The Riddle Boy (The Lovegood Girl II)

Capítulo 36

POV DAISY

Fui aparatada para a mesma sala em que Voldemort morreu e em que Mattheo renasceu, na até então, abandonada Mansão Malfoy.
Olho ao redor, são três comensais ao meu redor, e mais o Tobias, mas fui sequestrada por cinco deles.
Estremeço no lugar, onde estão os outros dois?
Percebo um caixão de vidro no canto da sala, parecido com o que Mattheo estava, o caixão de Voldemort.

-Vamos lá, Daisy. Colabore que tudo flui mais civilizado. - Tobias diz para mim, encaro-o com ódio.

-Acho que temos conceitos diferentes de civilizado. - Digo, enquanto olho em volta da sala, procurando os comensais ausentes.
Tobias se aproxima, tento não sair correndo, tento me manter no mesmo lugar, com um postura um tanto apresentável.

-Como presumi que seu comportamento seria hostil, me precipitei. - Ele explica calmamente, como um psicopata. No exato segundo em que ele termina de falar, os dois comensais entram na sala, meu coração erra as batidas ao ver Draco e Mattheo, os dois capturados, aprisionados.
Draco está se debatendo contra o homem que o segura, o olho dele  está roxo e as mãos estão vermelhas, indicando que lutou muito antes de ser sequestrado. Já Mattheo, ele está parado porque me viu na sala, também lutou contra o comensal, isso é óbvio.

-Mande seu namoradinho parar de bater em meus colegas. - Tobias sussurra para mim, a voz carrega um tom de humor, como se estivesse se divertindo com toda a situação. Não preciso dizer nada, porque Draco paralisa ao me ver, meus olhos se enchem de lágrimas.

-Deixe-os ir, eles não tem nada a ver com isso. - Digo baixinho, apenas para Tobias ouvir.
Ele ri da minha cara.

-Seu namorado serve como garantia que você fará tudo o que quero - Ele responde, ainda rindo. - E o Riddle... Bom, uma vida por outra vida, certo?

Olho ao redor da sala, para Draco e depois para Mattheo. O olhar de Draco está transtornado, provavelmente já entendeu o que vou fazer.

-Minha vida será a troca pela a de Voldemort. - Minha voz sai completamente sombria. Todas as possibilidades e lembranças passam por minha cabeça, lembro do sonho estranho que tive com meu pai, gostaria que ele tivesse dito que se orgulha de mim.

Tenha cuidado com o sangue de um imortal, Daisy.

-Daisy, não! - Draco grita detrás de mim, está completamente fora de si, se debate contra o Comensal, que finalmente cambaleia para trás, Draco acerta um soco na máscara do Comensal, que voa longe, o homem fraqueja. Mattheo aproveita a comoção para se livrar do seu próprio comensal, ele o derruba no chão, sobe em cima dele e o soca repetidas vezes, Draco acerta um soco no queixo do Comensal, outros dois comensais vão separar a briga, Mattheo bate no segundo, que cai apenas com um soco, Draco faz o mesmo.
Levo um susto quando Tobias desliza um braço pelo meu pescoço, imobilizando-me, tenho que respirar fundo porque sinto a ponta afiada e gelada do metal encostar em meu pescoço, bem em cima das minhas veias vitais, Tobias pressiona a adaga ao lado da minha garganta.

-Parem. - Ele ordena, calmo e sem irritação aparente. Draco é o primeiro a parar o movimento no meio, os dois comensais pegam cada um em um braço dele, fazem o mesmo com Mattheo.
Os dois estão aprisionados novamente.

Sinto a lágrima escorrer pela minha bochecha do mesmo modo em que a gota de sangue escorre pelo meu pescoço.

-Vou te entregar a pedra, você posicionará em cima daquela caixão de vidro e vai implorar para que ela traga o Lorde Das Trevas de volta, entendeu? Sem gracinhas, porra. - Tobias cospe em meu ouvido, enquanto pressiona a adaga em meu pescoço.
Confirmo lentamente com a cabeça, ele finalmente me solta, retira a Pedra do bolso e me entrega.
Sinto a corrente de energia percorrer meu corpo quando a Pedra toca em mim, ouço uma voz no fundo da minha mente:

Você voltou para mim, Daisy.