A família de Estella tem uma fortuna na casa dos bilhões. Gabriel é jogador do maior clube do Brasil.
Os dois são donos de personalidades completamente opostas e enquanto Estella precisa descobrir quem ela realmente é, Gabriel precisa se manter tot...
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"Quem um dia experimentou a emoção de ser Flamengo, nunca mais vai viver outra que se equipare!" (Lúcia Veríssimo)
Estella Bittencourt
Rio de Janeiro, Brasil - 25 de fevereiro de 2021
— Vai começar, Estella! — ouço a voz de Hanna me gritar e eu saio correndo com meu copo na mão, enquanto volto para a sala.
— Cheguei, mulher! Se acalme... — digo para a minha melhor amiga, que se ajeita no sofá.
— Eu mal estou conseguindo respirar. — resmunga e eu me aproximo dela.
— Se você passar mal, nós teremos que ir até o hospital e não iremos conseguir ver o jogo. Relaxa, amiga! O que for para ser, vai ser... — digo enquanto tento disfarçar a ansiedade que estava dentro de mim.
— Queria tanto estar lá... — Hanna resmunga e eu olho para a televisão, que mostrava uma parte do estádio do São Paulo lotada de flamenguistas.
— Eu também, mas seu marido disse que era perigoso demais. — reclamo e ela ri.
Hoje é o dia da última rodada do Campeonato Brasileiro. O Flamengo assumiu a liderança na rodada passada, quando venceu o Internacional no Maracanã, e só depende dele mesmo para ser campeão. Se me perguntassem, eu acho que preferiria depender do resultado dos outros times do que depender apenas da gente, mas tudo bem.
Uma simples vitória contra o São Paulo, lá no Morumbi, nos tornará bicampeões brasileiro. O problema é que nós não vencemos o São Paulo há alguns jogos, o que acaba fazendo com que não seja uma "simples" vitória. Como Vittinho achou perigoso Hanna ir até o estádio, já que a maior parte da torcida é são paulina, fiz questão de convidá-la para assistir o jogo comigo.
— Tia, a gente pode pedir pizza? — Manu, a filha mais velha do jogador, me pergunta e eu sorrio.
— Claro que podemos, meu amor! Você quer pizza de que? — pergunto enquanto pego meu celular, que estava em meu colo.
— Pode ser de calabresa e de chocolate? — pergunta com um sorriso sapeca e eu concordo após soltar uma risadinha.
— Claro que pode! Você quer pizza de que, Malu? — pergunto para a caçula, que dá de ombros.
— Pode ser qualquer uma, tia. — responde e eu concordo com um aceno positivo.
Peço algumas pizzas pelo aplicativo de entregas e aviso ao Maurício, meu segurança. Sim, eu tenho um segurança e apesar de achar um pouco desnecessário, em alguns momentos, entendo que é uma tranquilidade para os meus pais.
Assim que eu me sento novamente no sofá, o juiz apita o início da partida. Consigo controlar uma risada fraca ao ver a minha melhor amiga totalmente tensa ao meu lado, enquanto suas enteadas estavam colorindo um livrinho da Disney.
