Capítulo 30

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Acordei sentindo muita dor no dia seguinte, além da minha cabeça meu corpo pouco acostumado a se movimentar doía em todas as partes. Levantei da cama cambaleando e vomitei vergonhosamente no banheiro do corredor antes de voltar tremendo para o quarto e me embalar nos lençóis.

-Finalmente você acordou, pensei que teria um coma alcoólico. – Amanda gritou abrindo a porta do quarto com uma xícara enorme de chocolate quente, o cheiro embrulhou meu estomago já fraco.

-Não grita, por favor. – pedi colocando as mãos na cabeça. –Que horas são?

-Quase meio dia. – falou se recostando numa caixa que não abrir ainda.

-Fiz muita besteira ontem? – perguntei me lembrando de algumas coisas.

-Bem... Você bebeu toda a bebida que passava por você, dançou com todos os caras que se aproximavam e se esfregou descaradamente em todos eles, sem falar que quase beijou um loiro idiota que já tinha pegado cinco meninas na pista. – contou resumidamente e eu fiz uma careta ao lembrar da figura que era horrenda. Ela saiu do quarto e voltou com uma sacola plástica segundos depois. –Acho que é pra você tomar isso aqui.

-O que é isso? – perguntei já abrindo a sacola. Dentro havia um kit ressaca com uma barra de chocolate meio amargo, uma cartela de engov, uma garrafinha de água de coco e uma cartela de remédio para dor de cabeça, junto a um cartão que dizia "Se cuida". –Quem mandou isso?

-Um carro chiquérrimo parou aqui mais cedo com um homem grandão e bem vestido. Ele disse que o chefe dele mandou entregar para você. – contou enfiando um dedo dentro do copo para pegar o restinho do chocolate que ficou grudado lá dentro.

-O chefe. – repetir forçando a mente pra lembrar quem eu conhecia que possuía empregados. Por um momento pensei que tivesse sido o Diego, mas ele não era chefe de ninguém. Usei o kit e voltei a me recostar no travesseiro.

-As meninas estão super preocupadas com você Luize. – Amanda falou largando o copo no móvel e se sentando em minha cama.

-Não tem motivos. – afirmei triste.

-Discordo. – ela entoou e eu a olhei feio e me levantei.

-Vou tomar um banho. – avisei e ela se levantou também.

-Fiz uma sopa pra você toma banho e venha se alimentar. – falou saindo. O banho foi um energizaste natural, me vestir com um vestido leve e não me dei ao trabalho de secar os cabelos.

-Humm, tinha me esquecido o quanto você cozinha bem. O cheiro está maravilhoso. – elogiei indo até a panela e me servindo, estava delicioso.

-Um elogio, obrigada... Está de bom humor. – perguntou enchendo a boca.

-Bom humor não, mas também não estou me sentindo tão acabada. – afirmei. –Apesar da bebedeira e da vergonha que passei ontem me fez bem.

-E encontrar o Diego? – ela perguntou e eu fechei a cara. Estava tentando não pensar no modo como ele interferiu ontem e nem em como me desmanchei em seus braços, nem no bem que estar perto dele me fez.

-O que tem? – questionei seria e ela deu de ombros. –Vou a casa dos meus pais e depois quero ir a praia, não quer vir comigo?

-Não posso tenho que adiantar umas coisas. – falou apontando para a estante da sala que estava desmontada. –Consegui que um amigo viesse para montá-la então tenho que esperá-lo.

-Humm. – murmurei me levantando e começando a lavar os pratos que estavam na pia. Depois das tarefas feitas e me sentindo melhor da ressaca eu coloquei meu biquíni, meus óculos escuros porque embora me sentindo melhor minha cara estava horrível da noite de ontem, e meu notebook numa bolsa e caminhei despreocupada até a casa dos meus pais. Assim que cheguei ao portão o mesmo abriu e eu estaquei. Diego estava parado em minha frente, também usava óculos escuros então não pude ver seus olhos, mas senti a tensão no ar.

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