LAYLA
Dj: Vem, que vem, ritmizinho da penha amor, sente o clima vem - estreito meu olhar na direção da plataforma enorme no meio da quadra e foco no DJ, com o cabelo pintado de laranja, pulando como se fosse uma pipoca, de um lado pro outro, sem blusa e fazendo com que as luzes coloridas dos holofotes atravessem seu corpo, reluzindo a corrente de ouro do seu pescoço - vem pra selva, vem, aquele pique, toma pegada do Anúbis - levo a taça de gin até a boca e observo as meninas gritando quando o DJ esbraveja o vulgo dele.
Kimberley: Ela não pode ver a tropa da selva que a buceta dela pisca, vem perereca bandida se joga na glock com pente de trinta - desvio meu olhar do dj, observando minha amiga dançando do meu lado com o Pirata; ele afasta os fios loiro do seu cabelo e fala na sua orelha, Kim tampa a boca e joga a cabeça para trás rindo.
Dj: Chama sua amiga piranha porra! É ritmo de lazer digital, na relíquia do gordinho!
Argentino: Parecendo um curupira, porra - reconheço a sua voz e franzo minhas sobrancelhas. Olho para a entrada do camarote, notando o Argentino com uma blusa azul jogada por cima do ombro direito e com o pescoço pesado de ouro, ele se aproxima daqui parando do lado do Pirata pra falar - cadê meu marido?! Vim buscar ele - cruza os braços gesticulando com a cabeça e olha pra cá sorrindo.
Pirata: Não sei, pô - fala, agarrando a cintura da minha amiga que para de dançar, pegando o baseado dos seus dedos - ele desceu com o Bagdá tem um tempinho - e estrala a língua.
Argentino: Tô ligado, ele quem me chamou pra cá, bem na hora que a pestinha ia me da um chá - coloca a mão por cima da boca maneando sua cintura, fazendo a arma balançar; um menino completamente aleatório, com o cabelo de surfistinha passa por eles, segurando um copo transparente de whisky e o Argentino para o mesmo, recebendo um olhar confuso do garoto - valeu, gatão! - o menino solta uma lufada arrancando o riso do Pirata.
Kimberley: E se tiver droga nesse copo? - minha amiga pergunta, soltando a fumaça do baseado para cima.
Argentino: Como se eu não gostasse.
Pirata: Sete um do caralho - os dois dão risada e o Argentino leva o copo até a boca - duvido falar essas porras perto do cara, ele te quebra em dois.
Argentino: Se for naquela piroca dele gostosa eu quero - me engasgo com a bebida e escuto a risada da minha amiga Niara do meu lado - vou esperar ele e vou ralar. Saí da frente e cai pro canto, que a tropa do meu marido tá passando - canta, apontando pro Dj e apoia seu corpo na barra da grade.
Desvio minha atenção deles, jogando meus cachos nas costas, balançando meu corpo no ritmo do funkzinho.
Niara: Ela só quer toma, toma - leva o vaper eletrônico até a boca tragando e solta a fumaça pra frente - quer? - pergunta pra mim e eu nego com a cabeça, chegando perto da mesma.
Layla: Nunca sei usar isso - sorrio, cruzando minhas pernas - falta morrer tossindo.
Niara: Deve ser porque você não tá acostumada - confirmo, passando a língua pelos lábios.
Bodinho: Cachinhos? - inclino minha cabeça para trás, procurando a voz do meu amigo pelo camarote. Assim que meu olhar encontra o seu, sorrio. Acompanhando o mesmo se aproximando perto de mim - tá suave? - pergunta com a voz alta, por conta do som, passando o olhar na Niara antes de sentar aqui.
Layla: Oie - sorrio e dou espaço pra ele sentar no meu lado do sofá - eu tô, você tá? - ele olha pra mim sorrindo e beija minha testa.
Bodinho: Tô bem pra caralho, pô - levo a taça mais uma vez até a boca, dando um gole no gin e sentio ele encostar com a boca próximo da minha orelha pra falar - quero te pedi desculpa por uma parada aí - eu franzo meu cenho e viro meu rosto em sua direção inclinando minha cabeça para trás.
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ESSÊNCIA DE VILÃO
FanfictionMas se acha tão esperto sem saber de nada, e eu mesmo à anos luz de avanço ainda me acho um nada.