capítulo 82

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Pov.Cateline

Acordei, estava em uma caverna, olhei apavorada procurando meu filho e ele estava comigo, me sentei com dificuldade e as lágrimas invadiram meu rosto ao lembrar da Ana, escutei uma espécie de rugido alto olhei para trás e tinha dois monstros horrendos me olhando, soltei um grito apavorada e tentei correr com meu filho nos braços, ele segurou meu cabelo me puxando.

—Qual você quer ? A garota ou a criança? —Falou olhando para o outro

—A criança —Falou vindo até mim

—Não, por favor não toquem no meu filho —Falei chorando segurando forte ele em meus braços

Ele arrancou o ryel de mim com brutalidade, eu   chorava gritava pelo meu filho, senti o outro ogro rasgar minhas vestes.

—Ele e muito pequena, vou fazer um estrago —Falou me olhando

—Por favor nao machuquem meu bebê, por favor eu imploro —Falei chorando

—Essa criança deve ser muito suculento, está fresquinho —Falou erguendo meu filho pela perna

—NAAAAAAO —Gritei quando ele soltou meu filho acima da sua boca

Vi um vulto preto passar muito rápido, o mesmo passou perto de mim e  o braço do ogro que estava me segurando caiu ainda me segurando, tirei aquela enorme mão de volta do meu corpo me afastando para trás

—Francamente, vocês precisam comer mais vegetais em creio que não seja uma experiência muito agradável para o beber ser mastigado vivo —Falou

Segui de onde estava vindo a voz e tinha um homem alto de cabelos brancos, olhos totalmente pretos com pequenas veias pretas em volta dos olhos, grandes asas pretas assim como suas garras, olhei para os seus braços e ele tava com meu filho, eu só conseguia chorar de alívio.

Um dos ogros correu em sua direção, uma aura preta como se fosse uma fumaça apareceu em volta do homem, ele apenas olhou para o ogro e ele explodiu pintando uma grande área de vermelho com seu sangue, incluse eu.

—Ogros imundos acham mesmo que poderia ao menos me tocar ? —Falou com um sorriso horripilante no rosto

Ele olhou para o outro ogro que estava fugindo, vi sua mão se erguer e o ogro soltou um berro de dor olhei para o ogro que estava com as duas pernas decepadas.

—Acho que oque vou fazer agora não e algo muito legal para você ver —Falou olhando para o meu filho que estava em seu colo

Ele me olhou e veio até mim.

—Segura aí teu filho —Falou me entregando com cuidado o meu pequenino

Eu abracei forte o meu ryel enquanto ele me olhava inocentemente sem ao menos saber tudo que acabou de acontecer, olhei para o homem e suas asas sumiram ele foi andando calmamente assobiando enquanto se aproximava do ogro.

—Nos não sabíamos que eles estavam com você, nós nunca mexeriamos com você bruxo —Falou apavorado

—Eu sei que não —Falou

—Mas não suporto estupradores —Falou

Ele pisou em suas partes fazendo o monstro urrar de dor enquanto o sangue jorrava da suas partes baixas, aquela aura em volta do homem só crescia, ele erguei o ogro no ar sem ao menos encostar nele, e veio caminhando calmamente até perto de mim onde estava sua espada, ele pegou a mesma e passou os dedos na lâmina suja de sangue, ele voltou a caminhar calmamente até o ogro que estava sendo sufocado no ar, quando ele estava próximo deu um pulo e suas grandes asas apareceram novamente ele pousou calmamente e eu só vi o ogro caindo no chão partido ao meio.

Eu estava simplesmente em choque não sabia oque falar ou fazer, ele se virou e estava com um sorriso de canto a canto.

—Droga preciso de um banho —Falou

Seu olhar veio até mim e a aura pesada que estava sobre ele foi sumindo aos poucos, ryel bocejou e fechou os olhinhos.

—Obrigada —Falei grata

—Se eu fosse você ia pra casa —Falou limpando sua espada

—Casa...—Falei em um sussurro

Você tem que ficar longe dos quatros... Hiato e o pior de todos eles...

As palavras da Ana ecoavam na minha cabeça, minha visão ficou turva pelas lágrimas e abaixei a cabeça, era como se meu mundo tivesse desabado.

—Nao me diga que não tem uma casa, marido família sei lá —Falou

Eu balancei a cabeça negando.

—Sei nem porque tô surpreso também não tenho casa —Falou guardando sua espada

Me levantei com cuidado segurando meu bebê que dormia tranquilamente, meu corpo todo estava doendo, minhas vestes rasgadas e estava banhada de sangue.

Pra onde eu irei...

Olhei em volta e só tinha árvores e mais árvores, senti as lágrimas rolarem de vez e um soluço escapou pelos meus lábios, olhei para o homem que estava de pé me olhando sem nenhuma expressão

Eu não vou conseguir... O Rômulo vai nos achar...

Por favor, cuide do meu filhinho, eu não consigo protegê-lo, eu sou fraca demais —Falei estendendo os braços entregando ele

Meu coração estava doendo muito e não conseguia conter as lágrimas, os soluços escapavam dos meus lábios ele me olhou e se virou de costas saindo, cai no chão de joelhos chorando abraçando meu filho.

—Vamos pra casa senhorita —Falou uma voz conhecida

Levantei meu olhar e pra minha infelicidade era um dos seguranças da casa do Hiato.

Isso não tá acontecendo...

Eu não vou —Falei com a voz embargada

Ele olhou para o outro ao seu lado e ele me segurou me fazendo levantar, o outro pegou o Ryel de mim.

—Não não, me devolvam meu filho por favor  —Falei chorando

Eles saíram me arrastando pelo braço enquanto eu chorava apavorada só de pensar que voltaria para as mãos do Rômulo e que tudo que a Ana fez pra me ajudar está sendo em vão, senti uma mão quente segurar meu braço me puxando para o mesmo.

—Solta ela —Falou o homen de antes

O vampiro olhou pra ele e deu uma risada anasalada.

—Cuida da sua vida bruxo —Falou apertando meu braço com mais força me puxando

—Ta bom então —Falou

E aquela aura pesada voltou a se fazer presente, ele estava com um sorriso sombrio nos lábios.






O Bruxo E A HumanaOnde histórias criam vida. Descubra agora