Escolhi a dedo

431 62 24
                                    


~~~~~~~~~~~~

POV. JENNA ORTEGA

Acordei com uma dor de cabeça horrível, meu corpo pedindo um lugar confortável para deitar e até uma massagem!

Abri lentamente os olhos, finalmente me dando conta de que estou em um quarto totalmente luxuoso, deitada no chão! Estranhei de primeira, onde diabos eu estou?

Me sentei sentindo minhas costas pedirem arrego, minha cabeça está doendo tanto! Levantei devagar e andei até a grande cama, cada parte de mim dói de um jeitinho diferente. Não avitei a careta quando minha cabeça latejou novamente, se tem uma cama aqui, por que me jogaram no chão?

A porta foi aberta de repente, me assustando, um homem muito bem vestido e engomadinho entrou no quarto.

- Senhorita Ortega, você está sendo chamada para almoçar, por favor, se ajeite e desça para comer - e então saiu. Senhorita Ortega? Sequestradores são assim agora?

Me espreguicei, me arrependendo amargamente em seguida, minhas costas senhor, minhas costas.

[...]

Depois de me ajeitar o máximo que conseguia, tomei coragem para descer as escadas.

A casa é magnífica e enorme demais, puta merda! Desci lentamente os degraus, com medo de uma bala vir parar na minha cabeça ou qualquer coisa do tipo.

Vi um lugar mais iluminado no cômodo da frente, deve ser ali a cozinha. Passei pela sala com cautela, senhor me proteja. Quando cheguei na cozinha, senti minha garganta secar, arregalei os olhos e paralisei no lugar que estava.

- Sua comida é muito boa, Juju, eu senti tanta saudade disso! - S/n está aqui, na minha frente, comendo e rindo. Senti meu coração acelerar mais e então meus olhos se encheram de lágrimas.

Ela não havia notado minha presença, mas a tal Juju notou, apontou pra mim e então ela se virou na cadeira.

- S-S/n...? - Eu senti meu corpo completamente mole.

- Oi meu amor, vêm tomar café da manhã! - Sorriu em minha direção e esticou a mão em minha direção.

Ela está aqui na minha frente, com alguns machucados no rosto, um braço e uma perna quebrada e toda sorridente.

- Vêm logo! - Me tirou de meu pequeno surto interno. Comecei a andar em sua direção, puxei uma cadeira e me sentei ao seu lado.

- Bom, aqui está o café da manhã - Juju deixou em minha frente - agora se me derem licença, preciso ajeitar umas roupas no andar de cima - a mulher tirou o avental.

- Pode ir, Juju! - S/n disse e a mulher se retirou da cozinha.

- Isso é mesmo real? - Perguntei me virando para olha-la. Ela sorriu e segurou em minha mão trêmula.

- Eu estou aqui, meu amor, é totalmente real - Toquei sua bochecha, acariciando com carinho, como se ela fosse um pedaço de porcelana e que quebraria a qualquer momento.

- Eu esperei tanto por isso, porra, eu sonhei com isso várias vezes, eu perdi a conta de quantas vezes eu chorei de saudade de sentir você - A essa altura, eu já chorava, sentindo uma alegria imensa dentro de mim.

- Não chora, meu amor - Soltou minha mão para levar a sua até meu rosto, secando minhas lágrimas. Aproximei meu rosto do seu, com medo que ela me rejeitasse.

Eu já sentia seu hálito batendo contra meu rosto, ela fez o favor de quebrar a distância, selando nossos lábios, parecia que estava estourando fogos de artifício dentro de mim.

Foi um beijo cheio de saudade, carinho e paixão. Parece que faz séculos que eu não a beijo.

- Eu fiquei com medo de nunca mais ver você... - Sussurrei contra seus lábios assim que o beijo foi encerrado.

- Não pense mais nisso, hum? Já acabou, estamos juntas novamente e ninguém vai nos separar - deixou um selinho em meus lábios e então voltou a comer - Agora coma, você precisa me atualizar das coisas.

Comemos sem pressa, tanto ela quanto eu, não tirávamos o sorriso do rosto.

[...]

Ajudei S/n a chegar no quarto dela, tem tantas coisas e chega a ser maior do que aquele que eu estava antes. A coloquei na cama e ajeitei os travesseiros para que ela encostasse.

Me sentei ao seu lado.

- E então, o que rolou nesse tempo em que eu dormia? - me olhou.

- Quer que seja resumidamente ou fato por fato detalhado?

- Resumidamente - assenti lentamente.

- Bom... Eu surtei, assumi a gente, surtei na escola, em casa e na igreja, fiquei trancada no quarto por dias e quando sai, descobri que a Mya pagou o caminhoneiro para matar a gente, meu primo está tramando contra ela e me sequestraram. - Falei vendo a reação final da garota: Os olhos arreganhados e a boca escancarada.

- Como assim a Mya fez isso? - Dei de ombros.

- Quando fui ouvir mais, me sequestraram e eu acordei no chão do outro quarto, a propósito, poderiam ter me colocado na cama né? - riu negando com a cabeça.

- Isso foi minimamente combinado... - cessou a risada e então ficou totalmente pensativa -  A Mya tentou matar a gente... O que vamos fazer para nos vingar?

- Eu não sei, preciso contar para as meninas na verdade, todas devem estar viradas na cama agora - suspiro - Vamos precisar da ideia delas pra isso dar certo.

- Sim, são mais loucas do que a gente.

- Isso é um fato! - S/n riu - E você, como está?

- Tirando as partes quebradas e doloridas, estou bem, vou ficar com isso só por um ou dois meses, passa rápido - Escorregou mais nos travesseiros - Agora, que tal você ficar coladinha comigo e a gente dormir mais um pouquinho? Eu estou exausta.

- Eu super topo, sua cama é confortável - Me deitei ao lado de minha namorada, a abraçando pela cintura.

- Escolhi a dedo, tudo que eu escolho a dedo é bom - Sorriu fraco me olhando, viada convencida. Ela deixou um singelo beijo em minha testa e então fechou os olhos.

Fui no mesmo embalo da garota, me rendendo ao sono.

___________

Desculpe-me se houver algum erro!

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 30 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Baterista  (Imagine Jenna Ortega)Onde histórias criam vida. Descubra agora