CAPÍTULO 44

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MARAISA POV:

-AMOR....vidaa... fala comigo, por favor...

Segurei sua mão fria enquanto via o rosto dela todo desfigurado com sangue e seu olhar se fixando sobre o meu. Eu tentava acompanhar os socorristas levando a maca de Marília, mas não conseguia devido a pressa toda.

-Marília, fica acordada, amor. -Eu disse soluçando e logo senti seu polegar passando em minha mão.

Era como se ela quisesse me dizer algo, mas não conseguia.

-Vamos entrar pra sala de cirurgia, senhora. Vc aguarda aqui fora ok?

Ouvi o socorrista falar e quando eu ia me afastar, Marília começou a ter uma parada cardíaca.

-TRAGAM UM CARRINHO DE PARADA. ESTAMOS PERDENDO ELA...-O enfermeiro falou e eu logo me desesperei a chorar.

-NÃOOOO.. AMORRR, POR FAVOR, FICA COMIGO.

-Maraisa...

-MARILIAAAA.. NÃOOOOO..

-ACORDA, MARAISA... PQP...

Na hora eu abri meus olhos, eu estava ofegante e toda suada.

-Maraisa, fala comigo. -Maiara me olhava preocupada e eu tentava raciocinar. -Chegamos, meu amor. Vim te acordar pra sairmos do jato e vc estava chamando por Marília.

-Eu... eu acho... que perdi ela... -Voltei a chorar novamente e logo fui envolvida pelos braços de maiara.

-Oh, meu amor... -Me permiti chorar em seu ombro por alguns poucos segundos, logo maiara se afastou e me olhou sério.

-Escuta, não temos notícia de ninguém. Marília pode não está no meio dessa confusão, ok? Vamos agora mesmo pro hospital onde estão levando os feridos e lá vamos tentar alguma notícia de Marília.

Apenas acenti e senti um beijo em minha testa e logo nos levantamos da poltrona, saindo rumo ao território da grande São Paulo.

Quando recebi a notícia em Goiânia, tentei falar com com a Marília, com a Luísa e ninguém respondia. Ruth entrou em desespero e acabou passando mal, nem se quer, teve a chance de resolver alguma coisa e foi levada as pressas pro hospital com minha mãe.

Precisei ser forte, mas não consegui. Maiara é que me levantou e na mesma hora pediu um jatinho e logo partimos pra cá.

Não obtemos muito sobre isso. Os advogados de Marília estavam todos na empresa. O acessor também e os secretários. Ninguém respondia o nosso chamado.

-É aquele carro. Vamos.

Maiara me puxava mas eu não estava no meu normal. Meu peito doía só em imaginar perdendo a minha Loira.

Eu tenho tanto dela em mim, e tinha tanto de mim dentro dela que não poderíamos terminar assim. Quando finalmente achamos que daria certo, o destino nos separa mais uma vez.

Talvez seja isso. Talvez alguns amores existam para serem sentidos e não vividos.
Talvez essa seja a pior pegadinha dessa vida cheia de injustiças.

Existem tantos casais querendo ser solteiros, e existem tantos solteiros querendo ser casais. Porque a vida precisa mesmo fazer essa pegadinha?

Talvez nós simplesmente existimos nesse mundo para termos os nossos corações partidos por seres inconsequentes, enquanto existem pessoas incríveis que não tiveram a chance de viver esse singelo sentimento. Um amor genuíno.

Te amei, Marília.
E Talvez em outra vida, eu poderei ser a sua princesa, assim como você também poderá ser a minha rainha Marília.

-Daqui pro hospital será 15 minutos. -Maiara falava, mas eu não estava dentro de mim. -Toma. Bebi isso aqui. -Vi ela colocar uma garrafinha de água em minha mão e me ajudar a beber, mas eu só sentia uma náusea violenta em meu ventre. -Maraisa, por favor...

MEU TERRITÓRIO- Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora