A Baterista (Imagine Jenna Ortega)

Miami?

POV. JENNA ORTEGA

Estar entre os dois não era o que eu havia planejado, o clima pesou, pude ver Cassie perder totalmente a cor, os olhos da mulher se arregalaram, enquanto o Ruíz continuava com a mesma expressão serena, com uma sacola em cada mão.

- E-ela é minha filha - Cassie disse, um pouco incerta em sua fala.

- Sua filha? Não foi o que você disse quando nos encontramos aquele dia - Ruíz se virou pra mim - Você é filha daquele pastor, não é? - Assenti lentamente.

- Vai implicar com ela também? Você deveria é dar um jeito na S/n...

- Tire o nome da minha filha dessa sua boca imunda, você só fez mal a minha garota -Cassie bufou após sua fala.

- Vamos Jenna, não vai ser bom pra você continuar perto dele - Tentou pegar em minha mão.

- Eu quero ficar aqui, pode ir, daqui a pouco eu vou.

- Jenna, vamos agora! - Agarrou meu pulso, tentando me puxar pra fora do quarto de minha namorada.

- Me solta! Você não é minha mãe e não manda em mim! - Puxei meu braço de volta, a mulher saiu pisando fundo e batendo a porta.

- Eu demorei tanto pra voltar... olha o estado da minha filha... - Pude ouvir os pequenos soluços entre o choro do homem, ele segurou na mão de S/n, não se importando com a minha presença - Sabe... quando ela era menor, eu fiz tudo que podia para vê-la bem, eu não deixei faltar nada, não deixei faltar amor, nem comida no prato, nem um teto, era tudo do bom e do melhor... e então, eu pensei que ela precisava de outra presença feminina em casa..

- Você... começou a namorar a Cassie? - Assentiu soltando um pequeno sorriso.

- S/n se animou com isso, mas durou tão pouco... - Alisou o rosto de S/n - Se eu soubesse os problemas que essa mulher me causaria, eu teria continuado a cuidar dela sozinho.

- Ela sempre achou que o senhor estava morto... - Ele me olhou - Foi o que Cassie colocou na cabeça dela, quando descobrimos que você estava por aqui, foi um choque pra ela.

- Eu imagino... eu deveria ter aparecido antes, deveria ter feito algo para recuperar minha filha.

- Nunca é tarde pra tentar recomeçar... - Tentei conforta-lo, ele abriu um sorriso me olhando.

- Vou levá-la para outro lugar, para um hospital melhor, esse aqui é uma decadência - Meu coração se apertou com a possibilidade de tê-la longe de mim.

- E... e pra onde pretende levar ela? - Sentia minhas mãos suando, não quero perde-la, não quero que ela vá.

- Miami - Respondeu sem muita delonga - Lá tem um hospital melhor, de confiança.

- Longe... - Ele assentiu, baixei a cabeça, tentando controlar as lágrimas, um nó se formou em minha garganta.

- Quando ela acordar, ela decide se pretende ficar lá, ou voltar, só quero levá-la para que ela tenha um tratamento melhor.

- Opa, não queria atrapalhar - O médico entrou na sala - Senhor Ruíz, podemos conversar?

- Claro! - Se afastou de S/n e saiu do quarto, encostando a porta.

Deixei que as lágrimas caíssem, me aproximei de minha namorada, segurando a mão dela entre as minhas, fiz questão de deixar um beijo ali. Vê-la deitada sem previsão de quando ela vai acordar me machuca, a idéia de tê-la longe está me torturando por dentro.

- Ei doidinha... Vê se acorda logo, hum? - tirei alguns fios de cabelo do rosto da garota - Dói ver você aí e não poder fazer nada... Infelizmente você vai pra longe de mim, eu não queria isso, mas seu pai decidiu então só me resta aceitar e esperar pela sua melhora... Até logo, pequena - Me aproximei do rosto da garota, deixando um logo beijo na bochecha da mesma.