Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 33

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Meu irmão fazendo um mês no mesmo dia que se comemora de ação de graças. Isso é bom ou ruim? Pra ele é ruim que vai ter que dividir o seu dia com um feriado. Mas pra mim é bom já que eu convenci minha mãe a comprar um bolo de chocolate pra comemorarmos.

Sim, eu sou genial.

Não precisa dizer, eu sei que sou uma gênia. Usei o "mesversario" do meu irmão como desculpa pra comer um belo bolo de chocolate, com recheio de brigadeiro e cobertura de ganache de chocolate.

Deitei na minha cama com meu pacote de salgadinho, o único que minha mãe me deixou comer antes do jantar. Já que minha família toda estará aqui para o jantar de ação de graças e meu pai vai cozinhar pra muitas pessoas.

Segundo a minha mãe se eu me encher de salgadinho e não comer a comida dele, provavelmente ele vai ficar chateado. Mal sabe ela que eu aguentaria mais três salgadinhos e ainda sobraria pra comer muito no jantar.

Ouvi meu celular vibrando e pausei o jogo. Procurei por ele em todo o quarto e só achei dentro do banheiro, provavelmente foi na hora que eu estava tomando banho. Sempre gosto de ouvir música enquanto tomo banho.

Peguei ele e vi que era um número desconhecido. Fiquei meio receiosa de atender mas acabei atendendo, podia ser importante.

– Alice?!

Era um voz de mulher, mas uma que eu não me lembro de ter ouvido.

– Ah, sim. Quem é?!

Sentei na cama de novo esperando a resposta.

– Sou eu, a May. Eu trabalho na casa da Melissa, se lembra de mim?

– Ah, claro que sim. Aconteceu alguma coisa?

Na mesma hora eu já senti um nervoso, e se fosse algo grave? Ela nunca me ligou, isso é estranho.

– Nada de grave, querida. Mas eu queria te pedir uma coisa.

– Se eu puder ajudar.

– Eu sei que você é muito importante pra minha menina. Ela fica tão diferente quando você está por perto, ela gosta muito de você.

Senti minha bochecha corar, ainda bem que ela não podia ver.

– E hoje é um dia tão importante, pra se passar em família. O problema é que a dona Heather está viajando e deu a notícia que não vai conseguir voltar a tempo. E agora minha menina está lá no terraço deitada olhando pro céu como se o mundo fosse acabar. Ela está muito triste e eu odeio vê-la assim.

– Você quer que eu vá aí?

– Se não for incomodo. Eu até chamei ela pra ficar comigo essa noite, mas ela não quis, disse que vai passar a madrugada jogando joguinhos. Vê se pode uma coisa dessas.

Suspirei e deitei na cama olhando através da clara boia.

– Tudo bem, eu posso ver o que esta acontecendo.

– Obrigada, ela vai ficar feliz em te ver.

Sorri involuntariamente e ela desligou a chamada. Joguei o celular do meu lado enquanto via a nuvens se mexendo.

Será que estamos mesmo dependentes uma da outra?

[...]

Depois de convencer minha mãe a deixar a Melissa jantar com a nossa família, eu finalmente saí de casa pra ir em busca dela. Não foi difícil convencer minha mãe, ela gosta mesmo da Melissa.

O que me preocupa um pouco.

Eu já estou um pouco mais confiante no volante, então consegui dirigir mais rápido que o normal. Passei pelo grande portão da casa dela, já disse que isso parece uma daquelas mansões de série? Pois bem, parece.

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