Capítulo 24

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Chegamos à casa do Alberto em quinze minutos porque eu e a Juliana ficamos atormentando o pobre do taxista assim que saltei senti um calafrio, mas ignorei, fui até a porta e girei a maçaneta, mas estava trancada.

-O que vamos fazer Luize? Será que ele já chegou? – Jú perguntou nervosa.

-Não sei... Mas se tiver chegado terá que nos receber. – falei começando a esmurar a porta. –Dani...

-Dani, você está ai? – jú perguntou batando na porta também.

-Meninas... Estou aqui, por favor, me tirem daqui. – a ouvimos dizer, sua voz parecia fraca apesar da casa pequena.

-Você está bem? – perguntei preocupada.

-Só me tirem daqui. – foi a resposta.

-O que vamos fazer? – Jú inquiriu. –Os vizinhos chamariam a policia se nós tentarmos arrombar a porta.

-A policia é uma ótima ideia Jú. – falei sacando o celular. –Carcerie privado ainda é crime.

-E vamos ficar aqui espertando a policia chegar? – ela perguntou quando terminei a ligação.

-Vamos ver se conseguimos entrar. – respondi dando uma volta pela casa.

-O que vocês querem aqui? – um senhor caquético perguntou se aproximando.

-Quem é o senhor? - Juliana perguntou.

-Sou o proprietário da casa. – falou nos olhando meticulosamente. –Porque estão xeretando aqui?

-Ah então o senhor pode nos ajudar... – comuniquei sorrindo de modo doce. –A nossa amiga ficou trancada do lado de dentro e nos ligou dizendo que está passando mal...

-Ela tem problema de coração. – Jú acrescentou.

-Isso e está tendo um ataque cardíaco nós precisamos leva-la para o medico, mas o Alberto só chega ao final do dia então o senhor não teria a chave? – perguntei manhosa.

-É claro que tenho, mas não sei se...

-De qualquer forma nós chamamos a policia... – Jú falou se afastando do idoso.

-É e se ela morrer lá dentro diremos que o senhor negou socorro. – ajudei.

-Sem falar que o senhor nunca conseguiria alugar esse imovel de novo afinal quem vai querer morar numa casa onde morreu alguém. – ela pontuou.

-Tudo bem, mas não metam a polica nisso. – pediu retirando um molho de chaves do bolso e colocando uma na fechadura. Assim que ouvimos o clic de destrancado invadimos a casa e vimos Dani sentada no sofá. O ematoma que eu tinha visto quase desaparecendo do rosto dela da ultima vez que a vi estava maior e mais roxo, seu braço direito estava estendido no braço do sofá, ela tinha um corte no lábio superior e parecia terrivelmente abatida.

-Dani, amiga você está bem? – Juliana perguntou se agachando em sua frente.

-Estou bem, mas me tirem daqui depressa antes que o Alberto chegue. – suplicou.

-Moço você pode chamar uma ambulância ou um taxi pra gente com urgência, por favor. – pedi tocando de leve em seu braço. Assim que o idoso saiu resmungando eu voltei minha atenção para ela. –Ele fez isso depois que sai daqui?

-Não importa Luize. – afirmou.

-Pra mim importa muito. – retruquei com raiva.

-Para de defender esse cretino, Daniela quanto mais você terá que sofrer para entender que ele não presta? – Juliana perguntou revltada.

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