CAPÍTULO 07

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MARAISA POV:

Demorou para o Léo se acalmar, perguntei a ele o porque de tudo isso mais ele não disse, só me pedia para eu não namorar, se não eu estragaria tudo.

Juro, me senti mal, mais meu filho tinha que saber que eu também tenho vida.
Claro que eu queria a Marília comigo e tudo irá depender de hoje para isso acontecer, se ela me der sinais de que me quer devolta... sei lá... talvez eu ... não maraisa, esquece, Marília nem pensa em você.

Assim que acalmei meu filho, vesti uma calça preta, uma regata e chapéu preto.

-Tô indo... chego no almoço. -Eu disse beijando minha mãe.

-Filha?

-Oi mamãe?

Ela me olhou com os olhos brilhando e sorriu.

-Está linda meu amor -Ela disse e eu sorri dando um beijo no topo de sua cabeça -Preciso que passe perto do riacho hoje amor.

-Pra que mãe? -Perguntei e ela sorriu.

-mandei Macário ir na cidade pegar meu presente que incomendei para Ruth , mais ele disse que tinha que colocar as vacas para pastar perto do riacho e como estamos na estiagem, o Rio deve está raso e eu queria que você colocasse as vacas para pastar em outro lugar. Não quero dar motivos para Marília arrumar confusão se caso o gado passar para a parte dela.

Minha mãe disse e eu concordei.

-Ok senhora. Tô indo. Beijo.

Eu disse e quando ia saindo a Lorena me olhava desconfiada.

-Onde vai patoa?

Eu sorri e me abaixei .

-Vou para o campo bonequinha. -Eu disse e ela fez uma cara sapeca.

-e ia sair sem da o meu bezo? -Ela disse -Fancamente em molena.

Eu comecei a rir e a puxei.

-Vem cá minha loirinha. -Enchi ela de beijos e ela sorria com suas covinhas perfeitas.

Admirei minha filha, ela era a cópia de minha mulher, como pode?

-Cuidado no mato mamãe, dá última vez voxê segou com cocô de cavalo no sapato.

-pode deixar ... beijos morrenta.

Eu me despedi e saí de lá apressada.

NARRAÇÃO:

Enquanto Marília se atualizava com o capataz, seguia pela fazenda olhando as árvores frutíferas e a hortaliças. Era tempo de estiagem, Goiás estava seco e por isso não havia plantação grande, apenas grandes estufas produzindo legumes, verduras e hortaliças e as hectareas de terra se mantinham secas como o sertão precisando da cheia.

Maraisa não estava diferente, não via a hora das chuvas chegarem para finalmente começar o plantio. Era difícil assimilar sua gravadora com a fazenda mais ela fazia questão de cuidar ajudando seus próprios trabalhadores.

Era incrível porque mesmo ela e maiara sendo as donas, elas sempre estavam presentes trabalhando duro com hortas e cultivos. Eram belas e boas, isso é fato.

Marília seguia ouvindo tudo que o capataz lhe dizia até que chegou perto ao riacho. Sentiu a brisa bater forte em seus cabelos e o sol quente arder em suas bochechas vermelhas.

-Me deixe só Messias... -Ela disse em sua postura ereta encima de seu cavalo e o moço saiu cavalgando enquanto Marília andava devagar olhando o riacho seco.

Se lembrava da primeira vez que viu maraisa cavalgando em suas terras e teve que correr atrás dela. Foi um amor a primeira vista, ela era tão atrevida. Ninguém enfrentava a senhorita Mendonça, apenas ela, ela sabia tocar onde ninguém conseguia. Seu coração.

MEU TERRITÓRIO- Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora