ANÚBIS
Passo a mão pela cintura da Júlia e inclino meu braço pro lado, pra pegar o copo de whisky que tá em cima da mesa e ela afasta a cabeça pra frente apoiando a mão no meu joelho e ajeita seu corpo, sentando de lado na minha perna.
Argentino: A nossa roupa é da ed hardy, rio local ou da armani - ele canta apontando pro próprio kit dele e vira a aba do boné pro lado - o bonde tem um audi um veloster e um megane, eu tô portando a captiva com som de duzentos mil estilo panicat me deu mole quando viu - e o som estoura alto pra caralho na área da casa do Bagdá - relíquia tigresa - aponta o indicador pra mim e eu dou risada subindo o dedo do meio pra ele que olha pra cá fazendo uma cara de puta mal comida.
Levo o copo de whisky até a boca e dou um gole, tô marcando um dez aqui desde manhã com a Júlia. Parafal chegou tem um tempinho já, do nosso lado e tá na maior trocação de papo com ela.
Júlia: Não doeu? - olho pra um e pro outro enquanto bebo - não deixa seu cabelo crescer né? Haja dinheiro pra cortar cabelo lançou o mengão na cabeça - observo ela, enquanto fala como se fosse algo sobrenatural e dou risada.
Júlia tem dessas e só piora quando é um assunto que ela tem apego. Ela gosta pra caralho de conversar.
Parafal: Eu tava louco - da uma risada e inclina a cabeça para baixo, passando a mão por toda sua tatuagem e fala - no dia seguinte doeu pra caralho! - sobe a cabeça e troca a cerva de mão apoiando a outra no quadril.
Júlia: Hum, imagino e não sei se o Flamengo tá merecendo não ein - viro meu pescoço, olhando lá pra fora de novo. Bagdá tá fazendo um esquenta de cá enquanto o Pirata tá pela Penha organizando o baile de mais tarde lá pela minha casa, bailinho da selva.
Parafal: São momentos pô qualquer time já passou por isso - fala maneando a cabeça - mas parece que o do Flamengo tá foda - ele muda sua expressão pra puto.
Júlia: Momentos - repete rindo - sou botafoguense.
Parafal: Hum.
Tiro meu celular do bolso obervando as horas e bloqueio a tela, ergo minha cabeça pra frente. Vendo o Bagdá chegando aqui com mais bebida e a Niara atrás dele jogando o cabelo pro lado e trocando a garrafinha de ice de mão.
Anúbis: Levanta um pouco aí - peço pra minha irmã levantar e me afasto olhando ela passar a mão pelo conjuntinho florido, olhando pros pés, ela abaixa o braço e passa a mão pelo nike branco - segura e não é pra beber, se for, coloca energético que esse daí tá puro.
Júlia: Queria batida irmão, aquela de limão que você faz - fala cruzando as pernas e joga o cabelo pro lado.
Anúbis: Tem aí não? - aceno com a cabeça lá pra dentro e ela nega aproximando o rosto do meu copo e cheira mudando seu semblante pra uma careta e afasta o copo me olhando - fresca.
Júlia: Só tem morango e é muito doce - fala e coloca o copo em cima da mesa olhando pros dois lados da área.
Niara: Terminei de fazer e tem comida lá dentro Júlia, parece que esses meninos se alimenta de cachaça - ergo minhas sobrancelhas olhando ela sentar do lado da Jú.
Júlia: Eu vou lá já, já - olha pro Parafal - quer almoçar Parafal? - ele nega com a cabeça.
Parafal: Já tô - e levanta a latinha de cerva.
Niara: Só tem eu e a Júlia de menina aqui, toda vez é assim - ajeito o coldre na cintura e cubro com a blusa cruzando os braços.
Argentino: Calma doutora, chama as amigas - olho eles - a Isa lá - olha pra mim rindo.
Niara: Ela não é minha amiga não, não é do Parafal? - pergunta intercalando a visão sobre os menó e eu aceno com a cabeça pra cá, chamando ela - eu? - confirmo maneando a minha cabeça e me afasto do meu pessoal, indo pro fundo da área e encosto meu corpo no muro olhando lá pra baixo, e volto o olhar pra ela chegando perto de mim, abaixando a saia branca antes de falar - o que aconteceu?
