Capitulo 18

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Acordei com um toque suave em meus lábios, um cheiro gostoso no ar e um sorriso lindo na minha frente.

-Eu adoraria te deixar dormir, mas já está escurecendo. – falou me dando um selinho e se sentando na minha frente.

-Por quanto tempo eu dormi? – perguntei me cobrindo com o lençol e sentando.

-Umas duas horas. – disse arrumando meu cabelo, ele parecia mais relaxado do que quando dormimos.

-Você está melhor? – questionei.

-Vou ficar daqui a pouco. – falou levantando-se. 

-Porque? O que aconteceu? – questionei preocupada.

-Tenho uma pergunta pra te fazer. Espera ai. – falou indo até a porta. Eu ia levantar quando ele entrou com uma bandeja fechada na mão e veio até mim. 

-O que tem ai? Está cheirando. – falei sorrindo.

-Foi a melhor maneira que encontrei de te perguntar. Ensaiei a manhã inteira, mas não sabia como tocar no assunto. – esclareceu nervoso. Eu continuei sorrindo, mas quando ele retirou a tampa meu sorriso morreu. Dezoito biscoitos de chocolate em forma de coração formavam a frase "QUER NAMORAR COMIGO?" e um redondo formava um rosto quase pronto e a letra U, que formava o sorriso deitado de lado. Olhei para ele e ele me olhava atentamente então voltei a olhar para o pedido, com mãos tremulas peguei a letra U e o coloquei para cima formando um sorriso. –Isso é um sim? 

-Sim... isso é um sim. – concordei emocionada e ele soltou o ar vindo até mim e me beijando.

-Você está suado. – provoquei rindo e ele se afastou um pouco.

-Pensei que você ia dizer não... estava nervoso. – confessou pegando um biscoito e colocando na minha boca. 

-Fiquei surpresa, não esperava. – confessei quando ele afastou a bandeja e chegou mais perto.

-Na verdade eu já te considerava minha namorada desde a casa de praia, mas percebi que tinha que fazer o pedido quando você me apresentou a sua irmã. – revelou beijando o canto da minha boca.

-Eu... - essa eu também não esperava, pensei. –Achei que ainda estávamos nos conhecendo.

-Já conheço o suficiente e gosto de cada nuance. – afirmou segurando meu rosto e me beijando de verdade, estremeci quando nossas línguas se tocaram e ele aprofundou o beijo.

-Diego, preciso ir pra casa. – avisei ofegante quando ele abandonou minha boca e desceu os beijos pelo meu corpo.

-Mais já? – perguntou me prendendo na cama.

-Já... Se você não me soltar eu não vou consegui ir. – avisei.

-Então temos um problema.

-Qual?

-Não estou conseguindo te soltar. – avisou sorrindo e eu o empurrei.

-É serio. – reclamei vestindo a roupa sem consegui disfarçar o riso. –Quero levar meus biscoitos... que especie de homem perfeito você é que sabe fazer biscoitos? 

-Só para você... - brincou me seguindo até a sala com a bandeja na mão.

-Sei... - provoquei vendo-o colocar os biscoitos numa vasilha.

-Se você ficar posso te mostrar outras coisas dos meus dotes. – negociou.

-Hum, tentador, mas preciso ir. – falei pegando a vasilha. Ele me acompanhou até o portão, mas antes de abrir me beijou com abandono, enfiando a língua na minha boca e mordiscando levemente e saboreava. 

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