Na vida temos nossas escolhas e toda escolha tem sua consequência.
o poder da palavra "não" é tão forte que muita das vezes utilizamos sem pensar nas consequências, porém, dessa vez eu não tive o poder da escolha quando pronunciei essa palavra para...
29, 30, 31, 32... sim, eu estava contando pela milésima vez de 0 a 100 na tentativa de me acalmar aqui mesmo enquanto esperava o juiz de paz terminar tantos discursos para todos os convidados.
Minha boca estava seca, minhas mãos geladas, a perna tremia sem parar enquanto eu via de longe algumas pessoas desconhecidas. O plano de ser um casamento no sigilo foi por água a baixo. Quando deu exatamente meio dia, já tinha alguns repórteres na entrada da minha mansão tentando uma entrada, até alguns paparazes invasores conseguiram entrar, mas foram detectados. As 30 pessoas convidadas para o casamento acabou se transformando em 54 pessoas. Tudo contribuía para não dar certo.
-Marília, nós iremos entrar e logo você e Ruth também.
Ouvi maiara dizer e eu travei. Meus olhos estavam arregalados e eu não conseguia falar. O trauma, o efeito ainda estava em mim.
-Maraisa não vem. Ela...ela não vem.
Falei.
-Ela vem e vice também. Entendeu?
Apenas concordei ainda assustada e maiara e Luísa se posicionaram para a entrada.
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Pela brecha do pilar e das cortinas a minha frente, pude ver o quão lindo a decoração estava. Logo voltei a me lembrar do dia em que eu não aguentava de ansiedade para entrar ali. Maiara e Luísa estavam lindas. Usavam vestidos cor de goiaba e seus cabelos estavam presos em coques bagunçados. Logo vi elas entrarem elegantes e Henry entrar logo em seguida segurando uma plaquinha que eu não consegui decifrar. Eu estava a beira de um colapso, eu não iria conseguir entrar ali.
-Marília? Vamos? É a sua hora de entrar.
Minha mãe disse sorridente se aproximando e eu a olhei tremendo e segurando o choro.
-Não.
Eu falei e ela então me olhou assustada atraindo a atenção de Paulinha e julyer que ali estavam arrumando meu vestido para a entrada.
-Desculpa, eu não consigo entrar ali.
Eu falei e então eles me olharam preocupados.
-Minha rainha, você consegue. Você...
-NÃO...Não vou entrar ali.
Falei alto calando a boca deles e logo minha mãe tomou a fala.
-Tudo bem. Só fique parada aí. Eu sei oque fazer.
Vi minha mãe sair e julyer logo me trazer um copo de água. Eu estava nervosa, eu estava surtando. Não demorou e maiara logo chegou preocupada.
-Que porra tá acontecendo? Estão todos esperando você entrar, Marília.
