Capítulo 25

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Quando a noite chegou sentei na varanda como há tempos não fazia e questionei a mim mesma sobre a decisão de apresentar o Di a minha família. Não vi nenhum empecilho, nenhuma desculpa nada que me impedisse. Era a coisa certa a fazer e já tinha passado da hora. Acendi a luminária que ele me deu no natal e peguei meu celular disquei o único numero que sabia de cor e esperei e sorri Ao ouvi o grito histérico do outro lado.

-Não acredito que você me ligou. – Amanda gritava do outro lado. –Encontrou um espaço nessa sua vida super ocupada para lembrar que tem uma amiga.

-Mendy, largue de escândalo... nem faz tanto tempo assim. – falei envergonhada por saber que fazia sim.

-Não? A ultima vez que recebi uma ligação sua foi no inicio do ano. – lembrou.

-Sim, mas nos falamos sempre por mensagens amiga. Assim me sinto culpada, para. – pedi.

-Está bem, sei que tem suas amigas ai e não precisa mais de mim então tudo bem. – lamentou.

-Sabe que ninguém conseguiria ocupar seu lugar no meu coração e você também poderia ter me ligado não é? – acusei revertendo o jogo.

-Vamos deixar essa bobagem pra lá. – falou por fim me fazendo rir. –E ai me conte as novidades.

-Bem... Coloquei o namorado da Daniela na cadeia. – revelei já esperando o grito de surpresa. Contei a ela toda á historia do Alberto.

-Nossa essas coisas não acontecem quando estou ai que barato. – disse rindo.

-Não tem nada de barato ai Amanda. Ele é um homem perigoso, um demente e tem que apodrecer na cadeia. – repreendi.

-Concordo.

-Bom, mas o real motivo de eu ter te ligado é que quero que almoce aqui em casa no domingo... Eu vou oficializar meu namoro com o Diego e apresenta-lo a minha família. – revelei e ao invés de gritos recebi silêncio com á noticia. –Você ouviu?

-Claro que ouvi.

-E porque ficou muda? – perguntei.

-Ora, porque nunca achei que isso aconteceria. – falou me surpreendendo.

-Não vou nem argumentar. – respondi me fazendo de brava. –Você vai vim ou não?

-Claro que vou você acha mesmo que perderei uma coisa dessas? – perguntou retoricamente. Conversamos mais sobre amenidades e desliguei discando dessa vez o numero da Dani, que já tinha recebido alta.

-Fala Luize. – disse do outro lado.

-Nossa... Você está bem? – perguntei estranhando seu tom de voz.

-Acho que nunca mais estarei bem na vida. – falou enfadonhamente.

-Pode parar com isso. Você está viva e tem um mundo de possibilidades na sua frente assim que se recuperar pode escolher o melhor caminho para dirigir a sua vida. – falei alegremente.

-Eu só quero me recuperar e esquecer os últimos anos. – retrucou deprimida.

-Você não pode esquecer os últimos anos, são aprendizados necessários para o seu futuro. – rebati.

-Ninguém precisa passar pelo que eu passei Luize... O que eu aprendi? A não acreditar no amor?

-Daniela não se faça de vitima enfrente as consequências das suas escolhas e aprenda a escolher melhor da próxima vez... Não estou dizendo que você teve culpa com o que aconteceu, mas você poderia ter cortado o mal pela raiz antes e não o fez e deve ter tido um motivo para isso. – amenizei por fim.

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