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LAYLA

Arfo com dificuldade, soltando a respiração falhada pelo nariz. Sentindo meu corpo pegar fogo em uma onda eletrizante. Como se a qualquer momento toda minha estrutura física e mental pudesse simplesmente entrar em um colapso, espalhando todas minhas partículas.

Toda sua intensidade me toma completamente, fazendo eu querer gritar até não sentir mais as minhas cordas vocais, e isso só com um beijo. Eu não tenho controle das minhas ações quando estou com ele, o jeito que ele me pega parecendo conhecer cada parte de mim, como se ele tivesse me desenhado com as suas próprias mãos tatuadas, sabendo todos os meus pontos, é surreal.

Anúbis me deixa completamente em êxtase.

E eu simplesmente não consigo pôr em palavras, isso não é só um sexo, parece que cada vez eu fico mais ligada à ele, na minha cabeça faz sentindo, mas eu não sei explicar, eu sou irracional quando se trata dele!!!

Gemo baixinho sentindo minha pele arder, enquanto meu quadril cria vida própria e seus dedos grossos deslizam pela minha buceta surpersensivel; puxo seu lábio com força, mordendo e sinto o gostinho metálico do seu lábio inferior invadir a minha boca, se misturando com as nossas salivação.

Anúbis afrouxa os dedos do meu couro cabeludo e eu sinto a ardência diminuir, ele rosna contra minha boca empurrando seu peitoral contra o meu, enquanto eu tento raciocinar o momento exato em que ele me enfiou dentro da sua bolha luxuosa. Solto um soluço baixo pegando seu rosto entre meus dedos e deslizo minha língua na sua em um gesto sutil, sentindo a espessura do seu pau duro, marcar o couro do meu shortinho.

Me tremo da cabeça aos pés quando sua mão saí de dentro do meu cabelo percorrendo pelo meu colo, até chegar na minha garganta, desço minha mão pelo seu peitoral e sinto seu coração acelerado contra a palma da minha mão, forte e feroz, igual o dono.

Anúbis: Tu me deixa assim - a rouquidão da sua voz choca contra minha boca, levando toda a carga pelo meu torso, me arrepiando inteirinha - perfeitinha pra caralho! Delícia - encolho meus ombros sentindo sua mão apertar minha garganta, ao mesmo tempo em que abro meus olhos e observo seu olhar me analisando como se eu fosse um fenômeno.

Os lábios carnudos completamente inchados e em um tom mais avermelhado, as íris castanhas mais escuras, iluminadas e o sorriso se curvando na sua boca, deixando a mostra os dentes alinhados enquanto sua respiração regula.

Layla: Você é lindo, Cauã - puxo o ar com dificuldade, susurrando contra sua boca - pra caramba! - confesso, sentindo sua mão sai de dentro do meu short; ele leva os dedos melados com o meu mel até a sua boca e desliza pelos seus lábios e pela língua grande, chupando enquanto nosso olhar se mantém firme um no outro, e eu simplesmente fico molhada, de novo, engolindo o seco...

Anúbis: Só? - tampo minha boca e enfio meu rosto pela dobra do seu pescoço, sentindo minhas bochechas arder - vergonha de me chamar de lindo, pimentinha? - confirmo, apertando meus olhos com força - olha aqui - nego, abraçando seu pescoço enquanto sua risada entra pela minha audição.

Layla: Não consigo - sussurro baixo, sentindo seus dedos dedilhar minha lombar em um gesto carinhoso.

Anúbis: Então tu vai ter que calvagar de costas - dou risada, apertando seu pescoço com força - lindinha - sorrio e passo a mão pelo meu rosto, sentido os fios do meu cabelo grudando na minha nuca suada.

Jogo minha cabeça para trás, enfio meus dedos por dentro dos meus cachos e junto ele todo, deixando de um lado só. Sinto seu olhar sobre mim e me faço todinha saindo do seu colinho, escutando sua risada gostosa demais.

Anúbis: Quer alguma coisa? - pergunta, passando as duas mãos pelo rosto, respirando fundo e eu miro meu olhar pelo seu moletom, obsevando seu pau ainda duro, marcando.

Layla: Água - falo, sentindo meu corpo voltando ao normal - minha garganta tá seca.

Anúbis: Hum - passa a língua pelo lábio chupando a boquinha carnuda - pega pra mim, por favor - pede, apontando o indicador pro meu lado e eu observo seu IPhone enorme com uma capinha dourada, o visor acende e na foto de bloqueio aparece ele e a Ceci. Pego o celular com cuidado porquê se cair não tenho dinheiro pra comprar outro - valeu - eu balanço minha cabeça em concordância e coloco o aparelho na palma da sua mão.

E o choro fininho do cômodo lá de cima chega aqui embaixo.

Layla: Acho que ela acordou.

Anúbis: Deve tá querendo o tetê dela - sorrio colocando a mão na boca, sentando na pontinha do sofá - sorri mermo, daqui a pouco é tu.

Nego com o indicador rindo e me agacho, colocando o par do meu tênis do ladinho do sofá.

Layla: Misturada, por favor, tô ficando rouca - levanto, sentindo seu corpo atrás do meu, me cobrindo toda.

Anúbis: Mel ajuda - franzo minhas sobrancelhas - com limão - passa a mão pela minha cintura, alinhando meu corpo atrás do seu.

Layla: Já ouvi falar.

Dou alguns passos em direção a sua cozinha, observando tudo.

A casa dele é bem organizada, tudo arrumadinha e tem o cheiro dele em cada parte, a decoração é simplesmente a cara dele. Sinto o piso gélido chocar a sola do meus pés cobertos pela meia branca e paro no balcão, lembrando que já transamos aqui a alguns dias atrás...

Minutos depois, subo as escadas com uma garrafinha de água na minha mão direita e na esquerda meu celular; enquanto Anúbis digita rápido no seu celular, segurando uma mamadeira transparente com os desenhos de ursinho cobrindo.

Entro no quarto observando a Ceci deitadinha com uma boneca pretinha, sumindo pela cama de casal, toda pequena.

Cecília: Mimir chocolalinho - Ceci fala, cobrindo a boneca e eu sorrio, morrendo de amores.

Anúbis: Só porque trouxe seu tetê tu vai dormir? - fala calmo, mas com o tom firme, enquanto guarda o celular no bolso lateral do seu moletom, caminhando até a cama.

Cecília: Ela mimir, Cecília não, meu benzinho - fala toda sapeca, levantando da cama olhando nos dois.

Anúbis: Ela já dormiu? - fala olhando pra mim e eu encosto minhas costas na cômoda. Deixando os dois juntinhos.

Cecília: Ela não quer, tá lebelde - rio, abrindo a tampinha da garrafa, levo o bico até a boca, bebendo o líquido transparente da água.

Cecília deixa a chocolalinho de lado e pula em cima do Anúbis. Eu assisto os dois com um sorrisinho no rosto, enquanto ele dá o tetê pra afilhada, conversando com ela em uma língua que só ele entende, enquanto ela, olha pro padrinho com o olhar brilhoso, admirada.

É, eu também tô, Cecília...

ESSÊNCIA DE VILÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora