Capítulo 8

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POV DRACO

Saio da sala do Snape sem olhar para trás, uma culpa atinge meu estômago, mas não vacilo.
Daisy vai me odiar pelo o que eu fiz.

...

POV EVA

Caminho pelos corredores, praticamente correndo para alcançar meus amigos, Fred e George andam rápido demais.

-Odeio ter aula com Sonserinos. - Resmungo de mau humor. George ri baixinho.

-Deixe de ser chata, Sonserinos são legais. - Ele responde sarcasticamente.

-Me diga o nome de um Sonserino que seja legal. - Peço, os gêmeos param de andar para me esperar alcançá-los.

-Theo Nott é legal. - Fred responde pelo irmão, os dois trocam um sorrisinho.

-Ele têm as melhores ervas. - George ri, ultrapasso os dois, e eles finalmente voltam a andar.
Reviro os olhos.
Eles estão me levando até minha aula, um comportamento fofo, já que a sala deles fica do outro lado do castelo.

-Podemos voltar a falar do meu problema? - Pergunto irritada com a mudança de assunto - Eu odeio Sonserinos.

-Nós também não gostamos de você, Grifinória. - Viro a cabeça quando ouço alguém falar, um moreno usando o uniforme da Sonserina nos alcança.
Ele é bem bonito.
Sinto minhas bochechas esquentarem de vergonha.

-Pensei que não voltasse mais para Hogwarts, Nott. - George comprimenta ele. Theo Nott.

-Também senti falta de vocês - Theo Nott diz com um sorriso. - Estou bem abastecido para a festa da abertura da temporada de Quadribol - Ele fala com malícia, está claro que está se referindo a erva - Então, espero vocês lá. - Nott vira para mim. - Garotas bonitas também são bem-vindas.

E aí ele sorri, depois de piscar para mim.
Esse Sonserino atrevido piscou para mim.

POV MATTHEO

Daisy está há alguns passos em minha frente, não falo com ela desde ontem.
Não tenho certeza se ela está muito feliz comigo, estou bem confuso, na verdade.

-Daisy? - Chamo, ela para de andar e vira para me olhar, Daisy sorri para mim.
Tenho que respirar fundo para me conter.
Quero que ela esteja colada em mim novamente, quero o corpo dela e os pensamentos dela.
Quero que ela seja inteiramente minha, quero que ela queira que eu, e só eu a toque, quero fazê-la sorrir e gemer.
Quero ela.

-Oi Mattheo. - Ando ao seu lado pelo corredor, em direção a nossa aula de Defesa Contra A Arte Das Trevas.
Forço a visão e vejo dois ruivos altos no corredor, Evanna também está com eles, e um garoto que não reconheço. Eles estão parados no corredor.

-Aquele é o...? - Daisy cerra os olhos, a expressão muda assim que reconhece a fisionomia do garoto, ela abre um sorriso enorme. - Theodoro!

Daisy sai correndo pelo corredor até chegar no moreno, ela pula nele e o abraça, ficam grudados por muito tempo.
Minha mandíbula trava.
Uma corrente possessiva de ciúmes me percorre, tenho que me controlar para não puxar Daisy para longe dele.
Tenho que me controlar muito.
Muito mesmo.

-Oi, gracinha. Sentiu minha falta? - O garoto pergunta com um sorriso, os dois finalmente se afastam, mas minha raiva não vai embora.

-Não faz ideia do quanto. - Ela responde sem nem notar que há mais pessoas no corredor, os dois parecem entrar em seu próprio mundo.
Não entendo a relação deles, mas não posso deixar de ver o garoto como uma ameaça.

-Essa escola precisa mais do seu sarcasmo, Theodoro. - Daisy diz alegremente, ele coloca um braço sobre o ombro dela e a abraça de lado.
Meus dentes vão quebrar com a pressão que estou fazendo na minha mandíbula.

-São seus olhos, gracinha. - O garoto responde com humor, o sorriso some quando nota minha presença, ele ergue as sobrancelhas quando percebe meus punhos cerrados.
Notou que estou com raiva, e parece se divertir muito com isso.

-Bom dia, Riddle - Ele diz para mim, tento disfarçar minha reação, o que obviamente não consigo. - Está com algum problema ou essa é sua expressão normal?

Sinto muita vontade de dar um soco nele, mas não faço isso, na verdade, fico parado e suavizo a expressão.

-Pare de ser tão implicante, Theo. - Daisy dá uma cotovelada nas costelas dele, Nott arfa de dor e depois ri.

-Que eu me lembre, você tem uma queda pelos implicantes. - Nott rebate com sarcasmo, Daisy fica vermelha e revira os olhos.

-Mas não pelos arrogantes, seu convencido do caralho. - Daisy rebate irritada, ele gargalha alto.

-Seu atual interesse prova o contrário. - Essa parte ele diz bem baixo com um sorrisinho, só para a Daisy ouvir.

The Riddle Boy (The Lovegood Girl II)Onde histórias criam vida. Descubra agora