° Capítulo Dezesseis °

428 20 3
                                    

Pedro Guilherme

--- Eu vim buscar o Gael Cardoso --- Digo para uma das mulheres que estavam no lado de fora da escola.

--- Você é o Pedro né? --- Concordo --- Sol nos avisou que você viria, só um segundo --- A moça entra e logo volta com o pequeno que sorri quando me vê.

--- Eai, carinha --- Ele pula em mim e eu abraço ele, o erguendo --- Vamos? --- Pergunto e ele concorda.

Hoje Sol iria voltar a trabalhar presencialmente, então, aproveitei para ficar com Gael para ela já que hoje meu treino foi de manhã.

Fiquei feliz em ver que ela se sentia melhor em deixá-lo comigo, já que sua mãe está ficando na casa de dona Cristiane. Pelo o que Sol me disse, ela só está lá por educação dos Tolentino, pois eles também não perdoaram ela pelo o que ela fez.

Dirijo até o shopping e vou junto com Gael até a praça de alimentação.

--- Tio 'Pêdo? --- O pequeno me chama --- Você agora é meu cunhado?

--- Você sabe o que é isso? --- Pergunto rindo da sua dificuldade em pronunciar a palavra "cunhado".

--- Não, mas o tio Lucas me disse que logo você seria isso --- Ele explica e eu dou risada.

--- Talvez, quem sabe em breve, pequeno --- Ele sorri meio confuso.

{...}

--- Sabia que a minha mãe voltou, tio 'Pêdo --- Gael toca na ferida.

Estávamos em uma loja de doces. Gael deu a ideia de comprarmos algo para a Sol, segundo o mini flamenguista, ela anda tristinha e não está comendo direito.

--- É mesmo, pequeno? --- Ele concorda com a cabeça --- E, o que você 'tá achando disso?

--- Não sei. Eu não gosto muito de ficar com ela, e depois que ela apareceu, a 'táta não parece 'tá muito bem.

--- Entendi... Como sua irmã está então?

--- Ontem eu cheguei no quarto e ela 'tava chorando. Ah, também não vi ela comer ontem, muito menos trabalhar ou ficar no celular que é o que ela sempre faz.

--- Hum... --- Penso. Droga, ela não está bem e está sofrendo tudo sozinha. Tudo bem, as vezes tudo o que queremos e precisamos é ficarmos sozinhos, mas só de imaginar minha garota assim, eu sinto um aperto no peito e um nó na garganta.

Compramos alguns doces para Sol e para nós dois também. Decidimos levar um urso também e passamos na floricultura, para que eu comprasse os famosos girassóis. Não posso perder o costume!

{...}

--- Gael! --- Gargalho ao ver o pequeno cair em cima de Zico.

Já estávamos na casa de Sol, ela tinha deixado uma cópia da chave comigo para que pudéssemos vir para cá.

Daqui a pouco, Matheus vem buscar o pequeno, mas eu vou continuar aqui e fazer uma "surpresa" para Sol. Ela sabe que eu vou esperar ela aqui, ela só não sabe o que vai ter quando ela chegar.

Não demora muito para que Matheus viesse buscá-lo, então começo a arrumar tudo.

Thaysa me mandou uma receita de macarronada, então eu tentei fazer. Quando terminei, lavei toda a louça e arrumei a mesa.

Depois de deixar tudo pronto, ouço um barulho na porta e vou até lá, encontrando Sol com um semblante não muito legal.

--- Ah... Oi --- Ela sorri quando me vê.

--- Oi --- Me aproximo e faço carinho em seu rosto --- Que carinha é essa, hein?

--- Nada não, só cansaço.

Girassol - Pedro Guilherme Onde histórias criam vida. Descubra agora