XIII

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Estella Bittencourt

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Estella Bittencourt

Rio de Janeiro, Brasil - 04 de maio de 2021

Me jogo no sofá no exato momento em que os times estão entrando em campo. Hoje é dia de Flamengo na Libertadores e eu confesso que sempre fico nervosa antes de assistir aos jogos do meu time. Cheguei da empresa há pouco tempo e tive tempo apenas de tomar banho e descer.

— Meu amor, você vai querer pedir alguma coisa para jantar? — Rosinha me pergunta e eu concordo rapidamente.

— Vou pedir uma massa no Abraccio. Você quer algo? — ofereço e ela pensa rapidamente assentir.

— Quero uma lasanha. — pede e eu concordo, vendo o juiz apitar o início da partida. — Vou ver se o Maurício quer algo. — avisa e eu fico vendo os primeiros segundos de jogo, até ela voltar avisando o que Maurício queria para comer.

Desbloqueio o celular e começo a fazer o pedido pelo iFood e antes que eu possa concluir, o Flamengo abre o placar com um gol de Gabi - após uma linda assistência de Arrascaeta. Abro um sorriso ao ver o placar favorável para o meu time e volto a pedir o jantar.

— Aqui está avisando que vai chegar perto da hora do intervalo. — aviso e Rosinha assente sorridente.

Volto a prestar atenção na partida e aos trinta minutos, Bruno Henrique faz o segundo gol do Flamengo. Comemoro animada ao ver o time inteiro comemorando e tenho me conter quando Rosinha me olha rindo.

Suspiro feliz quando o juiz apita o final do primeiro tempo e eu vejo que o Flamengo vencia o jogo por dois a zero. O interfone toca e eu dou uma risada fraca quando sinto a minha barriga roncar. Maurício aparece - alguns minutos depois - com as sacolas do restaurante.

Sento no tapete da sala e abro as sacolas. Entrego o prato de cada um e dou um gritinho animada quando vejo que o restaurante mandou o tradicional pãozinho com azeite temperado. Começo a comer a entrada e agradeço quando Rosinha me entrega uma latinha de Coca-Cola com um copo cheio de gelo.

A partida não demora a voltar e eu sinto meu coração disparar quando a LDU marca um gol aos cinco minutos. Encaro a televisão um pouco descrente e reviro os olhos, voltando a comer. Dez minutos depois, eles marcam outro gol e eu engasgo com o macarrão, fazendo Rosinha correr para me ajudar.

— Por que o Flamengo gosta de me fazer sofrer? — pergunto resmungando e ela dá uma risada enquanto volta a sentar no sofá.

O Flamengo tenta reagir e eu dou uma risada ao ver Gabriel com a cara fechada para os outros jogadores, que tentavam fazer cera. Faltando pouco mais de cinco minutos para o final da partida, Arrascaeta sofre um pênalti e eu dou um pulo do sofá.

— GOOOOLLLLL!!!! — grito ao ver a bola que Gabriel havia chutado entrar no gol. — Sempre ele!!! — pulo e Rosinha gargalha.

O juiz apita o final da partida e eu comemoro - com a mesma intensidade que os jogadores comemoravam no campo - a sofrida vitória. Meu pai me envia uma mensagem, dizendo que o o exame cardiológico estava em dia e eu dou risada, antes de ligar para ele.

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