IV

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Estella Bittencourt

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Estella Bittencourt

St Martin - 02 de março de 2021

Sinto o avião aterrisar e sinto o alívio tomar conta do meu corpo. Estávamos no meio da tarde, já que o fuso horário contribui positivamente para isso, e ainda temos uma parte da viagem a fazer.

Para chegar em St Barths em um avião particular grande, é necessário parar em algum local próximo para pegar outro meio de transporte. Existe a opção de um mini avião - que eu, particularmente, morro de medo -, existe a opção de um barco e de um helicóptero. Eu sempre opto por descer em St Martin e pegar um helicóptero até St Barths, já que são apenas quinze minutos de voo.

— Nem acredito que fizemos a maior parte da viagem! — Hanna comenta aliviada e eu dou risada.

— Agora a gente pega outro voo até St Barths? — Dhiovanna pergunta e eu assinto.

— Sim! Vamos de helicóptero até lá. — respondo e a menina sorri animada.

— As malas vão junto com a gente? — é a vez de Marília de perguntar e eu nego.

— Não! As malas vão de barco, mas é um processo muito seguro que eu e minha família estamos acostumados a fazer. — explico e eles assentem.

Desembarcamos do avião e fomos direto para uma sala VIP. O final da tarde se aproximava e eu sorrio ao ver a cor do céu. Marília, Hanna e Dhiovanna conversavam animadamente sobre algum assunto e eu ainda estava um pouco sonolenta.

— São cinco pessoas por helicóptero. Como vocês querem fazer a divisão? — Maurício pergunta, enquanto se aproxima, e eu dou de ombros.

— Acho que podem ir os casais em um e o resto em outro. — Fábio sugere e eu vejo todos assentirem.

Esperamos por cerca de quinze minutos até avisarem que os helicópteros estavam prontos. Nos despedimos rapidamente e fomos caminhando em direção à aeronave. Dhiovanna caminhava ao meu lado contando que seria a primeira vez que ela andaria de helicóptero e que estava nervosa, e eu apenas tento tranquiliza-la dizendo que seria um voo rápido.

— Você vai na frente, Maurício? — pergunto e ele assente rapidamente.

— Sim, não se preocupe. — responde sabendo do pânico que eu tenho só de imaginar de ir na frente.

Os meninos são os primeiros a entrarem no helicóptero e eu agradeço quando o meu segurança ajuda eu e Dhiovanna a subirmos na aeronave. Coloco os cintos de segurança, e ensino à irmã do camisa nove a fazer o mesmo, e depois coloco os fones de ouvido. O piloto dá algumas instruções rápidas em francês e eu sou a única a reponder, precisando traduzir logo depois para os outros.

— Você fala francês? Que chique! — Dhiovanna comenta e eu dou uma risada fraca.

— Eu aprendi várias línguas desde nova. — explico e ela sorri empolgada.

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