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Philippe

Chego no bailão junto com a minha rainha, que tá linda pra caralho com um vestido prateado todo brilhoso, um relógio de prata e um salto transparente. Mal entramos na quadra e já consigo ouvir o grave do funk por toda a rua. Até que meus inimigos sabem fazer um baile de respeito

Passamos por toda a muvuca, indo direto pro camarote, vantagem de ser um dos convidados de honra -mesmo que os donos do complexo me odeiem-. Tô ansioso pra caralho pra ver a carinha da marrenta quando tiver que me tratar bem como os outros donos de morro. Sei que esse baile é uma forma de apresentá-la como herdeira do PPG, e também tirar aquela má impressão do dia da reunião, mas mesmo assim, quero provocar ela. Mesmo depois da ameaça da minha mãe inclusive!

Assim que chegamos no camarote, dona Joana se afasta, indo direto no bar pegar uma bebida. Eu, como num sou de ferro, aproveito pra fumar um baseado, na maior paz enquanto a marrenta não aparece pra tirar meu sossego. Faço o toque com geral dos parceiro, me sento num cantinho e fico curtindo a brisa. 

Algumas minas até tentam chamar minha atenção, rebolando no ritmo da música, fazendo um quadradinho ou descendo até o chão, mas nada disso me deixa tão hipnotizado quanto ver a marrenta chegando, toda linda e gostosa naquele vestidinho branco indecente, que não deixa quase nada pra imaginação. PUTA QUE PARIU!!!! EU TÔ FODIDO PRA CARALHO!!!   

Eu juro -juro mesmo, de dedinho tá ligado?- que eu ia desviar o olhar. Mas eu simplesmente não conseguia -talvez nem queria, só talvez- desviar os olhos daquela mina. Ela me deixa doidão e eu não tenho forças pra impedir, nem pra me controlar. Não mais.

Mas então, meu mundinho de sonhos indecentes com a marrenta ruiu, pois ela simplesmente tava acompanhada com um babaca qualquer -que eu tenho certeza que num é dono de nenhum morro, pois eu nunca vi na vida-, que olhava pra ela como uma criança vendo seu doce preferido. Desgraçadinho de merda!!! Ela num é qualquer mina não porra!! Ela é a marrenta... a minha marrenta!!!

Minha... Minha o caralho!!! Eu odeio ela, é isso!! Eu odeio ela com todas as minhas forças!!! Eu só quero me vingar usando ela, porque ela é minha inimiga e eu ODEIO ELA.

- Cara tu tá bem? - Menor me pergunta, tirando minha atenção da marrenta - tu tá com uma cara de quem comeu e não gostou.

- Num é nada que te interessa Menor.

- Credo parceiro, tá parecendo um pitbull enraivado! Que bicho te mordeu?

- Cara, só me deixa em paz. Num posso mais curtir minha brisa não?

- Brisa? Tá mais pra um vendaval ou um tornado. - ele olha na direção que eu tava olhando - ah, saquei o que tava te deixando puto! A Perigosa veio acompanhada e tu tá morrendo de ciúmes!

- Cala a boca Menor! Tu acha mesmo que eu, Ph, vou sentir ciúmes logo dela? Eu odeio ela cara! Tu tá viajando demais, num é possível.

- Tá bom, se você tá dizendo que odeia ela, quem sou eu pra dizer o contrário né?!

Eu não tô com ciúmes dela!!!

Eu não tô com ciúmes...

Eu não tô com...

Eu não tô...

Eu não...

Eu...

Eu tô morrendo de ciúmes dela!!!

NÃO!! CONSCIÊNCIA, CALE A BOCA!!! EU... A GENTE ODEIA ELA E PONTO FINAL!!!

Cansado dessa briga interna, onde minha consciência tá quase ganhando, decido dar uma volta, e quem sabe, encontrar alguém que tire a marrenta da minha cabeça. Começo a andar até o meio da galera, me sentindo agoniado com meus pensamentos. Bebo da cachaça mais forte, fumo mais três baseados e enfim consigo dar atenção a uma loira que tava dançando e olhando pra mim. 

{...}  

Eu simplesmente brochei. 

Sim, a frase mais temida, está sendo usada pelo maior galinha que o CV já teve -tá certo que tiveram muitos galinhas antes, mas atualmente, o maior sou eu-. Mesmo com uma loira gostosa, eu ainda consegui não ter nenhuma reação. Nada! Minha mente era um completo vazio, e, eu só consegui me animar um pouco, quando pensei na marrenta. 

Eu tentei a todo custo tirar a marrenta da minha mente, mas sempre que ela saía, eu desanimava e não conseguia continuar. Decidi deixar aquela loira de lado -fiz ela gozar com meus dedos, pois ela não merecia perder a diversão-, e voltei pro camarote. 

Mesmo lutando contra, não consegui deixar de procurar a marrenta por ali, percebendo que só seu "amiguinho" estava lá, sentado conversando com o Falcão. Me aproximo de alguns caras,  que tão conversando sobre os carregamentos de armas e drogas, que tão demorando pra chegar. 

Bebo um pouco de uísque, e tento me concentrar na conversa que estão tendo, mas eu simplesmente não consigo. Meus olhos buscam a marrenta a todo momento, desesperados em saber porque ela tá sumida. Encho o copo novamente, virando com tudo em seguida. Essa agonia que estou sentindo me faz pegar a garrafa de uísque e beber direto do gargalo. 

Eu não quero sentir isso que estou sentindo pela marrenta! Eu quero apenas odiá-la! Só isso, odiar ela e me vingar do seu papai querido.

Minha cabeça dói, minha vista fica meio turva, então, me levanto e tento caminhar até o quartinho que tem aqui, onde a galera transa com um pouco de privacidade. Entro no quarto e me jogo na cama, cobrindo meu rosto a medida que a tontura aumenta. Minha visão escurece e todo o barulho fica cada vez mais distante. 

{...}  

  Acordo, me sentindo meio perdido e cansado, como se um trator tivesse passado por cima de mim muitas vezes. Levanto aos poucos, decidindo ir ao banheiro lavar o rosto para tentar despertar mais. 

Escuto a batida de funk ainda mais alta, ou seja, o baile ainda tá a todo vapor. Entro no pequeno banheiro, lavo meu rosto e aproveito pra mijar, pois aquela bebedeira toda me deixou apertado pra porra. 

Quando tô terminando de esvaziar minha bexiga, ouço a porta do quarto bater. Pera aí, eu num tinha trancado quando entrei aqui?  Desesperado e com medo de flagrar algum casal transando, saio do banheiro correndo, e encontro ninguém menos que ela...

- O QUÊ VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI????? - a marrenta grita quando me vê parado na frente da porta do banheiro.


Oioi dnv meus amores, espero que tenham gostado!! Comentem, deixem sua estrelinha e até o próximo capítulo <3

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora