61

38 1 0
                                    

Thalita

Após aquele sexo maravilhoso e mais uma declaração de amor, eu e Philippe ficamos conversando dentro do meu carro.

— Tenho um convite pra fazer — Philippe diz, me tirando de meus pensamentos.

— E qual seria esse convite, senhor Marques?

— Amanhã terá um baile no Jacarezinho, em comemoração que eu sobrevivi e tive alta no hospital...

— Que lindo, e você mal saiu do hospital e já quer ir pra farra de novo?!

— Calma, marrenta, deixa eu terminar de falar! Bem, como eu estava dizendo, vai ter esse baile em comemoração que eu sobrevivi, e contratamos alguns MC's famosos pra cantar lá. Por isso quero convidar você e seus amigos do PPG para serem do camarote junto comigo e alguns amigos meus.

— Claro que irei! Vou confirmar se meus amigos vão, mas eu com certeza irei. — faço um carinho em seu rosto — É bom que posso ficar de olho em você e ter certeza que está se comportando!

— Pode ficar tranquila, marrenta. Com você do meu lado, nada mais me abala! — ele diz, olhando no fundo dos meus olhos, trazendo uma explosão de sentimentos em meu coração.

— Eu te amo, Philippe Marques.

— Eu te amo, Thalita Dias! Minha marrenta linda!

{...}

— Coloca isso mais pra esquerda. — digo, analisando onde a faixa “Bem-vindo de volta, Ph!” se encaixaria melhor.

A organização do baile está uma loucura! Todos os integrantes do CV irão participar, muitos Mc's famosos vão fazer show e a favela todinha tá animada com a comemoração.

Sinceramente, não fazia muita questão de um baile assim, tão próximo da alta de Ph. Ele deveria estar repousando, ao invés de organizando uma festa enorme como essa, mas ele me escuta? Claro que não! E olha que eu ameacei deixá-lo uma semana sem sexo!

Parece que minha técnica infalível não teve tanto sucesso dessa vez.

— Hmm... — coloco meu indicador no queixo, pensando se a faixa está melhor nessa posição. — um pouquinho mais pra direita e... PERFEITO!!! Obrigada, meninos. Fizeram um excelente trabalho! Podem ir almoçar.

— Finalmente, chefia! Não querendo reclamar da patroa, mas tava varado de fome! — um vapor, que se não me engano seu vulgo é Paçoca, diz.

Dou risada, enquanto o ajudo a descer da escada. Esses meninos são uma comédia e já me tratam super bem, como se eu fosse patroa deles também. Talvez Philippe tenha dito algo pra eles, quando me colocou no comando da organização do baile, ou só decidiram por si mesmos a me tratar dessa forma.

— Que bom que tá com fome, Paçoquinha, pois ouvi dizer que a dona Joana e a minha amiga Fernanda fizeram um banquete pra gente. — digo, guardando as ferramentas na caixa e vendo alguns vapores carregando uma enorme caixa de som para colocar no palco.

— Pois é melhor irmos logo, patroa! Aqueles caras ali vão acabar comendo tudo se a gente demorar demais! — Paçoca diz, apontando para os meninos que estão montando a mesa de som do DJ.

Vamos nós dois juntos para dentro do prédio da escolinha de futebol, onde está sendo servido o almoço dos vapores que estão trabalhando na organização do baile. Paçoca vai correndo pegar um prato, enquanto eu sigo em direção da cozinha improvisada, onde minha sogra e minha nova amiga estão comandando o preparo das comidas.

— Boa tarde, sogrinha! Boa tarde, Nanda! — digo, dando um beijo na bochecha de cada uma.

— Boa tarde, Thata!! Como vão as coisas lá fora? — minha sogra pergunta, enquanto mistura alguns temperos na panela de carne cozida.

— Tudo certo! Os meninos já estão terminando tudo. Provavelmente depois do almoço a decoração vai tá pronta.

— Que ótimo! Assim podemos nos preocupar apenas em nos arrumarmos. — Nanda diz, terminando de decorar um bolo enorme de cenoura com cobertura de chocolate.

