Capítulo 14

290 30 9
                                    

"Dizer que não gosta é admitir que ama. Quem não se importa, não diz nada."

Desenquieto Alfonso andava de um lado para o outro, estava preocupado, indignado e muito impaciente.

Oscar: desse jeito vai abrir um buraco no chão

Poncho: por acaso não te ensinaram a tocar a campainha?

Oscar: e não te ensinaram a manter a porta da sua casa fechada? Cheguei e a porta estava escancarada

Poncho: pode ser que eu tenha me esquecido de fechar

Oscar: ok, oque está acontecendo?

Poncho: como assim?

Oscar: você jamais se esqueceria de fechar a porta da própria casa, está desenquieto e impaciente, oque aconteceu?

Apesar de ser uma pessoa fechada, naquele momento Alfonso estava nervoso, começou a desabafar com o irmão sem ao menos perceber

Poncho: fui até o orfanato

Oscar: foi ver aquela garotinha de novo?

Poncho: não pude evitar, me afeicoei aquele pequeno anjo

Alfonso encara o irmão

Poncho: encontrei Maite

Oscar: e você a ignorou como sempre

Poncho respira fundo e em seguida contou tudo oque aconteceu

Oscar: coitada da Any deve estar arrasada

Poncho encara Oscar

Oscar: tá olhando assim porque? Sempre gostei muito da Any, ela é uma pessoa muito boa de coração, não merecia estar passando por isso

Poncho: acho um absurdo não ajudarem ela a ficar com a Isa

Oscar: você ainda ama ela

Poncho: oque? Não está louco? Eu só não gostei de saber tudo oque está acontecendo

Oscar: olha pra você, está todo preocupado, se realmente á odiasse como acredita, não estaria se importando

Poncho: não é isso, você sabe que sempre detestei ver Any chorar

Desde quando estavam juntos, ver ou saber que Any andou chorando, sempre foi a maior fraqueza de Alfonso.

Oscar: existe um jeito da Any conseguir ficar com a menina

Poncho: como?

Oscar: você poderia ajudá-la

Poncho franze a testa

Oscar: porque não esquece todo esse orgulho e não a perdoa de uma vez? Fiquem juntos, retomem a relação de vocês de onde pararam, tenho certeza que ainda se amam, se casem, adotem a menina e vivam felizes como sempre sonharam

Poncho: você enlouqueceu?

Oscar: quem enlouqueceu foi você, agora que você já sabe o real motivo dela ter terminado o noivado, nada mais os impede de ficarem juntos

Poncho: as coisas não são tão simples assim

Oscar: você que complica tudo meu irmão, se vocês se amam porque não?

Poncho: você está exagerando

Oscar: sei que é difícil, mas porque não consegue perdoar? Porque não consegue seguir em frente? Ela é o amor da sua vida, e se você ainda a ama como eu acredito que sim, deveria dar o braço a torcer e seguir em frente com ela, e serem felizes como merecem, você tem a chance de mudar as coisas, basta apenas você querer!

Oscar conversa mais um pouco com o irmão e em seguida vai embora.

"Na vida há sempre decisões a serem tomadas. Ás vezes, são pequenas e insignificantes. Outras vezes, são enormes e podem mudar tudo para sempre."

A ideia de saber que Any estava chorando o atormentava muito e após longos minutos andando de um lado para o outro, Alfonso pegou a chave do seu carro e saiu ás presas. Pouco mais de quinze minutos depois ele chegava ao seu destino, após descer do carro, respirou fundo antes de tocar a campainha, faziam alguns anos desde última vez que estivera ali, quatro anos para se mais exata.

Após alguns minutos Alfonso criou coragem e enfim tocou a campainha, estava quase desistindo, já era um pouco tarde, quando estava se virando para ir bora, a porta se abriu.

Any: Poncho?

Anahi tinha uma expressão surpresa, ele jamais havia se esquecido o quão linda ela sempre foi. Saindo de seus devaneios ele quebrou o silêncio.

Poncho: será que podemos conversar?

Any franze a testa

Any: claro, entre...

Poncho: desculpe o horário - entrando

Apos Alfonso entrar, Any fechou a porta.

Any: aceita beber alguma coisa?

Poncho: não, obrigada

Atento a cada detalhe de Anahi, Alfonso não pode deixar de reparar em seu rosto abatido, os olhos inchados constatou que ela havia chorado.

Poncho: você deve estar se perguntando oque estou fazendo aqui

Ele estava estranhamente nervoso.

Any: confesso que sim, afinal na última vez que nos vimos você estava com odio de mim

Poncho: acho que deveria entender o meu lado

Any: e entendo

Poncho: deveria ter sido sincera comigo desde o começo

Any: não queria que tivesse uma vida infeliz ao meu lado

Poncho: Céus Anahi, coloque na sua cabeça que não precisávamos ter filhos para sermos felizes, eu sei que fizemos vários planos e que esses planos incluíam os nossos filhos, mas eu queria que soubesse que eu não me importaria se não tivéssemos filhos desde que eu estivesse com você, poderíamos ter passado por tudo isso juntos

Any nada foi capaz de dizer

Poncho: ficaríamos juntos, daríamos  continuidade a nossa história, poderiamos optar por um tratamento futuramente ou até mesmo adotar

Any: sei que fui egoísta, mas tudo oque fiz foi por amor a você

Any já conseguia sentir o nó se formando em sua garganta.

Poncho: se tivesse dito a verdade desde o começo, a história seria outra agora

Any: eu sei

Poncho: me diga uma coisa, quero que seja sincera

Eles se encaram

Poncho: você ainda sente algo por mim?

Any: eu..

Poncho: só responde

Any: eu te amo, nunca deixei de amar!

Poncho: tenho uma proposta pra você

Any: que proposta?

Poncho: case-se comigo e juntos adotamos a Isadora

"Certo, incerto, fácil, difícil. Perto, longe, rápido, devagar, divertido, chato. Não se importe com o começo, não se preocupe com o fim e muito menos com as consequências. na verdade, não se importe com nada, apenas viva, sinta, grite, sorria, cante, chore, aproveite. A vida é uma só, e você vive só uma vez.

A cor do Amor AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora