Capítulo 45

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A brisa suave da noite acariciava o rosto de Any enquanto ela, perdida em seus pensamentos, rememorava o turbilhão de emoções do encontro com Fátima. Cada palavra trocada ecoava em sua mente, causando-lhe um desconforto profundo. O estômago, refém das ansiedades daquele momento crucial, mantinha-se em revolta. Sob o céu estrelado, Any contemplava a incerteza do futuro, ponderando sobre as complexidades que envolviam Isa e a presença repentina de sua mãe biológica. O desafio que se apresentava era colossal, mas a determinação de Any permanecia inabalável, disposta a enfrentar todas as adversidades por amor à pequena Isa.

Poncho surgiu silenciosamente na varanda, percebendo a inquietação de Any. Seu olhar preocupado encontrou o dela, e, sem proferir uma palavra, ele se mudou, entre Any em um abraço reconfortante. O silêncio entre os dois volumes conversados, mas a presença de Poncho era um alicerce seguro para Any em meio às incertezas que pairavam sobre a custódia de Isa.

Poncho: Soube do que aconteceu hoje, como está se sentindo?

Any: Estou me sentindo tão perdida, Poncho. Parece que o chão foi tirado dos meus pés. E se eu perder a Isa? Ela é tudo para mim.

Poncho: Nós vamos enfrentar isso juntos, Any. Não importa o que aconteça, estaremos ao lado da Isa. Você não está sozinha nessa batalha.

Poncho acaricia suavemente os cabelos de Any, buscando transmitir conforto e apoio em meio às turbulências emocionais.

Poncho: Que tal comermos alguma coisa?

Any: Não estou com fome, meu estômago está doendo

Poncho: Entendo meu amor, mas não é bom ficar sem comer, vou preparar algo bem leve para nós

Mesmo sabendo que Any não estava com fome, ele decidiu preparar algo leve na cozinha, não apenas como uma forma de nutrição física, mas também como uma maneira de cuidar da alma dela. O aroma suave da comida preenchia o ambiente, criando uma atmosfera acolhedora. Sentados à mesa, Poncho e Any trocavam olhares cheios de significado.

Poncho: Você ainda sente dor de estômago quando fica nervosa

Any: Só um pouquinho

Any, mesmo com a tristeza no olhar, começou a se deixar envolver pelas lembranças carinhosas da história dos dois.

Any: Às vezes, parece que enfrentamos tormentas que nunca teriam fim. Como você lida com isso tão bem?

Poncho: Porque, quando tudo parece escuro, lembro que temos a luz um do outro. Juntos, superamos tempestades e celebramos os dias de sol. E agora, enfrentaremos isso também

Any: Desde o momento em que você atropelei com aquela bicicleta, percebi que era você a pessoa que me faria ter borboletas no estômago

Poncho: E eu sabia que era você quando olhei nos seus olhos. Acho que o destino quis que nos encontrássemos naquele dia.

Any: Às vezes, penso que toda essa jornada nos trouxe até aqui para enfrentarmos desafios como esse.

Poncho: Independentemente do que aconteça, estaremos juntos. Eu te amo, Any

Any: E eu te amo, Poncho. Juntos somos mais fortes

Poncho: Na noite em que nos beijamos pela primeira vez....senti algo tão especial, é oque sinto sempre que estou com você

Any: Lembro como se fosse ontem, a sensação de borboletas no estômago. Você trouxe tanta luz para a minha vida.

Poncho: E você trouxe alegria à minha. Mesmo nos momentos difíceis, nossa história é um presente.

Any: Às vezes, a vida nos coloca à prova, mas acho que é assim que crescemos juntos.

Poncho: Sempre meu amor

Desfrutando da calma após o jantar, Any e Poncho se acomodaram no sofá, trocando olhares repletos de carinho. O silêncio entre eles era confortável, relembrando os momentos que os trouxeram até ali. Juntos, compartilhavam relembravam momentos que viveram juntos, foi a forma que Alfonso conseguiu para distrair Any.

Any: Me lembro o quanto você era ciumento

Poncho: Ah, eu tinha minhas razões. Afinal, como resistir à mulher mais incrível do mundo?

Any: você foi exagerado, ameaçou dar um soco no meu colega de turma só porque ele se ofereceu para estudar comigo na minha casa

Poncho: Eu estava apenas protegendo meu território, e, convenhamos, ele deveria ter escolhido outro momento para "oferecer ajuda".

Any: Isso só causou mais confusão, e eu tive que acalmar os ânimos. Lembro-me de como você estava furioso naquele dia.

Poncho: Eu estava com ciúmes, mas percebi que precisava controlar melhor essas emoções.

Any: Foi engraçado olhando para trás, mas na época foi estressante.

Poncho: Eu sei, e peço desculpas por aquela época. Era imaturo e não soube lidar com o ciúmes da maneira certa.

Any: As coisas mudaram desde então. A vida nos ensinou muitas lições.

Poncho: Sim, e acho que aprendemos a ser mais compreensivos um com o outro.

Any: Ainda bem que superamos aquela fase. Agora, estamos lidando com coisas bem mais complexas.

Poncho: Estamos juntos nisso, Any. Vamos enfrentar o que vier, como sempre fizemos

Any: Eu amo você

Poncho: Eu também te amo

E naquele momento um beijo aconteceu, o beijo foi como uma reconexão, um laço que resistiu ao tempo e às adversidades. Nos lábios, encontraram não apenas o gosto doce do presente, mas também a nostalgia de um passado compartilhado. O carinho expressado naquele gesto era uma promessa silenciosa de enfrentar juntos qualquer desafio que o destino lhes reservasse.

Poncho sempre teve sono leve, naquela mesma madrugada acordou assustado ao ouvir barulhos vindo do banheiro, ao seu lado a cama estava vazia, ele levantou rápido indo até o mesmo. Ao chegar lá, se deparou com Any debruçada sobre a privada colocando para fora todo o jantar.

Poncho se aproximou preocupado, colocando a mão suavemente nas costas de Any.

Poncho: Amor, o que está acontecendo? Você está se sentindo bem?

Any, entre um suspiro e outro, respondeu com a voz fraca.

Any: Não sei, Poncho. Só sei que meu estômago está uma bagunça.

Poncho, mantendo a calma, ajudou Any a se levantar e acomodou-a na cama.

Poncho: Vou buscar um copo d'água e ver se temos algum remédio aqui. Você precisa descansar.

Any assentiu, ainda se sentindo fraca. A madrugada que começou tranquila agora se desdobrava em cuidados e preocupações. Sempre que ficava nervosa, Any sofria com fortes dores no estômago.

Poncho, preocupado, tentou acalmar Any.

Poncho: Amor, acho que é melhor consultar um médico sobre essas dores frequentes. Não quero te ver sofrendo assim.

Any, entre suspiros, concordou.

Any: Talvez seja mesmo hora de ver um médico. Essas dores estão ficando insuportáveis.

Poncho: Vamos cuidar disso juntos, está bem?

Any sorriu, sentindo-se reconfortada pelo apoio de Poncho. O casal enfrentaria mais um desafio, unido pela força do amor.

A cor do Amor AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora