Cap.12 - Parte II

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E é isso, aconteceu o que vocês já devem saber como acontece: preliminares primeiro e ação sexual depois. Não acho que seja necessário descrever essa parte, vocês podem imaginar sozinhos.

Não temos tanta intimidade assim para eu detalhar tal coisa a vocês, é um dado pessoal sensível pô... Tá, na verdade é mais por conta de uma mistura de sentimentos: estar, logo eu, meio tímido para contar algo tão vulgar e o desejo de conservar esse momento em particular só entre mim e eles dois.

Espero que respeitem essa minha decisão. E que eu não perca pontos de melhor protagonista só porque não narrei o hot. Enfim, depois de finalizarmos ficamos um tempo em silêncio só deitados descansando.

Como cuidado pós-coito, Eiji fez um cafuné em meus cabelos e arrastou Katsu para me darem ao mesmo tempo um beijo em cada bochecha. Eu estava esparramado no meio deles, com espaço já que a cama de Bakugo, para o nosso prazer, era de casal. E ronronei em satisfação por aquelas bitocas simultâneas que sempre quis receber dos meus recém namorados (soa tão bem chamá-los assim).

– Isso foi muito intenso. – Ainda extasiado, Kirishima disse a primeira coisa após o feito. – Como as pessoas podem não valorizar o poli? Tão perdendo. Tendo mais gente aumenta as variações de posições que podemos fazer. – Abafei uma risada pela quebra de minha expectativa. Esperava algo sentimental e ganhei um planejamento de próximas posições sexuais. Não que eu esteja reclamando, aceito isso também. – O sexo entre a gente nunca vai perder a graça. Não é esse um dos motivos da monogamia ser frágil e as pessoas tudo traírem?

– Nós três só transamos juntos uma vez e você já quer falar disso como se tivesse propriedade no assunto? – Kats cortou a onda do ruivo.

– Deixa eu ter o meu momento de viajar nas nuvens do orgasmo! – O outro replicou de maneira cômica.

– Mas então cê quer dizer que o de agora foi superior do que os de vocês sozinhos? – Me intrometi com a pergunta malandra.

– Com certeza. – Kiri respondeu de imediato. Logo depois olhou para Bakugo e, imaginando que minha brincadeira o deixou em uma sinuca de bico com o loiro acinzentado, tratou de tentar se explicar: – Também foi muito bom só com você, mas tipo...

– Sim, eu concordo. – Katsu pensou melhor: – Na verdade é diferente, então não sei se é justo a comparação.

Presumo que na privacidade com cada um, ambos devem ser fantásticos de formas distintas. Se destacando no que mais gostam. Não vendo a hora de também prová-los um a um a sós, indaguei: – Portanto tudo bem transarmos individualmente com cada, né?

– Claro. Se um não quiser, estiver ocupado ou não estiver presente, mas os outros dois estiverem a fim, ou tiverem algo que só eles curtam, não vejo problema deles matarem essa ânsia juntos. – Se Katsuki deu sua aprovação tá tudo certo.

– Sem falar que não é sempre que dá vontade de ménage, apesar de uma galera dizer que vicia. – Eijiro completou. – Mas assim, o que eu quis dizer antes é que entre vocês, pra mim, não existe melhor, mas os dois juntos comigo se sobressai pela lógica da soma, entende? Vocês dois são bons e bom + bom não tinha como ser outra coisa do que = a super bom. – Esclareceu, compartilhando seu ponto de vista. A mesma do Joey com o pavê inglês da Rachel. – Acredito que isso vale pra tudo em nossa relação, tanto no aspecto romântico quanto sexual e por aí vai.

– Exato! É a junção dos sinais, positivo com positivo dá positivo. – Proclamei orgulhoso por conseguir decorar aquela regra matemática.

– Ok, mas e... pra você? Foi bom? – Bakugo me perguntou hesitante. – Por conta de ser sua primeira vez e tal.

– Perdi a virgindade antes da faculdade, claro que foi bom. – Brinquei, mas rapidamente continuei visto que eles só expiraram sem muita graça com a piada. – Falando sério: pode ter sido a minha primeira, mas meus parceiros já são mestres. – Os engrandeci genuinamente e no mesmo instante Kats se tranquilizou. Ele "secretamente" adora ser elogiado. – Foi incrível! Eu que devo ter sido ruim pro Eiji já que não tenho a manha ainda.

– Eu acabei de dizer que esse foi o melhor sexo da minha vida até agora. – Kiri retrucou sem entender a dúvida do meu desempenho.

– Sim, mas você explicou que isso foi mais pelo todo. – Eu falava agora exclusivamente da minha performance.

– Exatamente. – Katsu virou novamente para mim, voltando ao seu espírito arrogante de sempre. – Você não precisou ter a manha dessa vez porque eu compensei te guiando, sacou? Tá aí outro pró do ménage.

– É, mas tipo... ele deve tá mal-acostumado com o seu pau que err, bem, ... – "Maior que o meu" eram as palavras que custei a dizer.

Por não termos frescura de trocar de roupa na frente um do outro, eu já sabia que os dos dois eram maiores do que o meu há tempos. Desde o estirão entre a gente ficou proporcional ao nosso tamanho, ou seja, eu sendo o mais baixo e menos corpudo claro que também ficaria com o menor pênis (não que ele seja pequeno, o deles que é um pouco acima da média). Mas, apesar de ter esse conhecimento, eu nunca comentei nada a respeito antes justamente por esse fato ser um fruto de inveja misturada com tentação pra mim.

– Pau grande ser bom é a maior falácia. Quer dizer, deve ter gente que gosta, mas pra mim o seu foi ótimo até por doer menos. – Me assegurou aquietando minha insegurança. Embora eu acredite que com Katsuki doa mais pelo jeito bruto e impaciente dele do que por sua espessura em si.

– Não me lembro de você reclamando do meu. – Ao me consolar, Eijiro acabou ofendendo Bakugo.

– Porque não é tamanho, é saber fazer. – Lançou o clássico.

– E ele sabe mais que eu?! – Kats continuou indignado.

– Não, por isso que com você o guiando juntou o melhor dos dois mundos. – Deu a volta por cima, com uma piscada ainda o abusado. Só Eiji mesmo para saber agradar nós dois.

– ... Tá. – Levantando seu tronco para se sentar na cama, o resmungão aceitou por fim as justificativas do ruivo. – Agora chega de moleza e papo furado, vamo tomar mais um banho.

– Espera. – Me ergui sob os cotovelos ainda me sentindo lento e preguiçoso. É verdade que transar dá sono (qualquer atividade física na real). – Sabe o que tá faltando a gente fazer? – Ao receber um "hm" dos dois, prossegui com um sorriso ladino: – Darmos um beijo triplo.

– Tipo ao mesmo tempo? – Kirishima indagou ingenuamente. – Isso existe?

– Já ouvi falar, mas funciona realmente na prática? – Katsuki questionou antes que eu pudesse brincar com a inocência de Kiri.

– Muito. – Ambos me olharam em interrogação pela minha resposta. – Já provei com duas meninas na balada.

– Óbvio que você já teve essa experiência. – O ciúme deu mais uma pontada no loiro acinzentado. – E como conseguiram essa proeza?

– Só pôr as línguas pra fora. – Eles me olharam mais uma vez em indagação. – Eram latinas. – Esclareci simplista. – Com quem acham que aprendi a beijar tão bem?

– Okay! – Eijiro se ergueu animado. – Eu confio em você, nos mostre como faz.

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