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Gabriel Barbosa Almeida

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Gabriel Barbosa Almeida

São Paulo, Brasil - 23 de dezembro de 2021

Termino de ajeitar as sacolas dentro do closet e fico satisfeito ao ver que estava tudo organizado. Meu celular apita, indicando que havia chegado alguma mensagem, e eu pego-o do bolso, vendo que dona Lindalva havia me enviado uma mensagem. Respiro fundo, tomando coragem para ler o que ela havia me enviado.

"Gabriel, seu pai pediu pra eu deixar essa história quieta mas eu não consigo. Estou muito chateada porque você não vai passar a noite de Natal com a sua família. Eu, como sua mãe, jamais esperaria que você tivesse essa atitude. Espero que você não se arrependa de trocar um Natal em família para ficar com a sua namorada."

Se eu disser que dona Lindalva aceitou bem a ideia de que seu filho mais velho não passasse a noite de Natal em família, eu estarei mentindo. Minha mãe fez um verdadeiro drama ao descobrir que eu comemoraria com a família de Estella. Para ela, não foi suficiente dizer que no dia 25 nós dois - eu e minha namorada - estaríamos chegando em Santos para passar o Natal com eles.

Dhiovanna ficou quieta durante toda a discussão, ouvindo todos os argumentos da minha mãe, mas meu pai não aguentou e acabou entrando no meio. Meu pai me incentivou a passar o Natal com a família Bittencourt, que sempre me recebe muito bem, e disse que no dia 25 nós dois seríamos super bem recebidos.

Penso por alguns minutos em uma resposta sincera para a minha mãe e preciso respirar fundo algumas vezes antes de começar a digitar tudo o que eu queria.

"Mãe, eu não quero discutir com você perto de uma data tão bonita quanto o Natal. Só peço que você respeite a minha decisão e respeite a minha namorada. Eu não sei se você ainda não percebeu ou se você não quer perceber, mas a Estella é a mulher da minha vida e eu vou me casar com ela. Quanto mais rápido você entender e aceitar isso, melhor será. Menos estresse e mais momentos juntos nós teremos. Te amo, tá?"

Envio a mensagem e bloqueio o celular, enquanto ouço a voz de Estella ficar mais próxima de onde eu estou. Saio do closet e sorrio ao ver minha namorada cantando animadamente uma música, enquanto colocava algumas peças de roupa em cima da cama. Me aproximo sorrateiramente e puxo-a pela cintura, fazendo com que ela dê um gritinho assustado.

— Que susto, amor! — resmunga e eu solto uma risada.

— Desculpa, princesa. — peço e deixo um beijo em seu pescoço.

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