Tudo aquilo era informação demais para mim em tão pouco tempo, como seria possível? Só pode ser brincadeira!
— A senhorita está errada! Acredite em mim. Bill me via apenas como uma cunhadinha. - Falei, sinalizando aspas com os dedos. — Que além do mais, é temporária e igual as outras.
— Tudo bem se você acha isso. - Concordou ela movimentando os ombros. — Eu não acho, mas não vou dar minha opinião sobre seus namoradinhos, descubra por si própria.
— Chata! Vou subir. Nem tente querer me acordar antes das 10:00, ouviu? E trate de dormir até a hora do almoço também. Pedimos um lanche mais tarde.
— Nossa, hein. Boa madrugada pra você também - Respondeu Ana movimentando circularmente sua xícara.
Subi para o quarto desamparada, meus sentimentos se misturavam cada vez mais a cada passo que eu dava.
Me deitei na cama e segurei ao máximo para não pensar muito, afinal era só uma situação hipotética que mamãe havia criado, nem deveria haver motivo para se exaltar, aliás, não acho que seria algo provável em nenhum planeta, ou era o que só eu pensava. Mesmo assim, fiquei eufórica, que incrível! Mais uma razão para ficar ansiosa quando fosse pensar.
Fiquei rolando de um lado para o outro até pegar no sono, minha cabeça martelava o tempo todo.
13:20
Minha porta batia consecutivamente. Provavelmente não era nada além de Ana querendo me acordar, se dependesse de mim, ficaria deitada sem mover um único fio de cabelo durante a semana inteira, meu descanso deveria durar pelo menos isso.
— Só mais alguns minutos - Murmurei. —Daqui meia hora me chame de novo!
Ana abriu a porta após algumas demoradas batidas, claramente só o barulho não iria me tirar dali nunca.
— Nada disso, mocinha! Levante-se imediatamente - Disse ela retirando todos os cobertores que ficavam em cima de mim. — Já são 13:23, trate de acordar e ir tomar um banho!
— Está bem, está bem. Pare de gritar! - Reclamei. — Vou descer logo.
— Acho bom senhorita, vou pedir um macarrão até você encontrar sua localização no mundo real. Direto ao banheiro!
Nem tentei questioná-la, estava "cedo" demais para isso, então apenas segui suas ordens. Me levantei da cama fazendo com que meus pés entrassem em contato direto com o chão. O frio estava totalmente cruel! Mesmo com meus pés cobertos por uma macia e grossa meia, a sensação térmica era inevitável de qualquer forma. Detesto esse clima!
Desci até o banheiro e no caminho encontrei mamãe totalmente envolvida em um cobertor na sala, a mesma tomava um chá que parecia estar delicioso e quentinho.
— Que inveja - Murmurei. — Só queria me encontrar na mesma situação que ela.
— Eu ouvi, senhorita. Tome seu banho e depois poderá ficar quentinha igual a mim! - Berrou ela.
Virei as costas sem comentar uma única palavra e fui fazer o que já deveria ter feito. Tirei meu pijama e entrei debaixo da água quentinha que escorria violentamente pelo chuveiro.
— Maravilha - Suspirei. — Talvez um banho não fosse tão ruim assim, que gostoso!
Passei aproximadamente vinte minutos só me esquentando enquanto raciocinava as coisas desde a hora em que acordei.
Todo meu encanto foi quebrado quando mamãe bateu na porta... de novo.— Vai morar no chuveiro, Giovana? Anda logo. A comida já chegou!
— Poderia ter mais paciência, senhorita? Estou quase pronta aqui. - Berrei
— Seu telefone está tocando! Vá atender seu namoradinho!
— Mãe! - Gritei em tom de reclamação.
Quando ouvi aquilo saí do banho o mais rápido possível, apesar de minha reação para Ana ser outra. Será que eram os gêmeos? Ou Beatriz? Caramba! Nem lembrava mais disso, por onde a Bia anda? Será que deveria contar tudo pra ela?. Enfim, não demoraria muito para saber.
Abri o box e me enrolei apressadamente em uma toalha, em seguida saí correndo desesperadamente pela porta na tentativa de chegar antes que o celular encerrasse o pedido daquela chamada de voz.
— Está com tanto frio assim? - Ouvi minha mãe gritando da sala
— Se você soubesse que frio estou sentindo talvez poderia ter atendido o celular para mim, senhorita - Reclamei enquanto pulava os degraus da escada.
Quando cheguei em frente a porta, abri ela com toda a força que eu tinha, o movimento quase tirou meu braço do lugar.
Fui diretamente até a cama para atender, com sorte, nos últimos momentos consegui efetuar a chamada.— Alô? Quem fala? - Perguntei. Minha esperança estava totalmente voltada para algum dos irmãos kaulitz.
— Eai, gatinha. Tudo bem?
Meu coração perdeu totalmente o eixo ao ouvir a voz rouca de Tom pela chamada.
— Oi Tommyzinho, estou ótima, e você? - Tentei ser o mais breve possível. Tom não deveria ouvir minha voz trêmula e ofegante, eu deveria agir com a maior naturalidade possível.
— Hm? Tem certeza?
— Uhum. - Afirmei
— Tô me sentindo exausto! Parece que cinco bois pisaram em mim, e também tô com saudade, viu?
— Eu imagino - Suspirei. — Espero que você descanse pelo menos o necessário, me ouviu? Também estou com muita saudade sua e dos meninos.
— Ei! Eu não sou mais importante? - Reclamou ele, exalando sarcasmo
— Claro que sim! Idiota. Sinto muito mais saudade sua, bobão.
— Eu sei gatinha, admita que sou irresistível
— Com certeza, senhor engraçadinho. - Retruquei.
— Bobona - Disse ele soltando uma leve risada. — Preciso ir pro café, mais tarde te envio um e-mail, tudo bem?
— Vai lá, cabeçudinho. Se cuida!
Encerrei a chamada com um sorriso de fora a fora no rosto, a voz de Kaulitz era o suficiente para melhorar um dia inteiro, por mais ruim que ele esteja.
★
Eai pessoal, vou tentar ser mais ativa de novo, desculpem caso encontrem algum erro porque esse capítulo foi digitalizado no celular.
Até o próximo!
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you're officially coming with me.
RomanceGiovana levava uma genérica adolescência sem emoção ou festas, até sua amiga convidá-la para um show da banda que ela gostava. As coisas aconteceram rápido demais e tiveram consequências um tanto quanto graves e decisivas que tiverem o poder de alte...