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|| MEGERA DOMADA

NOTA DA AUTORA: EU VOLTEEEI E AINDA COM UM CAPÍTULO PERFEITO

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NOTA DA AUTORA: EU VOLTEEEI E AINDA COM UM CAPÍTULO PERFEITO. Simples idolatro está nova versão da Athena. Não se esqueçam de votar e comentar beijos.

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Vítima dos próprios desejos, escrava dos próprios prazeres. Era assim que Athena via o mundo ao seu redor. Todos ansiavam desesperadamente por ser algo que nunca poderiam ser. A ilusão de novos começos parecia promissora, mas ela sabia a verdade amarga: todo início exigia um fim. E enquanto alguns finais se revelavam aos poucos, fáceis de ignorar, outros surgiam como tempestades, trazendo consequências mais sombrias do que qualquer um poderia imaginar. Não havia celebração para todos os começos, pois muitos eram apenas o prelúdio de algo terrível. Brigas, traições, doenças... e o mais perigoso de todos: o desejo de mudar. E, naquele instante, mesmo sem querer, Athena deu início a algo.

Já fazia uma semana desde o fatídico episódio na casa dos Malfoy. Ela, os gêmeos Weasley, as irmãs Greengrass e, surpreendentemente, Draco Malfoy, haviam escapado vivos. O pacto fora selado, vidas foram poupadas, mas o custo parecia alto demais para alguns deles.

— Não me diga que perdeu o café da manhã de novo — disse Draco, ao entrar no quarto de Athena. Ela estava sentada junto à janela, imóvel, como estivera ontem e nos dias anteriores. A luz fraca da manhã iluminava seu rosto pálido, enquanto a neve caía suavemente lá fora, anunciando o fim do inverno.

— Não minta para mim, Draco — respondeu ela, sem desviar os olhos da paisagem. Sua voz era baixa, quase um sussurro. — Ninguém quer uma egoísta à mesa.

Ele hesitou, a incerteza marcando cada palavra. — Acho que você está sendo dura demais consigo mesma... As pessoas estão assustadas, Athena. O medo faz com que digam coisas que não querem dizer...

Finalmente, ela o olhou, os olhos azuis agora profundos, quase verdes. — Eu salvei a vida deles. Eu salvei a sua vida. Fiz tudo o que pude para chegarmos até aqui. E, mesmo assim, não foi suficiente para Daphne. Ela me culpa por colocar a Astoria em perigo, mas eu não pedi que ela viesse comigo! Não pedi que me seguisse. Tinha um plano, Draco, mas nenhum de vocês o seguiu. Fiz tudo o que pude, e agora ela me acusa como se eu fosse a vilã. Se o que fiz não é suficiente para Daphne Greengrass, azar o dela!

Draco observou sua amiga, tentando encontrar vestígios da jovem idealista que conhecera. Mas aquela Athena era irreconhecível. Ela era agora uma figura sombria, marcada pelas escolhas que fizera. A garota que jamais colocaria alguém em perigo por um bem maior parecia ter desaparecido. Em seu lugar, havia alguém mais frio, mais determinado, mais... perigoso.

— Tem algo diferente em você... — disse ele, com cuidado. — Algo... escuro.

Athena se levantou lentamente, cada movimento carregando uma gravidade inquietante. Sua silhueta projetava uma sombra mais longa do que deveria, como se a própria magia negra emanasse dela. — Vocês queriam uma líder. Vocês queriam uma heroína. Mas nunca pensaram no que isso me custaria. Nunca se importaram com o que eu perderia. — Ela se virou, os olhos agora completamente verdes, e Draco recuou instintivamente. — Há apenas uma maneira de vencer esta guerra, Draco.

— Athena, isso é loucura! — exclamou ele, o horror tomando conta de sua expressão. — Você tem ideia do que pode perder?

Ela sorriu, mas não havia calor naquele gesto. — O preço que estou disposta a pagar é alto, sim. Mas não há nada a perder quando todos os outros já decidiram o meu destino. — Sua voz era firme, como um julgamento selado. — Voldemort errou. Ele achou que eu seria uma peça em seu tabuleiro. Mas eu serei a ruína dele.

( . . . )

Na sala de reuniões, as discussões estavam longe de terminar. Daphne sentia o coração pulsar com força, dividido entre o medo e a raiva. O instinto de sobrevivência gritava, mas algo a impedia de agir. Correr ou lutar.Era isso que seu corpo implorava. Mas, independentemente da escolha, ela sabia que perderia algo — ou alguém.

— Ela está fora de controle... — disse George, cruzando os braços. — Está fria, insensível. Como podemos confiar em alguém assim para nos guiar?

Remus interveio, tentando acalmar os ânimos. — Athena passou por muito. Ela não é a mesma, sim, mas vocês sabem o que aconteceu naquela mansão. Ninguém sai de lá ileso.

— Não foi apenas isso, Remus! — interrompeu Daphne, a voz carregada de amargura. — Ela selou um pacto de sangue com Voldemort! Ela o manipulou, como se ele fosse apenas um peão no jogo dela. Enquanto tentávamos protegê-la, ela simplesmente... entregou-se. E levou minha irmã junto!

Fred bateu a mão na mesa, a raiva clara em sua expressão. — Isso não é justo, Daphne! Ela fez o que podia para nos proteger. Não pode culpá-la pelas escolhas da Astoria.

— Então você está dizendo que foi culpa da irmã  de Daphne? — George retrucou, encarando o irmão.

— Não é isso que estou dizendo! — Fred respondeu, levantando-se. — Estou dizendo que vocês estão pintando Athena como uma vilã sem coração, mas esquecem tudo o que ela sacrificou por nós. Ela ainda é nossa amiga.

Ivy se levantou ao lado de Fred. — Vocês não têm o direito de julgá-la. Cada um aqui perdeu alguém para o Lorde das Trevas. Mas Athena... ela perdeu a própria alma. Se ela é a única que pode acabar com ele, não vou condená-la por isso.

Antes que mais palavras fossem ditas, a porta se abriu, e Athena entrou. Seus olhos percorreram a sala, analisando cada rosto com uma calma glacial. 

— Muito profissional da parte de vocês — disse ela, o tom carregado de sarcasmo. — Um julgamento sem a presença do réu. Bem, aqui estou. Por favor, continuem. 

Ninguém ousou responder. Athena caminhou até o centro da sala, parando diante da mesa de pedra. 

— Eu cometi erros, sim. Sou humana. Mas não vou permitir que vocês decidam meu destino. Esta é minha vida, minha história. E eu vou ser a garota que derrotou o monstro. Quer vocês gostem ou não.

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⏰ Última atualização: 6 days ago ⏰

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𝐋𝐎𝐒𝐓 𝐆𝐀𝐌𝐄  | FRED WEASLEYOnde histórias criam vida. Descubra agora