A família de Estella tem uma fortuna na casa dos bilhões. Gabriel é jogador do maior clube do Brasil.
Os dois são donos de personalidades completamente opostas e enquanto Estella precisa descobrir quem ela realmente é, Gabriel precisa se manter tot...
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Estella Bittencourt
Rio de Janeiro, Brasil - 09 de agosto de 2021
Acordo com a claridade em meu rosto e resmungo. Esquecer de fechar a cortina do quarto é uma das piores coisas do mundo e eu realmente odeio quando isso acontece. Abro os olhos lentamente e vejo Gabriel dormindo calmamente ao meu lado. Fico alguns minutos de preguiça, olhando para o teto e relembrando a noite de ontem.
— Bom dia... — ouço a voz rouca de Gabriel me tirar de meus pensamentos.
— Bom dia, jogador. — respondo baixinho e ele me puxa para mais perto dele. — Gabi... — digo e ele me encara perdido.
— O que foi? — pergunta e eu suspiro.
— A gente combinou que seria apenas uma despedida. — digo e ele suspira.
— Você realmente quer que isso seja apenas uma despedida? — pergunta e eu respiro fundo, me sentando na cama.
— Eu preciso que isso seja apenas uma despedida. — digo e levanto, caminhando em direção ao banheiro.
Faço as minhas higienes calmamente, prendo meu cabelo em um coque e visto um roupão de seda que havia ali. Volto para o quarto e encontro Gabriel sentado na ponta da minha cama, apenas de cueca. O jogador me encara um pouco sério e eu abro um meio sorriso, antes de caminhar em direção ao meu celular.
— A gente pode conversar? — pergunta e eu assinto para ele, enquanto respondo uma mensagem de Rosinha.
— Sim... O que foi? — indago e ele bagunça o cabelo antes de começar a falar.
— O que você quis dizer quando disse que precisa que isso seja apenas uma despedida? — me questiona e eu respiro fundo, me aproximando dele.
— Eu nunca fui uma pessoa de ter amizade colorida, Gabi. Eu já fiquei sério com um menino durante um tempo, mas nunca fui essa pessoa de ter amizade colorida ou de sair ficando com qualquer garoto em uma festa. Não julgo quem faz isso mas eu não fui criada assim, então acaba se tornando algo muito estranho para mim. — digo e ele fica quieto prestando atenção. — Eu aceitei começar a ter uma amizade colorida com você porque eu gosto de você, da nossa amizade e de como nós estávamos levando tudo. Mas eu não estou disposta a correr o risco de acontecer novamente tudo o que aconteceu. — explico e ele me encara em dúvida.
— Você diz sobre eu me afastar de você repentinamente? — pergunta e eu assinto.
— Eu sei que você pode me prometer que isso não vai acontecer, mas eu não estou disposta a correr esse risco. Além disso, eu não quero correr o risco de me decepcionar com você. — complemento e ele arqueia a sobrancelha.
