𝑴𝒚 𝑳𝒐𝒔𝒕 𝑺𝒐𝒖𝒍𝒎𝒂𝒕𝒆 || 𝑯𝒘𝒂𝒏𝒈 𝑯𝒚𝒖𝒏𝒋𝒊𝒏

ᘛ 𝑷𝒓𝒐𝒍𝒐𝒈𝒐

Perdido.

Vocês já se sentiram perdidos alguma vez? Sem saber que rumo seguir. Eu já, uma vez, quando me afastei de alguém especial. Aquela foi a primeira vez que me senti perdida, já que o único motivo e motivação para eu continuar sorrindo havia sumido da minha vida como um raio em meio ao céu.

A sensação da perdição é estranha. Você não consegue sentir-se você mesmo durante horas, dias, semanas ou até meses, já que de alguma forma, você se perdeu de si mesmo.
" Talvez, em algum lugar, eu irei me encontrar novamente. " Foi o meu pensamento, mas eu já tinha em mente que as coisas não seriam as mesmas novamente, ou será que eu estava errada?

— Hwannie! Olha só essa margarida.. Ela é tão branca quanto você! — Sorri enquanto o provocava. Já estava arrancando a pequena flor de seu solo

— Você tem razão, ela é bem branca mesmo, mas nunca mais linda que eu! — Se gabou, não pude conter uma expressão de repulsa

— Ah nossa, você está em um dos dias que a sua autoestima está lá no alto. — Ignorei sua face e continuei observando a florzinha em minha mão

— Não estou mentindo, estou? — Se agachou, ficando ao meu lado e com o rosto próximo ao meu

Engoli minha saliva a seco e tentei esconder o rubor em minhas bochechas.

— Não.. — Continuei com meu rosto revirado para não olhar nos olhos brilhantes do mesmo

— É, foi como eu pensei! — Sorriu, abraçando-me com um de seus braços

— Para com isso! Eu só falei aquilo por dó!.. — Retirei seu braço que estava ao redor de mim. Hyunjin simplesmente não segurou uma risada alta e gostosa de se ouvir

— Você é muito esquentadinha, Shinnie! — Me olhou e deu um pequeno selar em minha bochecha já avermelhada

Shin Ha-na, esse é o meu nome. Ha-na significa flor em japonês, esse nome foi escolhido pelo meu pai por ter descendência japonesa. Sinceramente, eu odeio esse nome, odeio pois a pessoa quem me concedeu esse nome foi a mesma que me fez sofrer durante dias. Ainda lembrava dos gritos e das portas de casa sendo batidas com força por todos os cantos. Eu estava sentada do lado de fora de casa, torcendo para que tudo aquilo tivesse fim. Meu pai era alguém temperamental que se dizia ocupado, mas o mesmo mentia sobre isso. Ele saía e demorava voltar para casa pois estava lá, traindo a minha mãe de diversas formas, e por esse motivo, minha mãe decidiu se divorciar.