Como consegue?

738 107 29
                                    

POV. JENNA ORTEGA

Deixei S/n no carro e fui pra dentro do estabelecimento, tive que esperar 2 pessoas ir na minha frente. Assim que entrei, tive que fazer malabarismo pra conseguir usar o vaso, mas deu certo, pelo menos tem papel, lavei as mãos e joguei água no rosto.

Saí do banheiro secando as mãos na camisa mesmo, poxa, lugar no meio do nada sempre é podre assim.

- Ei, tira o carro! - Ouvi um cara gritar do lado de fora - TIRA O CARRO! - Franzi o cenho, saí do lugar, vendo o homem gesticulando na direção da S/n. Olhei para o carro, ela está estacionada no lugar certo, não entendi o porquê da gritaria.

- Mas o que... - E então o caminhão entrou em minha visão, estava indo direto no carro em alta velocidade.

- SAÍ DAÍ! - O caminhão bateu no carro, no lado do motorista. Tudo ficou em câmera lenta pra mim daí em diante, o carro capotou, uma, duas, três vezes,  ele foi arrastando o teto no chão pela rua. Tentei correr, mas me seguraram.

- Me solta! - Tentei me soltar, mas sem sucesso, meu rosto já está banhado em lágrimas - S/N! - gritei sentindo minha garganta arder - ME SOLTA! - Me soltei e sai correndo na direção do carro - Vida? Vida, fica comigo - Tateei meus bolsos em busca do celular - Merda, cadê meu celular!

- Moça, eu chamei a ambulância, eles chegam em breve... - Olhei para o lado, era o cara que estava tentando chamar ela - Eu espero que ela fique bem, eu vi o caminhão, mas fiquei com medo de me aproximar e não dar tempo de sair de perto...

- Estragou meu caminhão! - O motorista desceu do caminhão - Inferno!

- Caminhão? Você está preocupado com a merda do caminhão?! - O cara se virou para o motorista, o empurrando pra trás - Têm uma pessoa dentro daquele carro! Você pode ter matado uma pessoa e está preocupado com o caminhão?

- Foda-se a pessoa, não deixasse o carro onde gosto de deixar o caminhão - no segundo seguinte, o homem empurrou o motorista, indo pra cima dele. Outras pessoas se aproximaram para apartar a briga, por mim, que eles se matassem ali.

Olhei novamente para S/n, a respiração estava fraca, o rosto machucado, tinha alguns cacos de vidro no rosto da garota.

- Meu amor... - segurei a mão da garota, eu já nem me importava com as lágrimas - Seja forte, por favor...

- Ei, a ambulância chegou - me afastei a contra gosto, não fiquei muito longe, fiquei sentada no chão, ainda sem conseguir parar de chorar - Toma água, se acalma um pouco.

- Obrigada - Abri a garrafa, bebi aos poucos a água, tentando controlar as lágrimas.

- Meu nome é Victor - Se sentou ao meu lado.

- Jenna...

- É sua irmã? - nego com a cabeça, sentindo novamente a vontade de chorar.

- Ela é minha namorada - mordi o lábio inferior, abraçando minhas próprias pernas - Começamos a namorar antes de ontem...

- Ela vai ficar bem, acredite, apesar de ter sido um acidente feio, vamos ter esperança de que ela só está desacordada.

- Tem muito sangue aqui - Ouvi um dos paramédicos dizer. Esse foi o momento em que eu entrei em choque, eu me senti perdida, minha respiração falhou, não conseguia respirar.

- Ei, você está bem? - Victor perguntou, neguei com a cabeça, sentindo meu corpo ficar pesado.

[...]

Abri lentamente os olhos, sentindo minha cabeça doer, olhei em volta. Estou em um quarto branco, provavelmente em um hospital.

- Finalmente! - Dinah entrou no quarto.

A Baterista  (Imagine Jenna Ortega)Onde histórias criam vida. Descubra agora