquecer em campo e eu acabo rindo ao ouvir as vaias dos corinthianos.

Meu pai e meu sogro estavam conversando animadamente sobre o projeto vencedor do Flamengo, enquanto Fabinho devorava um hot dog e eu mexia no celular. O aquecimento ainda rolava e eu conseguia ver que Gabriel estava sempre olhando em direção aos camarotes, nos procurando.

Os aquecimentos acabam alguns minutos antes do início da partida e os jogadores correm em direção aos vestiários, menos Gabriel. Obviamente meu namorado não poderia perder a oportunidade de ficar por último e sair desfilando pelo campo, enquanto a torcida do Corinthians estava vaiando-o.

— Ele está olhando pra cá. — Fabinho comenta e eu vejo que meu namorado já havia nos localizado ali.

— Muito ruim não poder acenar para ele. — digo um pouco incomodada e ele concorda com um suspiro.

Os minutos passam rapidamente e eu suspiro ao ver os times entrando em campo. Faço uma rápida e silenciosa oração, pedindo que Deus proteja meu namorado e seus companheiros de equipe, e volto a olhar para o gramado. Gabriel olhava diretamente para o camarote em que estávamos e eu acabo sorrindo quando ele manda um beijo em minha direção.

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