Dear Diary of Tom.
Dois anos, dois anos de algo que imaginei nunca acontecer na minha vida tão depressa, dois anos de aflição e culpa por ter "estragado tudo", dois anos de saudade e uma enorme vontade de querer fazer dar certo mais uma vez. Sinceramente, foram longos dias e noites que pareciam não acabar nunca.
Passei longas e demoradas madrugadas em claro alisando as cordas da guitarra na tentativa de conseguir criar algo novo, batidas para novas músicas e novas letras, nada parecia ficar bom. A única coisa que me permitia pensar era sobre pequenos momentos incapazes de voltar, tudo por minha culpa.
Sinto saudades da voz de Gio, saudade de suas mensagens de preocupação e de seu jeito ingênuo e ao mesmo tempo incrível de ver as coisas. Me pergunto se a mesma ainda pensa em mim, se faz atividades e passeios pensando em como seria fazer comigo. Tenho saudades de olhar naqueles olhos azuis que me levavam até o fundo do oceano e me puxavam de volta para a superfície em questãode segundos. Talvez tudo aquilo poderia realmente ter dado certo, talvez o tempo resolvesse, talvez se eu não fosse tão babaca e não saísse pegando qualquer garota bonita que esbarro pelos cantos.
Aquele pouco tempo com Giovana me fez sentir algo único que eu nunca havia sentido antes, me fez ter a sensação de ter encontrado verdadeiramente alguém. Eu sentia o futuro em minhas mãos. Sentia a chance de poder evoluir como pessoa, de ter um caráter decente em relação aos outros, e talvez de ter até mesmo uma família daqui alguns anos, quem sabe? Tudo parecia arruinado, por minha culpa. Por ter gritado no telefone, por ter falado o que não devia, por não ter pensado antes de agir ou antes de jogar qualquer palavra pra fora sem nexo algum.
Penso se Gio mudou depois de tudo. Se cortou o cabelo ou deixou ele crescer, se foi aprovada na faculdade que tanto queria, se aprendeu técnicas novas para suas artes, será que ainda escreve ou toca seus instrumentos? De qualquer forma, eu adoraria vê-la realizando qualquer delicado movimento, não importa em qual atividade seja.
Sobre mim? Nada novo. Superficialmente, continuo na guitarra e também no mesmo estilo visual, porém, meu rosto deixou visivelmente de ser fino e delicado. Querendo ou não, entendia que tudo aquilo era normal. Eu ainda mudaria muito com o tempo.
Sobre minha rotina? Bastante cansativa, nada havia mudado e ela continuava a mesma.
Realizei vários shows com a banda, conheci pessoas novas, escrevi algumas letras fracassadas, fiquei com algumas garotas e frequentei festas que particularmente não conseguiram preencher nada do vazio que eu sentia sem ter Gio por perto. Tudo havia virado um ciclo que parecia não ter fim.Mas por outro lado, inclusive incrível ... Realizei centenas de conquistas, pessoais e até mesmo junto aos meninos, ganhamos vários troféus e premiações musicais pelo mundo todo, sinceramente eu devo muito a eles por serem meu combustível e até mesmo por não terem desistido de mim com essa situação toda. Bill por exemplo, continua o mesmo, ainda me enche de lições de moral e puxões de orelha, mas o agradeço por isso tudo, talvez a sua expectativa sobre ter um irmão consciente ainda não estivesse acabado.
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you're officially coming with me.
RomantikGiovana levava uma genérica adolescência sem emoção ou festas, até sua amiga convidá-la para um show da banda que ela gostava. As coisas aconteceram rápido demais e tiveram consequências um tanto quanto graves e decisivas que tiverem o poder de alte...