Anúbis: Nada - tiro meu celular do bolso - Faz uma pro seu cunhado - ela ri estreitando os olhos me encarando e eu dou risada - manda aí o número da Layla - ela franze as sobrancelhas e eu confirmo.
Niara: Ela sabe? - nego olhando lá pra baixo - vou mandar, mas se ela não gostar eu falo que fui obrigada.
Anúbis: Porra nenhuma, manda aí - ela manea a cabeça e tira o celular da cintura.
Vou perder tempo não se tô afim de ver ela de novo, pra mim tem caô nenhum. Gostei e quero pra mim. Já dei o papo antes, se ela acha que tá na Disney ela tá é de óculos.
Niara: Chegou aí? - pergunta e eu desbloqueio meu celular olhando a única mensagem dela aqui e o número da pretinha.
Anúbis: Valeu - faço o toque com ela.
....
12h...
Argentino: Tô ligado ser folgado é da genética de vocês né não? - passo a mão embaixo do nariz e giro o volante do carro olhando pros dois lados antes de estacionar aqui na rua da principal, que tem o mercadinho maior - bênçãos e bênçãos - tiro o chave do carro e olho lá pra fora vendo o Di'raça e Ryan encostar com a moto na nossa frente.
Anúbis: É só entrar lá e pegar três limões, que show é esse - abro o meu lado e desço travando as portas.
Argentino: Mermo assim - ele da a volta no carro e sobe na calçada do mercado - vou levar banana pro zé também - confirmo olhando ele entrar lá no mercado.
Anúbis: Vai rápido - me aproximo da moto branca do Di'Raça e ele estende o braço me entregando uma sacola azul - valeu - pego a sacola e abro, vendo os cremes que pedi pra ele trazer pra Júlia também.
Di'Raça: Já é - faço o toque com ele e ele da a volta com a moto, ficando de frente pra mim. Eu subo na calçada e passo a visão nessa rua daqui - coé - tiro meu celular do bolso e entro na mensagem da Niara pra salvar o número da Layla e dobro a perna apoiando na parede - porra, tiro e borrada de bênção - fala rindo e passo o olhar pra ele que inclina os braços no tanque da moto olhando lá pra baixo ele assovia pro Ryan que olha pra cá, pro nosso lado rindo.
Ryan: Pastor comedor de cu - sua voz surge na minha audição e eu olho pros dois acompanhando pro lugar que eles estão olhando.
Eu inclino meu corpo e apoio minha mão na minha perna olhando pra lá, obervando o carinha queimado de sol de terno e gravata nesse calor do caralho. Primeiro eu passo a visão pelo tumulto de pessoas que tem ali, quase fechando um círculo e passo a mão na boca, desço o olhar pro meu lado esquerdo e miro em duas pessoas.
Esse porte gostosinho minha mente já até sabe distingui quem é... Ao seu lado tem uma mulher loira maior que ela, franzo as sobrancelhas e obervo calado ela tentando puxar a mina que tá no meio do caô. Desvio o olhar de lá e entro no número dela pra mandar uma mensagem. Envio e continuo olhando pra lá.
Eu: Tô te olhando daqui, terceira vez.... já pode se considerar minha, pimentinha
Desvio o olhar de lá e olho a minha frente vendo o Argetino correndo pra cá com algumas sacolas na mão.
Argentino: Mané ó o pau quebrando ali - da risada e abaixa seu corpo colocando a mão na cintura - bagulho tá doido.
Ryan: É pra descer lá patrão? - eu olho pra ele e acenando com a cabeça, negando - já é.
Argentino: Ela ficou com o pastor? - pergunta olhando pro Di'raça e sinto meu celular vibrando vendo que ela respondeu.
Layla: Ãn? Tá aonde? Não tô te vendo...
Layla: Sua? Kkkkkk sou da minha vózinha só.Eu dou risada e olho pra lá de novo, ela não tá mais no tumulto do pessoal, tá do outro lado olhando pros dois lados segurando o celular.
Eu: Sua vózinha já passou muito tempo contigo agora é a minha vez pô.... Olha pra cá, de frente pro mercado.
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ESSÊNCIA DE VILÃO
FanfictionMas se acha tão esperto sem saber de nada, e eu mesmo à anos luz de avanço ainda me acho um nada.