Capítulo 15

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POV NOTT

Eu organizo as melhores festas, e isso é um fato.
Por isso, a festa está incrível, todos estão se divertindo, fumando e bebendo, transando e coisas assim.
Me jogo no sofá ao lado da Daisy, deito a cabeça em seu colo e brinco com uma mecha branca.

-Oi, Theodoro - Ela fala, sorrio enquanto mexo no cabelo dela. - Acho que você já cheirou demais hoje, não vai passar dos limites, não é? - Ela pergunta preocupada, sorrio porque é muito fofo.

-Relaxa, gracinha. Não cheiro mais nada hoje, você manda e eu obedeço. - Respondo, ela solta uma risada. Malfoy aparece com dois copos na mão, ele franze as sobrancelhas quando me vê.

-Desencoste da minha garota, porra. - Ele resmunga irritado, saio do colo da Daisy porque não estou afim de levar um soco.
Malfoy senta ao lado e passa um braço ao redor da cintura dela, Daisy enrijece enquanto olha para um ponto atrás de mim, viro a cabeça para olhar, Mattheo Riddle está nos encarando. Encarando a Daisy.

-O que foi, Daisy? - Malfoy pergunta, de repente, todos nós estamos tensos.
Daisy parece querer sair correndo.
Alguma coisa está acontecendo entre o Mattheo e ela, e o pior de tudo, é que Malfoy está percebendo.
Se Draco tivesse visto o que eu vi naquele corredor...

-Talvez eu devesse chamar o Mattheo para sentar com a gente. - Daisy fala, ainda olhando para o Riddle. Ela fica muito estranha perto dele, tipo muito estranha, toda elétrica e amigável.

-Esquece ele um pouco, porra. - Malfoy resmunga irritado, Daisy vira para ele, ela pisca enquanto encara o namorado.

-Só estou tentando ser legal, Draco. Não deve ser muito fácil voltar dos mortos - Ela responde toda irritada, desvio o olhar dos dois porque não quero presenciar a briga.
Ouço o Malfoy rir, a risada é bem sarcástica.

-Acho que ele sabe se cuidar. - Draco diz com um sorriso, mas é perceptível que está irritado.

POV EVA

Fred e George me convenceram a vir na festa da Sonserina, Harry e Gina também vieram, Rony e Hermione ficaram estudando na biblioteca.
Com certeza estão se pegando nesse exato momento.
George me oferece uma bebida escura, ergo as sobrancelhas para ele.

-O que é isso? - Pergunto desconfiada, ele dá de ombros, sem se importar.

-Você precisa dar uma relaxada, Eva. - Ele responde, aceito o copo, dou um gole pequeno e faço uma careta. - Vá se enturmar. Eu vou atrás de erva. - É tudo o que George fala antes de puxar o Fred até o Theodoro Nott.

...

Todos já estão incrivelmente bêbados, estão falando alto e rindo para tudo, meio que estou bêbada também.
Descobri que gosto muito dessa bebida.
Ouço uma gritaria seguida de risadas altas, viro a cabeça para olhar, um grupo de Sonserinos em volta de uma mesma redonda, Daisy Lovegood está em cima da mesa.

POV MATTHEO

Observo Daisy subir em cima da mesa, tenho que me segurar para não tirá-la de lá, já que ela parece bem bêbada para tarefas que exigem equilíbrio. Fico parado em um canto afastado, uma música começa a tocar, Daisy segura uma garrafa como se fosse um microfone, ela cambaleia na mesa, mas logo se equilibra. Daisy passa o olhar pela Comunal até me encontrar, ela sorri para mim.
Mas logo desvia o olhar, quando as pessoas começam a gritar o nome dela, Daisy começa a cantar.
Puta que pariu.
Estou sem ar. Ela canta bem para caralho.
Muito bem.
A voz dela é hipnotizante.
Desvio o olhar, Daisy canta com mais intensidade:

Girl, tell me what you're doing
on the other side

And tell, just tell me what you're
doing with that other guy

'Cause I ain't got patience to
slow down the pace

All your girlfriends are wasted
They need it, they chase it

They need it, they chase it

Face it, you want it, you crave it

Believe when I say that you'll
know once you taste it

Eu tentei não olhar.
Realmente tentei não olhar.
Tentei não pensar em como eu quero foder ela.
Mas não importa o quanto eu tente, nada adianta, Daisy Lovegood é a garota mais incrível que já conheci, e todos os esforços para esquecê-la ou superá-la são inúteis.

Já enfrentei a morte e a tortura do meu próprio pai, mas saber que ela nunca vai ser minha é a pior dor que já senti.

Ela canta bem para caralho.
Mesmo bêbada, a voz não desafina nem por um segundo.
É a voz de um anjo.
Ironico ela estar cantando essa música, já que é literalmente o que penso e sinto.
Sinto vontade de socar todos ao meu redor, mas principalmente, o loiro que sempre tem o olhar dela.

Daisy está diante de uma multidão, mas não tira os olhos dele por nada.
E isso me mata por dentro.
Daisy Lovegood está brincando com meu coração, o mesmo coração que ela fez voltar a bater, e o mesmo coração que pertence à ela.
Mesmo que seja um coração escuro e defeituoso coberto por maldade e arrogância, pertence à ela.

The Riddle Boy (The Lovegood Girl II)Onde histórias criam vida. Descubra agora