Piquenique

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POV. JENNA ORTEGA

Levanto me sentindo totalmente quebrada, pelo menos é sábado. O castigo me deixou toda dolorida. Me desvencilhei dos braços de S/n, segui para o banheiro, retirando a roupa pelo caminho e indo direto para o chuveiro. Limpamos a igreja na terça, quinta e ontem, sempre repetindo o mesmo processo de limpeza dos dias anteriores, quando chegamos em casa ontem de noite, meu pai e a mãe de S/n estavam no sofá nos esperando, quando eles disseram que o castigo acabou, eu quase pulei de alegria, não pulei porque sentia meu corpo pesado.

E sobre a S/n, ficar mais tempo com ela, só me fez ter mais certeza de que eu estou apaixonada por ela. Eu simplesmente não consigo mais desgrudar dela, me sinto bem, feliz, mesmo cansada estar ao lado dela me faz ter vontade de sair dançando e gritando para que os 4 ventos soubessem. Eu tenho medo de machuca-la, tenho medo de que tudo isso acabe do pior jeito possível, claro que nada dura para sempre, com algumas excessões, algumas pessoas realmente conseguem o seu "final feliz", eu espero conseguir também.

Meu pai acha que estamos nos saindo muito bem como irmãs, tadinho, irmãs não transam e se declaram uma para a outra.

- Você deveria pensar menos - Dei um pequeno pulo ao ouvir a voz repentina e rouca de S/n - Deixa eu me juntar a você?

- Deixo, vêm - Abri os braços, ela se aproximou de imediato, me abraçando e deixando a cabeça debaixo da água - Meu corpo está moído...

- O meu também... Deveríamos fazer eles nos pagar uma massagem - Me apertou mais, senti minhas costas dar um pequeno estralo, o que me fez suspirar.

- Isso foi maravilhoso - Ela me soltou para pegar o sabonete dela - Me faça uma massagem, te pagarei com um beijo.

- Na boca de baixo? Na boca eu acho muito pouco - Brincou enquanto se ensaboava.

- Podemos negociar... - Mexo as sobrancelhas - O que acha de fazermos o piquenique hoje? O tempo está maravilhoso.

- Pode ser, desde que não tenhamos que carregar nada pesado.

- Vamos de carro, pode deixar.

Depois de nos arrumarmos e arrumarmos as coisas para o piquenique, fomos até o carro deixar tudo, pra depois entrarmos em casa novamente, pra tomar remédio pra dor muscular, já que a dona bonita a cada passo que dá, é um gemido de dor.

- Que drama... - Murmuro depois de tomar o remédio, ela me mostrou o dedo do meio, rindo em seguida.

- Drama nada, meu corpo mal responde aos meus comandos, meus músculos estão pedindo por uma massagem de 2 horas - Tomou o remédio. Ouvi passos atrás de mim, nem me virei pra olhar, não queria olhar na cara de nenhum dos dois por um bom tempo.

- Onde vão? Achei que estivessem com dor - Meu pai perguntou.

- Vamos fazer um piquenique, respirar um pouco, descansar os músculos, merecemos né - Respondo sem olha-lo.

- Vai com meu carro? - Assinto ainda sem olhar para eles - Cuidado.

- Pode deixar, papai, eu ando conforme a lei - Começo a andar pra saída da cozinha - Voltaremos antes do anoitecer.

- Antes das 18:00 horas por favor, a não ser que queiram outro castigo, eu imagino que não...  Tenham juízo! - A mãe de S/n disse, apenas assenti enquanto ia até a porta.

[...]

Já no parque que escolhemos vir, arrumamos o lençol no chão, colocamos a cesta e mais algumas coisinhas em cima.

- Você acha que eles estão desconfiando de nós? - S/n perguntou sentando ao meu lado no pano com a estampa quadriculada.

- Como assim? - Abro a cesta começando a tirar as coisas de lá.

A Baterista  (Imagine Jenna Ortega)Onde histórias criam vida. Descubra agora