JOGO PERDIDO || Podemos permitir que as coisas ruins que aconteceram conosco definam quem somos. Ou podemos apenas definir quem somos.
Athena Black costumava pensar que possuía a vida mais perfeita de todas. Tinha pais maravilhosos, amigos que eram...
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NOTA DA AUTORA: Oii oficialmente falta 15 capítulos para acabar Lost Game, então sim entramos na reta final e conta pra vocês só tem problema vindo por aí em mas eu tenho certeza que vão gostar. Não se esqueçam de votar no capítulo e comentar muito. Beijos, aproveitam.
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Você já entrou em uma situação que já sabia exatamente o que ia acontecer ou pelo menos suspeitava? Mas você entra assim mesmo. Então quando seus temores vem à tona...você se tortura, porque já estava ciente de tudo. Mas isso é quem você é, e não dá pra fugir, então se punir é a única coisa que parece estar no seu alcance no momento. Athena correu, ela fez aquilo que todos disseram para fazer, ela correu e não olhou para trás. Ela usou a chave de Portal, e então começou a cair e a cair até sentir o chão frio contra seu corpo. Mas estava cansada demais para olhar ao redor, então sua mente cedeu a um sono tranquilo. Pelo menos por hora.
(...)
Athena acreditava que as pessoas iriam lhe dizer quem ela era a sua vida inteira. Então ela precisava revidar dizendo — Não, essa sou eu. — Se ela queria que as pessoas a enxergassem de modo diferente, ela devia fazer com que elas enxergassem. Ela queria mudar as coisas? Ela teria que sair por aí e mudá-las ela mesma. Porque não existia fadas madrinhas naquele mundo, então a única que poderia realmente fazer alguma coisa era ela. Mas fica difícil acreditar que poderia fazer algo quando a única faísca de esperança estava preste a ser tomada.
Seus olhos pesados ainda pelo cansaço se abriram devagar, aos poucos a dor de cabeça estava tomando lugar junto da visão, seu olhar com calma pareceu vagar cada pedacinho daquele local. Notou que ainda estava com as roupas do casamento, meio sujas pela lama e também pelo gramado molhado daquela noite. As grandes chuvas sempre vinham em outono, naquela mesma época.
O gosto metálico nos lábios foi a segunda coisa em que ela notou depois do vestido sujo e a grande dor de cabeça, parecia que tinha tomado uma pancada. Aquelas pancadas no meio da cabeça que na maior parte do tempo você só leva quando estava distraída. Mas não foi nenhuma dessas coisas que a chamou atenção, é claro que a dor de cabeça, o vestido sujo, a falta de memória e o gosto metálico a preocupavam. Mas Astoria acorrentada ao lado de sua cama parecia lhe preocupar bem mais, e com razão.
O que é que estava acontecendo?
Se levantou rapidamente, péssima ideia, o gosto metálico se fez mais presente na boca e sentiu o machucado em sua cabeça. Que merda. Que confusão ela fora capaz de se meter em poucos minutos.
— Ast? — ela puxou as correntes com força, o que não foi uma boa ideia. Nem a cama pareceu se mexer ou sair do lugar e muito menos Astoria se mexeu. — Astoria acorde!