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LAYLA

Kimberly: E como foi lá?

Layla: Daquele jeito né? - abaixo minha sainha me olhando no espelho - depois eu explico, esse não é o momento, mas não quero ver ele nem pintado de ouro.

Kimberly: Amém?! Finalmente, tu tem que se afastar dele amiga e manter. Não é só falar e no outro dia da moral pra ele, tem que começar a agir - ela passa pela bancada e volta com um prato cheio de carne segurando uma - eu quero o seu bem - confirmo.

Layla: Eu sei e agradeço por isso - sorrio,  pego uma carne do prato olhando pra ela, que esta com o olhar atrás de mim - tá fofocando o que? - pergunto e dou uma mordida na gordurinha da carne.

Kimberly: Ãn - ri e volta a me olhar - eu vou no banheiro, tu me espera aqui - empurra o prato de carne na minha mão - marca cinco, ou vinte - beija meu rosto e sai entrando na porta direita.

Nego, rindo e deixo o prato sobre o bancada; ajeito minha bolsa na cadeira e sento pegando mais um pedaço de carne, apoio os dois cotovelos por cima da bancada e volto a comer, balançando meus pés no ar.

Começo a manear meu corpo no ritmo da música e miro meu olhar pra frente, vendo meu reflexo através das duas janelas fechadas da cozinha. Passo o dedo pelo cantinho da minha boca e limpo a sujeirinha de carne. Olho pra baixo e ajeito o top branco no meu corpo, subindo ele pelo vão do meio, levanto meu olhar e vejo como ficou pelo meu reflexo da janela.

Engulo a sáliva assim que vejo o reflexo do moreno que a poucos minutos estava me encarando, chegando cada vez mais perto. Ele  ajeita a gola da blusa vindo pra cá, na minha direção. Cruzo as pernas respirando fundo, que ele é gostoso isso é, mas depois que ele me olhou, eu fiquei...

Ele só me olhou, e eu tava indo bem, até ele abrir aquele sorriso que me desmonto de várias formas, levando a minha saniedade e qualquer tipo de postura pro espaço.

Me movimento na cadeira assim que meu faro reconhece seu perfume forte, que sentir desde do momento que eu fui falar com as meninas chegando com tudo na cozinha, mordo minha bochecha com tanta força que começo a sentir o gostinho metálico. Desço minha mão até a minha coxa dedilhando inquieta.

"Por que eu tô tão nervosa?!" penso comigo mesma.

Ele chega perto parando do meu lado, torço meu nariz sentindo seu perfume que chegou com tudo.

Layla: Hum? - olho ele pelo cílios franzido as sobrancelhas.

Xxx: A sua amiga vai demorar? - pergunta com o tom de voz aveludada. Manso, mas grave pra caramba! Ele acena com a cabeça pro lado, virando seu pescoço na direção que a Kim tinha acabado de entrar e eu reparo algumas tatuagens pelo seu pescoço.

Layla: Kimberly? - ele confirma - não sei - olho pro seu rosto e sinto minha mão soar, passo pela minha sainha várias vezes tentando secar.

Xxx: Peguei a visão - ele olha pro meu rosto e estende a mão coberta pelas tatuagens. "Mão grande", penso antes de inclinar a minha - Anúbis - olha pra minha mão e deixa um sorriso escapar pelos seus lábios carnudos, em seguida, passa a língua pela boca, o mesmo sorriso que me fez ficar...

Layla: Layla - curvo minha boca em um sorriso, jogando meu cabelo pra trás, com a mão livre; ele inclina o rosto, aproximando seus lábios próximo da minha mão, me ajeito na cadeira sentindo a respiração quente do seu nariz chegar na minha pele.

Anúbis: Satisfação, Layla - repete meu nome com firmeza, sua voz agora sai mais rouca, ele beija minha mão e afasta o rosto sem soltar ela, passando o polegar por cima.

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Feliz dia das mulheres, calcinhas dura. 💋

ESSÊNCIA DE VILÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora