BESTIAL

CAPÍTULO DOZE

***

__ SENHOR!! __ Vic acorda gemendo, quando sente o corpo dolorido.

'Nunca mais o provocaria dessa maneira'.

Ele é uma besta fera faminta. Nunca viu um homem voraz daquele jeito no sexo. Ainda sente as fisgadas no baixo ventre, como se ainda estivesse sendo arremetida pelas estocadas de Bestial.
'Afff... Aquilo foi intenso'.

__ Ahhinnnn ... __ Vic geme novamente, quando se ajeita para sentar-se na cama, depois de acordar; tenta esticar alguns ossos, na paródia de espreguiçar-se; as lembranças lhe assaltam, do sexo selvagem da última noite.

Olha para o relógio e constata que passou da hora de acordar, faz tempo. São 11:43 da manhã. Vic não lembra quando foi que acordou tão tarde. É quase hora do almoço.
Ela se levanta da cama e vai mancando para o banheiro.
'Tsk! Até o pescoço lhe dói'.
Ela passa a mão e se arrepende de o ter feito.
No espelho, uma grande marca de mordida.

__ Idiota! __ resmunga para o homem que não está presente para ouvir o insulto.

E não foi só a mordida; seus mamilos estão inchados e doloridos.
'Perfeito! Ele os chupou tanto ontem que ficaria de farol aceso, sabe-se lá por quanto tempo '.
Ela nem pôde condená-lo. O que torna situação o tanto pior. A maioria dos seus gritos foi pedir mais e mais forte.
'Tsk! No que havia se transformado?'
É oficial: Ela é uma libertina!
Quantas vezes prometeu não dormir com ele de novo? Quantas vezes disse que era a última vez?
Ontem, ela havia pedido... Não. Suplicado que lhe deixasse chupa-lo. Tornou-se primordial experimenta-lo dessa maneira.
Nunca tinha feito isso antes: pedir... suplicar para chupar alguém. Não é esse tipo de pessoa.
Não era!
Isso parece ter mudado também. Às poucas vezes que fez isso, foi com o seu primeiro namorado. E não foi algo que fizesse por escolha. Naquele tempo, tudo estava errado, desde o princípio. Após isso, nunca mais.
No entanto, ontem não se reconheceu. Queimava por dentro e por fora, a cada toque que recebia de Bestial. Não houve receio, dúvidas ou problemas. Era como se fizessem isso a vida toda...

No meio da tarde, está suspirando.
'Que idiotice! Por que eu estou suspirando?!'
O telefone toca. É uma chamada de ramal.

__ Escritório da Victória Santana, pois não? __ Vic atende.

A ala de segurança lhe comunica que a delegacia de polícia local quer falar com ela; e ela permite a transferência.
Quem fala é o policial que a informa da prisão de um homem bêbado, que não fala coisa com coisa, mas que insiste em falar com ela.
Do outro lado da linha, o policial prossegue:

__ Sra. Santana, um homem foi detido na delegacia. Ele não tem documentos e não consegue nos dizer nada que o ajude a identificá-lo. Apenas insiste em chamar a senhora.

__ Deve haver algum engano. Todos que eu conheço nessa cidade moram aqui, na ONE.

__ Não podemos, identificá-lo, nem libera-lo. Por favor, pedimos que venha para ter certeza de que não o conhece. Por que ele insiste em falar com a senhora.

Victoria bufa, tanto pela insistência do detetive, quanto pelo incômodo de se locomover para fora, por alguém tão insistente.

__ Chegarei em meia hora. __ ela confirma.

***

__ Então me diz, de onde você veio?

__ Euvnsjhgkkhvd.

__ O quê?! __ o detetive, prestes a perder a paciência, foca no bêbado que está tentando interrogar há mais de duas horas.

__ Chama a Victória. Chama a Vic. Ela trabalho nos... Uoch __ o cara soluça. __ nos Espécies.