Capítulo 39 - Conversa p.4 final

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A noite foi incrível nós nos amamos e eu tive a certeza que Duda era a mulher da minha vida. Parece meio clichê falar isso com apenas 16 anos, mas eu sabia, ou melhor eu sentia.

Eu acordei antes que Duda e a apertei nos meus braços, não tinha sensação melhor que essa, eu não sabia que era possível ter tantos sentimentos por alguém assim.

Lembra tia? Você bateu na porta me convidando pra ir ao jogo e eu disse que não precisava acordar a Duda que eu mesma faria isso no quarto de hospedes.

- É claro que eu lembro, então ela tava no seu quarto? Que lindo não é dona Sophia. - disse Bárbara.

- Você queria a história toda não era? Então eu vou contar sem mais mentiras. - disse Sophia.

- Tá, continua a história.

- Eu atende a porta e fui correndo acordar a Duda, ela me olhou e eu dei um selinho nos seus lábios, ela abriu um sorriso lindo.

- Tudo bem? - eu perguntei.

- Sim. - ela disse me olhando.

- O que você achou da noite passada? - perguntei com cautela ela nunca transado com ninguém então fiquei com medo dela não ter gostado.

- Foi lindo, três vezes incrível. - ela disse e começou a rir.

Eu a abracei e falei do jogo. Ela foi pro quarto de hóspede se arrumar e nos encontramos pra tomar café.

Na ida até a casa de Duda, ela sorria pra mim a todo momento e eu discretamente segurei a sua mão.

Quando Julia e Enzo entraram no carro, Duda congelou. Ela olhava todo o caminho para a rua e eu fiquei no meio entre ela e Enzo. Chegamos no estádio e Enzo foi pro vestiário.

Duda disse que precisava ir no banheiro, nem eu tinha entendido, mas ela me puxou e fomos para um canto embaixo das arquibancadas.

- Desculpa pelo carro. - ela disse.

- Tudo bem, eu entendo.

- Eu não quero magoá-lo, se ele gosta de você eu acho que a gente tem que respeitar, eu não quero que ele veja a gente junto, ele é meu irmão ele não merece se machucar. - ela disse.

Eu achei aquilo incrivelmente fofo, eles tinham muito cumplicidade.

- Tudo bem, se você quer manter isso só entre nós por mim tudo bem. Eu também não quero mágoa-lo Enzo é um bom amigo. - falei.

- Obrigada. - ela disse.

E eu dei vários selinhos nela e a abracei.

A gente ficou no maior chamego e por mim eu ficava o resto do dia ali, só de tê-la nos meus braços ja era incrível, mas precisamos voltar para o jogo.

O time do Enzo ganhou e eu não sei se ele estava suspeitando de algo, mas o clima estava terrível. Você nos convidou para comermos pizza, e eu tentei em nenhum momento tocar em Duda, embora eu quisesse muito não queria magoar Enzo.

Duda disse que as coisas iam se ajeitar com o tempo. Depois disso veio toda a função do sequestro de Júlia. Quando você, tia, contou sobre o sequestro a primeira coisa que eu quis fazer foi abraçar Duda bem forte e dizer que eu a amava, mas ela fez sinal que não era pra mim fazer isso por causa do Enzo.

Aí nós viemos até aqui em casa e ela tava tão nervosa me perguntou o que seria dela sem a mãe e eu falei que estaria sempre ali por ela e ela me abraçou tão forte, tão intenso. Enzo não tirava os olhos da gente.

O sequestro da Júlia se resolveu e quando vocês assumiram oficialmente que estavam juntas eu fiquei muito feliz por vocês, mas ao mesmo tempo eu comecei a pensar na logística, de como seria se por acaso no futuro vocês fossem morar juntas e como isso ia impactar a minha relação com a Duda.

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