Golpe? // Um gatinho a vista

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-Amiga acorda, vamos começar a descer. -Elisa me acordou e estava muito animada, só faltou soltar fogos.

-Ufa que bom amiga, cansei de ficar no avião, muito tempo. -Me espreguicei.

Assim que o avião enfim pousou, foi um alivio, e ao mesmo tempo uma felicidade, cara eu estava prestes a ver a coreia, nunca que eu pensei que isso poderia acontecer. Fizemos todo o processo para descer do avião e ir até o aeroporto, pegamos nossas malas e enfim estávamos indo em direção a saída do aeroporto, finalmente Seul, nos esperava.

-Seul se prepara que nós chegamos. -Minha amiga gritou o que atraiu alguns olhares curiosos.

-Amiga. -Belisquei ela. -Se controla mulher, não estamos mais no brasil.

-Desculpa. -Ela ficou vermelha.

-Vamos procurar um taxi. -Percebi alguns olhares voltados em nossa direção, alguns curiosos, alguns olhares que pareciam bem maldosos, mas decidi relevar.

-Tem um ali, atrás daquele cara gatinho. -Ela apontou e o cara pareceu perceber.

-Amiga, juro que vou te matar. -Abaixei rapidamente a mão dela.

-Desculpa amiga, é que eu estou ansiosa, nem percebi. -Como se eu não soubesse.

-Vamos lá. -Fomos em direção ao taxi.

-Oi, tudo bem? Seu taxi está livre? -Perguntei em inglês mesmo, não queria falar merda em coreano.

-Está sim, podem embarcar, vou colocar as malas no porta-malas. -Minha amiga acabou ficando meio perdida, então expliquei o que ele tinha dito.

-Vocês não são daqui né? -O motorista perguntou curioso.

-Não, nós somos do Brasil. -Falei olhando pela janela.

-Ah, que legal, lá tem o famoso carnaval né? -Ri.

-Sim. -Ele ficou todo animado.

-Eu adoro o carnaval de vocês, é maravilhoso. -Ele era bem simpático.

-Ahh, obrigada. -Sorri.

-Senhorita só um minuto, meu suporte do taxi está falando comigo. -Ele então começou a falar em coreano, fiquei feliz em entender o que ele estava dizendo.

Agente: Você está levando estrangeiro?

Taxista: Sim, são duas garotas, muito simpáticas.

Agente: Cobre mais caro.

(O taxista olha para nós pelo retrovisor e sorri um pouco sem jeito)

Taxista: Não posso fazer isso, parece ser a primeira vez delas aqui.

Agente: É uma ordem, ou passarei você para a fila de espera.

Taxista: Não faça isso por favor, eu preciso trabalhar.

Agente: Então cobre como orientei.

Eu não ia cair em golpe de jeito nenhum, mesmo o motorista sendo gente boa, então aproveitei e usei meu coreano, que não era grande coisa, mas dava pro gasto.

-Com licença, mas eu não vou pagar a mais pela corrida só por ser estrangeira, se quiserem por favor, podem parar o taxi e nos viramos daqui. -Falei alto suficiente para que a outra pessoa escutasse.

-O que foi amiga? -Elisa estava sem entender nada.

-Perai amiga. -Voltei a me concentrar no motorista e no agente.

-Vocês vão cobrar a mais? -Questionei o taxista que estava bem desconfortável com a situação.

-Houve um erro de gestão, peço que continuem a viagem normalmente, não será cobrada taxa a mais. -O agente parecia um pouco nervoso.

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