Capitulo 11

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"Naquelas horas que você precisa desabafar, mas, infelizmente não existe ninguém para lhe escutar.. Acaba guardando tudo para si e começa a sofrer."

Sentado na igreja e de cabeça baixa, Alfonso ainda estava digerindo a última revelação de Anahi, ter dado as costas para ela e deixá-la sozinha, pareceu ser a coisa certa a se fazer.

Padre Carmelo: faz um certo tempo desde a última vez que nos vimos

Poncho levanta a cabeça e encara padre Carmelo que acabará de se sentar ao seu lado

Padre Carmelo: não me parece bem, tem algo te afligindo - afirmando - quando quiser conversar sabe aonde me encontrar

Quando padre Carmelo faz a menção de se levantar, Alfonso quebra o silêncio

Poncho: ela não podia ter feito aquilo com a gente

Padre Carmelo se acomoda ao lado de Alfonso

Poncho: eu sei que ela teve os motivos dela, mas isso não dava o direito de decidir tudo sozinha, padre o senhor sabe o quanto eu amava a Anahi, daria a minha vida por ela, planejamos um futuro juntos e ela colocou tudo a perder

Alfonso tinha os dedos entrelaçados um no outro

Alfonso: se ela tivesse me dito desde o início as coisas teriam sido diferentes

Padre Carmelo: você a conhece, sabe o quanto Any é coração, sempre pensando nos outros

Alfonso: mas isso era algo que envolvia a felicidade de nós dois, e sabe de uma coisa? oque ela fez foi errado porque nós dois saímos infelizes, estou com muita raiva, ela foi egoísta!

Padre Carmelo: meu filho vocês precisam conversar, um precisa ouvir o lado do outro sem brigas, vocês só vão conseguir seguir em frente quando se resolverem e colocarem uma pedra no passado, praticar o perdão é um paso importante, mágoa e ressentimento só vai fazer com que se machuquem cada vez mais

"Nada melhor do que uma dor tão profunda a conceder um desabafo, retirando do ser o que você realmente é com os sentimentos que tem e sabe sentir. Às vezes é necessário sentir para que se tenha a certeza de que sua alma não é feita de letras e papel."

Poncho: ela precisa entender que não dependíamos de filhos para sermos felizes, poderíamos sim ter sido felizes sem ter filhos ou poderíamos ter estudado outras saídas, um tratamento ou até mesmo adoção, mas a Anahi foi egoísta o suficiente ao ponto de jogar tudo para o alto, terminar ou continuar com o relacionamento cabia á nós dois decidir, mas como sempre ela quis resolver tudo sozinha

Ele tinha os olhos marejados, era a primeira vez em muito tempo que ele estava desabafando com alguém, sem se preocupar com as lágrimas que brotavam em seus olhos.

Poncho: não precisávamos ter chegado há esse ponto, eu só queria que ela tivesse sido sincera comigo, não me importaria que ela não possa gerar filhos, desde que estivéssemos juntos!

ENQUANTO ISSO...

Após o encontro com Alfonso e toda a revelação, Anahi foi o mais rápido possível para casa.

Mai: oque aconteceu com você?

Any: soube que um casal foi ver a Isa, fui até o orfanato conversar com a Madre, e daí acabei encontrando Alfonso com uma mulher

Mai: não vai me dizer que....

Any: eu acho que sim, que ele e ela querem adotar a Isa

Mai: ô minha irmã, vem cá

Any se deita no sofá, e coloca a cabeça nas pernas da irmã.

Any: eu acabei contando tudo pra ele, e agora ele deve me odiar

Mai: não pense isso

Any: estou desesperada, amo a Isa, Amo o Alfonso e saber que ele vai adotar ela com outra mulher me machuca tanto

Mai: você não pode desistir assim, você é forte e determinada, não deixe se abater!

Any se senta no sofá e encara Mai

Any: eu não vou desistir

Mai: isso mesmo - enxugando as lágrimas da irmã

Any: vou adotar a Isa

Mai: pode contar comigo, estarei ao seu lado até o fim

Any: amo a Isa como se fosse minha filha, não posso e não consigo ficar longe dela

Mai: e quanto ao Alfonso

Any: ele já está com outra, mesmo o amando quero que ele seja feliz com ela, que ela dê a ele tudo oque não fui capaz de dar, estou apenas colhendo oque plantei

"A tristeza é uma telha quebrada na casa da nossa vida, mas a esperança é um cobertor que nos protege."

A cor do Amor AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora