54

95 7 1
                                    

Thalita

Assim que meu pai concordou que eu participasse do resgate do Ph, saí correndo para me preparar.

Não é como se fossemos para um passeio na orla da praia ou pra alguma festa. Por isso, visto uma calça jeans preta, meu colete a prova de balas, uma blusa preta e uma jaqueta preta de couro. Calço uma bota preta sem salto e prendo meus cabelos em um rabo de cavalo, para que não atrapalhem minha visão.

Coloco minha pistola no coldre de perna, um punhal em um bolso escondido em minha jaqueta e pego meu radinho. Faço uma pequena oração para que tudo dê certo e nenhum dos nossos saia morto dessa guerra.

Desço para a sala e junto com meu pai, saímos em direção da boca principal, onde todos os vapores estão nos esperando para irmos em direção ao cativeiro onde Ph está.

Respira fundo, Thalita! Não é hora de se desesperar, precisamos estar concentradas a partir de agora.

{...}

Quando paramos nossas motos na frente da boca principal, encontro Menor e Lc conversando, e decido ir na direção deles.

Assim que o Lc me vê, ele faz uma cara preocupada e diz:

— O que tu tá fazendo aqui, Thata? Acabei de ligar pra Pietra falando pra ela ir pra tua casa com a Nanda, pra você não ficar sozinha!

— Pois liga de volta pra elas e avisa que eu vou participar do resgate.

— Nada disso! Tu tava tendo uma crise de pânico mais cedo exatamente por descobrir o lugar que o Ph tá sendo mantido. Se só em descobrir tu passou mal daquele jeito, imagina quando tiver lá?

— Eu vou me virar, Lc. Tu não precisa ficar tentando me controlar desse jeito!

— Não é te controlar, eu só tô preocupado contigo! — ele põe a mão no rosto e respira fundo, tentando se acalmar — Não sabemos quem tá por trás desse sequestro. Colocar você lá pode te trazer um risco gigantesco, não só por conta dos sequestradores, mas também pela sua saúde mental.

— Lc, não vamos discutir sobre isso, ok? Eu já me decidi e vou sim participar desse resgate! Agora vamos logo, pois temos que repassar o plano com meu pai.

— Estamos todos aqui? — meu pai pergunta, e todos os vapores concordam.

Como o resgate é do dono do Jacarezinho, Menor trouxe os vapores de lá e juntamos com os nossos, para que possamos ter alguma vantagem. Não sabemos quantos caras estão envolvidos no sequestro do Ph, por isso, quanto mais gente do nosso lado melhor.

— Bem, o plano é: vamos nos dividir em três equipes. Equipe um, vai seguir os comandos do Menor, e irão atacar a entrada do cativeiro. Vocês terão que atirar em qualquer inimigo que aparecer, sempre fiquem de olho se não tem ninguém tentando atacar as costas de alguém da equipe. Perigosa vai ficar ajudando vocês e defendendo as costas do Menor.

Concordo silenciosamente, pois sei que meu pai teve que me incluir no plano de última hora. Pra falar a verdade, achava que ele iria me colocar pra vigiar a van que iremos ao invés de me colocar na batalha com os outros. Mas parando pra pensar, eu quem pedi pra participar, nada mais justo que eu participe de verdade do resgate.

— Equipe dois irá seguir os comandos do Lc, vocês terão que atirar em pessoas sem que elas morram, para que a gente consiga descobrir quem está por trás disso. Caso um de vocês acabem em um conflito direto com algum inimigo, podem matá-lo. Não esqueçam de manter a segurança uns dos outros. KL ficará responsável em defender as costas do Lc.

Até que, pra um resgate planejado em poucas horas isso tá bem organizado. Espero ter essa inteligência e habilidade quando tiver que planejar algo também.

— Equipe três, vai seguir os meus comandos. Iremos ficar próximos da barreira dos fundos do cativeiro, para que nenhum inimigo tente fugir com o Ph pelos fundos. Ficaremos de olho nisso e também poderemos nos dividir se precisarem de reforços lá dentro. Terror vai ficar próximo com uma segunda van, para o caso de algum de nós acabar ferido. Alguma pergunta?

Todos balançam a cabeça em negativa. Meu coração começa a acelerar, pois estamos cada vez mais perto de ir pra batalha.

— Então, vamos lá.

Todos começam a andar na direção da van. Me aproximo do Menor, respirando fundo e estralando o pescoço, tentando tirar um pouco da tensão.

— Nervosa? — Menor pergunta, entrando na van.

— Bastante, mas não comenta com ninguém.

— Relaxa Perigosa, todo mundo aqui tá com o cu na mão. Ninguém nem vai reparar direito se você tá tensa ou não, pois tá todo mundo igual.

— Verdade, mas eu só queria passar a imagem de uma boa líder, sabe? Se eu não passar confiança a eles, quem mais irá?!

— Olha, tu até pode tá certa. Mas repara no teu pai. — ele aponta pro meu pai, que tá entrando na segunda van, estralando os dedos e respirando fundo — ele parece tá tranquilo com a situação?

— Nenhum pouco!

— Exato! Mas, ele deixa de ser um bom líder por estar com os nervos a flor da pele?

— Não.

Entendo imediatamente o que Menor tá querendo me dizer. Meu pai sempre foi um ótimo líder, e nesse momento, parece que tá prestes a ter um colapso nervoso. Porque ser um bom líder não quer dizer que seremos imbatíveis e inabaláveis.

Todos teremos nossos momentos de desespero e preocupação. Em alguns iremos demonstrar nossos sentimentos e em outros não, mas isso não quer dizer que deixamos de ser bons líderes.

— Pela sua cara, vejo que entendeu onde quero chegar.

— Sim, agora eu finalmente entendi.

— Ótimo! — ele olha pros vapores que entraram na van conosco — Preparada pra resgatar o Ph?

É agora Thalita! Controle suas emoções, pois temos uma missão para cumprir!

— Eu nasci preparada! 

Preparados pro próximo capítulo? Eu, com certeza não tô preparada!
Emoções fortes estão vindo, galera!!! É a RETA FINAL da história!!!!!!
Espero que tenham gostado do capítulo, postei um pouco tarde pois tive compromisso hoje, mas fiz o possível pra postar um capítulo pra que vcs não ficassem sem.
Comentem bastante, deixem a estrelinha e até o próximo!!!
<3<3<3

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora