Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 27

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Ellie estacionou o carro e olhou em volta como se procurasse algo. Eu fiquei só observando seus movimentos cautelosos, ela abriu a porta devagar e olhou pros lados antes de me olhar. Eu estava com a sobrancelha arqueada e ela me olhou séria antes de rir.

– Não vai sair?

– Tá procurando o que?

Devolvi a pergunta. Ela entrou de novo no carro e fechou a porta como se fosse contar o maior segredo do mundo.

– Se eu te contar você não vai me matar?

– Depende. Você matou alguém?

Ela riu e negou com a cabeça. Virou de lado e olhou pra baixo, eu estava quase acreditando que ela tinha cometido um crime mesmo.

– Eu fiquei com o Scott.

Ela disse tão rápido que eu precisei de alguns minutos pra entender. Quando eu entendi abri a boca completamente surpresa, olhei pra ela que parecia envergonhada.

– Como? Por que? Quando?

Ela me olhou assustada com o meu tom de voz. Decidi respirar fundo e suavizar minha expressão, não é nada demais né?!

– Aquele dia que eu fui na festinha, ele estava lá com a Carol e uns amigos. Inclusive ainda bem que você recusou ir, não seria nada legal.

Ela suspirou e olhou pra mim.

– Só que eu acho que bebi demais, porque ele começou a ficar estranhamente atraente. Conversa vai, conversa vem... e acabou rolando. Mas, olha eu nao fiquei com ele de novo, depois daquilo.

– Tudo bem, você pode ficar com quiser.

Tentei disfarçar meu incomodo com isso. Eu não gosto do Scott e provavelmente nunca vá gostar, mas ela não tem culpa disso.

– Mas... eu sei que você tem um problema com ele.

– Mas e o cooper?

– Eu nunca namorei ele, então a gente não tem nada.

Deu de ombros. Fiz uma cara compreensiva e analisei a situação.

– Mas porque você está com medo, então?

– Medo dele aparecer aqui. Eu não quero encontrar ele, já não basta aquele dia no refeitório que não acabou nada bem.

– Mas qual problema de encontrar ele?

Franzi a testa sem entender.

– Ele é meio grudento. Eu não gosto disso, e eu não quero te magoar se acabar ficando com ele de novo. Então prefiro evitar.

Ela virou de frente desviando o olhar do meu.

– Você não vai me magoar se fizer o que tem vontade. Eu não posso ficar ditando o que você deve ou não fazer, eu tenho um problema com ele, não você.

Dei de ombros e ela me olhou assentindo.

– Tudo bem. Chega disso e vamos logo pra essa festinha. Inclusive esse povo não cansa né?! Festa todo dia.

Eu ri e concordei. De fato eu não aguento mais festas, ter uma vida social é mais difícil do que eu imaginava. Saímos do carro em direção ao barzinho ou lanchonete, não sei dizer.

Mas era um lugar muito bonito. Tinha uma bancada de madeira com detalhes em azul e atrás ficava o bar ou o lugar onde faziam as bebidas. Provavelmente nós não íamos poder compra bebidas.

Onde tinham as mesas também tinham enfeites pendurados. A temática era basicamente azul, então toda a decoração era uma mistura de azul com tons de madeira. Ellie me puxou em direção a uma das mesas onde já tinham algumas pessoas.

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