A Verdade

457 52 26
                                    

POV. S.N MILLER

Me espreguicei sentindo uma pequena ardência em meus braços, ficar nessa cama não é legal, não consigo fazer nada a não ser encarar as paredes brancas, claro que por opção, já que até agora não contei a ninguém que acordei somente meu pai sabe e eu pedi a ele que não contasse também.

No fundo, tem uma voz gritando para que eu fale logo, uma voz gritando por ela.

- Eu deveria? - Perguntei em um sussurro a mim mesma. Relutante, eu peguei o celular, mordi o lábio nervosa, senti até um pequeno gosto de sangue. - Vamos lá, você consegue. - Liguei para Dinah, sentindo minhas mãos suando.

- Alô?

- O-Oi DJ... - Falo praticamente em um sussurro.

- S/n? Filha da puta, não brinca comigo assim, se eu descobrir que é trote, eu vou atrás de você e...

- Sou eu mesmo, idiota - reviro os olhos, já me arrependi - parece que não reconhece minha voz.

- Mentira que é você mesmo, como você está? Quando você vai voltar para a gente? Puta merda, eu não sabia que precisava tanto ouvir sua voz até ouvir ela.

- Talvez em uma ou duas semanas eu volte para Califórnia, por enquanto ficarei aqui em Miami... Como está a Jenna? - Perguntei com certo receio.

- Ahn... Bom, ela está melhor do que estava esses dias atrás - fiz um pequeno som com a garganta, em um pedido mudo para que ela continuasse - Ela meio que surtou com todo mundo e está trancada no seu quarto a alguns dias, só saí para comer ou beber água, isso quando da vontade nela.

- Você pode levar o celular pra ela? - Por que eu estou sentindo minhas mãos suando? Meu coração acelerando mais? Calma S/n.

- Vou tentar... - pude ouvir ela subir as escadas e algumas batidas na porta.

- Eu não quero falar com ninguém, me deixa em paz por favor... - a voz saiu abafada.

- Tem uma pessoa muito importante que deseja falar contigo...

- Diga para vir outro dia!

- É alguém que nós gostamos muito - alguns segundos de silêncio e então, pude ouvir a porta se abrir. - Toma aqui o celular.

- Espero que seja algo realmente importante - a voz dela ficou mais próxima, eu esqueci como se respira - Olá?

- M-meu amor? - mais silêncio, uma pequena respiração se fez presente perto do microfone do celular.

- S/n... Isso não é um sonho, é? Isso é real? É você, amor? - Falou num folego só. O tamanho do sorriso que eu dei não pode ser descrito.

- Sou eu! É real, meu amor - senti meus olhos marejar - Como você está? Está se cuidando?

- Puta merda... Calma, deixa meu coração se acalmar um pouquinho - Soltou uma pequena risada no final da frase.

POV. JENNA ORTEGA

Sabe aquele sentimento de euforia ao ouvir a voz de quem você gosta e é apaixonada? Eu estou sentindo ele agora, depois de quase um mês, eu finalmente voltei a senti-lo. Quando a ligação se encerrou, eu corri para tomar banho, me sentia mais animada.

Depois de terminar o banho, me vesti e desci as escadas correndo vendo todas as meninas na sala conversando sobre algo aleatório. Assim que me viram, todas sorriram em minha direção. Camila estava sentada no colo de Lauren, Dinah ao lado e Normani sentada no chão, Ally estava no sofá distraída com o celular.

A Baterista  (Imagine Jenna Ortega)Onde histórias criam vida. Descubra agora