Penso em qual roupa vou vestir. Com toda a preocupação de organizar o baile e toda a decoração da festa, acabei não lembrando de escolher minha roupa.

Começo a me preocupar, pois combinei de me arrumar junto com as meninas na casa de dona Joana, que é mais perto e podemos nos arrumar com tranquilidade, sem medo de atrasar. Mas agora que lembrei da falta de uma roupa pra usar, começo a me preocupar em quão atrasada vou ficar.

— Aí estão vocês! — Philippe entra na cozinha improvisada, me tirando de meus pensamentos preocupados.

— Filho, como estão as coisas? Tá se sentindo bem pro baile de hoje? Se não tiver, pode deixar que eu mesma cancelo a festa! — dona Joana enche Philippe de perguntas, enquanto estou entorpecida demais pela minha preocupação para dizer qualquer coisa.

— Fica tranquila mãe, tá tudo sob controle! Vim aqui mesmo para dar um oi pra vocês, e também porque estava procurando a marrenta.

— Tá tudo bem, meu amor? — digo, despertando das minhas preocupações fúteis, quando Philippe diz que estava à minha procura. Já me aproximo dele, o abraçando apertado e procurando algum ferimento em seu corpo.

— Tá tudo ótimo, minha gata! Mas se quiser continuar com essa chuva de carinho em mim, estarei totalmente disposto a fingir que estou com dor. — ele diz dando um sorrisinho de canto, me fazendo dar um tapa em seu ombro.

— Idiota, você me deixou preocupada!

— Admite, sou o idiota que você ama! — ele sorri apaixonado, me fazendo sorrir também.

— Será que amo mesmo?! — digo séria, mas logo sorrio novamente dizendo — Claro que eu amo! Agora me diga, qual o motivo de me procurar?

— Bem, essa é uma noite muito especial pra todos nós, mas principalmente para nós dois, pois tivemos nossa segunda chance de viver nosso amor, sem nenhuma proibição. — começo a me emocionar com sua fala, pois é exatamente isso que estamos comemorando, nossa segunda chance! — Por isso, e por saber também que estava muito focada na organização do baile, eu tenho um presente, o primeiro presente do dia para te entregar.

Philippe segura uma caixa de tecido branca, com detalhes dourados gravados no tecido e com um laço vermelho em cima.

Ele aponta com o indicador para a caixa e diz:

— Pode abrir, minha marrenta!

Abro, me surpreendendo e me emocionando mais ainda com o que encontro dentro.

Um lindíssimo vestido de cetim vermelho, curto, que provavelmente vai ficar acima dos joelhos, com um decote assimétrico, onde uma alça é mais fina que a outra, trazendo um efeito moderno e sensual. Possui um drapeado na lateral, que adiciona textura e movimento ao vestido.

— Meu amor, esse vestido é lindíssimo!!!! Muito obrigada, meu lindo!!! Eu amei!!! — digo, o abraçando e enchendo seu rosto de beijos.

— Tudo pra te ver feliz, minha marrenta!!

O abraço apertado, dando um beijo demorado em seu pescoço.

— Agora vamos almoçar, pois temos apenas 5 horas para nos arrumarmos! — Nanda diz, interrompendo nosso "momento casal". Fecho a caixa com meu novo vestido, e caminho ao lado de Philippe para a parte de refeitório, onde todos os vapores estão almoçando.

Esse baile ainda nem começou e promete muito!

Oioii gente linda, tudo bem?

Quanto tempo, meus amores!! Confesso que me sentia culpada por não postar tantos capítulos assim, mas estava na correria.
Quero dizer que agora falta pouquinho pra acabar a história, por isso, não deixem de acompanhar a reta final (nem eu acredito que tá acabando).
Logo mais volto para postar novos (e os últimos) capítulos, e terei um aviso a fazer pra vcs também!!
Por isso, comentem bastante, deixem sua estrelinha e até o próximo!! <3<3<3

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora